ARTE

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

 


Rainbow - L. A. Connection

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

 As melhores bandas de rock de todos os tempos 


Rainbow

Album: Long live rock 'n' roll (1978)

Música: L. A. Connection





Rainbow (também conhecido como Ritchie Blackmore's Rainbow) é uma banda de rock formada pelo ex-Deep Purple Ritchie Blackmore em 1975. Além de Blackmore, a banda inicialmente consistia dos antigos membros da banda Elf: o vocalista Ronnie James Dio, o tecladista Mickey Lee Soule, o baixista Craig Gruber e o baterista Gary Driscoll. Ao longo dos anos, o Rainbow passou por muitas mudanças. A banda se separou em 1984 quando Ritchie Blackmore voltou ao Deep Purple. Nos anos 1990, Blackmore retornou com o Rainbow e lançou o disco Stranger in Us All em 1995.

A banda começou combinando místicos temas líricos com metal neoclássico, mas entrou em um estilo comercial mais simplificado após a saída de Dio do grupo. O Rainbow foi classificado na posição #90 na lista dos "100 maiores artistas de Hard Rock" do canal VH1. A banda já vendeu 28 milhões de cópias mundialmente, sendo 4 milhões nos Estados Unidos.

Em 9 de Novembro de 2015, Ritchie Blackmore anunciou o retorno do Rainbow para algumas apresentações em 2016 com o vocalista chileno Ronnie Romero.


(Fonte do texto: Wikipedia)

FIM?

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

 

(André Dahmer - Twitter)

Leituras diárias

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021


 

“O saber científico é uma espécie de discurso. Ora, pode-se dizer que há quarenta anos as ciências e as técnicas ditas de vanguarda versam sobre a linguagem: a fonologia, e as teorias linguísticas, os problemas da comunicação e a cibernética, as matemáticas modernas e a informática, os computadores e suas linguagens, os problemas de tradução das linguagens e a busca de compatibilidades entre linguagens-máquinas, os problemas de memorização e os bancos de dados, a telemática e a instalação de terminais ‘inteligentes’, a paradoxologia: eis aí algumas provas evidentes, e a lista não é exaustiva.” (Lyotard, pág. 3)

 

Jean-François Lyotard, O pós-moderno


Propaganda e consumo

sábado, 25 de dezembro de 2021

 

"O comercial está para o produto assim como o sexo para o amor. Um não tem necessariamente a ver com o outro."    -   Philippe Bouvard   -   Citado por Ruy Castro em Mau Humor - Uma antologia definitiva de frases venenosas


A publicidade está sempre nos perseguindo em todas as mídias (e até fora delas). Nos jornais e nas revistas impressas, na TV aberta, na TV a cabo, no Youtube, em outdoors e no rádio. Há sempre alguém querendo nos mostrar um novo produto, um serviço, alguma novidade que não conhecemos, mas que supostamente precisamos experimentar, comprar. “É deste item que você precisa para ser feliz, ser admirado, ser você... ser alguém.” O cidadão está sendo bombardeado constantemente com produtos, serviços, ideias, “opiniões abalizadas de especialistas”, “recomendações de quem experimentou”; para comprar, experimentar, usar. Uma pesquisa realizada pela empresa americana Media Dynamics em 2014, mostrou que um americano médio era exposto:

- a cerca de 5.000 “anúncios e marcas” em média por dia;

- a uma média de 362 “anúncios” por dia;

- a uma média percebida de 153 “anúncios” diários;

- a uma média de 86 “anúncios” diários dos quais tinha conhecimento;

- a uma média de 12 “anúncios” que provocaram alguma impressão (engajamento).

(Conforme New Research Sheds Light on Daily Ads Exposure - https://sjinsights.net/2014/09/29/new-research-sheds-light-on-daily-ad-exposures/)  

Entre a data da pesquisa (2014) e os dias atuais, estes números aumentaram mais ainda, com o surgimento de um número maior de mídias sociais. Artigo dos jornalistas Bruno Garattoni e Elisangela Roxo publicado na revista Superinteressante em 2011, mostrava que aos 60 anos o cidadão comum já pode ter visto cerca de 2 milhões de anúncios; aproximadamente 16 mil horas de mensagens – 1,8 anos ininterruptos só vendo publicidade –, apenas considerando a televisão. Estes dados nos levam a pensar o quanto de maneira consciente e, principalmente, inconscientemente, nossas ideias, intuições, opiniões, conceitos, preconceitos e impulsos são influenciados pelas milhares de horas de publicidade e propaganda, às quais todos somos submetidos desde a infância em maior ou menor grau.

Ale Smidts (1958 -), cientista e professor de marketing na Universidade Erasmus, em Rotterdam, na Holanda, criou o conceito do neuromarketing. A especialidade se dedica ao estudos da influência de determinadas iniciativas de marketing no comportamento dos consumidores. Este novo ramo do marketing, utilizando-se de conhecimentos da neurologia, tenta compreender como certas informações e impulsos atuam no cérebro humano, permitindo criar campanhas de marketing mais efetivas. Pergunta-se, por exemplo, qual o impulso que leva a pessoa a comprar, ou não, determinado produto ou serviço. Preço? Apresentação? Durabilidade? Que outros fatores, mais sutis, também teriam influência na escolha do consumidor; como a imagem do produto ou serviço, associada ao status de sua posse; a ideia de modernidade que transmite; a aceitabilidade social; o conceito de diferenciação, etc.    

A publicidade moderna surgiu no início do século XX, nos Estados Unidos, quando campanhas de anúncios na imprensa foram utilizadas para incrementar as vendas dos novos produtos domésticos, elétricos e a gás, que começavam a ser lançados pela indústria americana. Liquidificadores, geladeiras, fornos, batedeiras, máquinas de lavar, torradeiras, entre outros. Produtos que até então eram desconhecidos pela grande massa de consumidores, passaram a se tornar acessíveis para grande parte das famílias. A publicidade na imprensa e mais tarde no rádio e no cinema, deu sua contribuição àquilo que depois ficou conhecido com a “sociedade do consumo”.

No Brasil a publicidade comercial de larga escala começou a se desenvolver mais amplamente a partir dos anos 1930, veiculada através dos jornais, revistas e no rádio. Assim como em toda a sociedade capitalista ocidental, a publicidade no Brasil também acompanhou o gradual desenvolvimento da indústria e a sofisticação das técnicas de venda no comércio. Grandes avanços ocorreram quando a televisão foi introduzida no Brasil em 1950, que veiculou os primeiros anúncios comerciais em 1952. A possibilidade de criar enredos comerciais direcionados a milhões de espectadores, fez com que a propaganda e o marketing brasileiro se desenvolvessem solidamente, atingindo qualidade mundialmente reconhecida através de diversas premiações.  

Uma das principais características da atual publicidade é a singular estratégia de apresentação do produto. Em quase todas as campanhas, baseadas em um procedimento abrangente de marketing, não se fala ostensivamente do item, de suas qualidades (preço, durabilidade, etc). Foca-se a publicidade naquilo que o consumidor obtêm (ou parece obter) ao consumir o produto: projeção social, segurança, autoestima, satisfação, etc. É, por exemplo, a segurança da família naquele carro específico, a autoestima e a satisfação em usar o xampu fabricado com produtos ambientalmente corretos, a aplicação bancária no fundo de investimentos que apoia grupos de artesãos da Amazônia, e assim por diante.

Outra característica da publicidade, pelo menos no Brasil, é uma certa artificialidade ao retratar lugares, pessoas, tipos sociais, estilos de vida, etc. Apesar de ter avançado bastante neste quesito em relação ao que se mostrava, principalmente na TV, há vinte ou trinta anos, nossos comerciais continuam com um certo ranço de artificialidade. As ruas, as casas, são muito limpas, arrumadas; as mesas de jantar ou de café da manhã são ajeitadas demais; as pessoas com roupas cuidadas e passadas; os ambiente internos das casas pintados, ajeitados. Certos traços dos personagens são exagerados, às vezes em excesso, dando uma certa artificialidade às peças publicitárias.

Ainda há outro aspecto. Com exceção da publicidade de alimentos comuns e produtos de consumo de baixo valor, parte dos comerciais parecem ser direcionados a apenas uma parte da população brasileira: os 25%, formados por uma classe média com maior poder de consumo e os ricos. Fica difícil imaginar que com uma renda média mensal de R$ 2.543,00 em 2020 e uma inflação que deve ultrapassar os 10% até o final de 2021, a maior parte dos trabalhadores possa comprar parte dos produtos anunciados nas TVs, revistas e outras mídias. Quanto aos desempregados, subempregados e aposentados é mais difícil ainda.

A continuar a situação de exclusão econômica de grande parte da população, a publicidade terá que desenvolver outras abordagens, sob risco de falar apenas para uma pequena parte dos consumidores. Os comerciais com seus personagens e suas roupas, seus bairros, suas casas, seus hábitos de consumo, sua cultura, farão cada vez menos sentido para a maior parte dos cidadãos (que em outras condições poderiam ser potenciais consumidores).   


(Imagens: anúncios na imprensa em 1920-1950)

Frases fora de contexto

sexta-feira, 24 de dezembro de 2021


 (Desenho: André Dahmer)

Claude Lévi-Strauss

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021


 (Fonte: Blog do Miro)

Foghat - Gotta get to know you

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

 As melhores bandas de rock de todos os tempos


Foghat

Álbum: Foghat (1972)

Música: Gotta get to know you





Foghat é uma banda de rock britânica que teve o auge de seu sucesso na segunda metade da década de 1970. Seu estilo pode ser descrito como blues-rock, dominados por guitarras e guitarras slide. A banda conseguiu cinco discos de ouro, e conseguiu se manter popular durante a era da música disco; a popularidade do grupo, no entanto, entrou em declínio no início dos anos 80.

A banda contava inicialmente com Dave Peverett ("Lonesome Dave") na guitarra e vocalTony Stevens no baixo e Roger Earl na bateria. Após os três saírem do Savoy Brown em dezembro de 1970Rod Price foi chamado para a guitarra e a guitarra slide, e o Foghat foi formado oficialmente em janeiro de 1971. Seu álbum de 1972Foghat, foi produzido por Dave Edmunds, e tinha um cover de "I Just Want to Make Love to You", de Willie Dixon, que foi muito tocada nas estações de rádio FM da época. O segundo álbum da banda, também chamado Foghat (porém mais conhecido como Rock and Roll por sua capa que mostrava uma pedra, rock, e um pãozinho, roll), chegou a obter um disco de ouro. O álbum seguinte, Energized, saiu em 1974, seguido por Rock and Roll Outlaws e Fool for the City em 1975, ano em que Stevens abandonou a banda, após se opor ao ritmo incessante das turnês, e foi substituído temporariamente por Craig MacGregor (...)


(Fonte do texto: Wikipedia)

Brincando de Deus

terça-feira, 21 de dezembro de 2021


 (Desenho: André Dahmer)

Leituras diárias

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

 



“Descobriram-se várias ‘renascenças’ durante a chamada ‘Idade Média’, das quais a ‘grande’ Renascença dos séculos XV e XVI é apenas a continuação: a renascença carolíngia escolástica ou francesa do século XIII, e ainda outra francesa, a dos nominalistas do século XIV; de modo que existe continuidade quase ininterrupta. Por outro lado, a queda do Império romano não teve as consequências definitivas que se lhe atribuíam antigamente. Foi possível demonstrar que as instituições romanas sobreviveram em grande parte à catástrofe, e que a vida administrativa, econômica, social e intelectual dos primeiros séculos ‘medievais’, até, mais ou menos, a época carolíngia, não diferia essencialmente da vida nos últimos séculos da Antiguidade. Com essas duas verificações, o conceito ‘Idade Média’ perde o sentido, a separação dos três membros do trinômio histórico é substituída pela continuidade.” (Carpeaux, pág. 154)

 

Otto Maria Carpeaux, História da literatura ocidental, Vol. 1


Filosofia africana

sábado, 18 de dezembro de 2021


Conheça o site FILOSOFIA AFRICANA, que é parte da pesquisa "Colaborações entre os estudos das africanidades e o ensino de filosofia", desenvolvido pelo prof. Wanderson Flor do Nascimento, na Universidade de Brasília e em interação com o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Raça, Gênero e Sexualidades Audre Lorde - GEPERGES Audre Lorde (UFRPE/UnB-CNPq). O site encontra-se ativo desde agosto de 2015 e em constante atualização:

Negacionismo

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

 


(Desenho: André Dahmer) 

Mutantes - Pitágoras

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

 As melhores bandas de rock de todos os tempos 


Mutantes

Álbum: Tudo foi feito pelo sol (1974)

Música: Pitágoras





Os Mutantes é uma banda brasileira de rock psicodélico formada durante o Movimento Tropicalista no ano de 1966, em São Paulo, por Arnaldo BaptistaRita Lee e Sérgio Dias. Também participaram do grupo Liminha e Dinho Leme (...)

(...) Sérgio Dias decidiu manter a banda, mas teve de reformular toda a sua estrutura. No lugar de Arnaldo, Dinho e Liminha entraram respectivamente Túlio Mourão, Rui Motta e Antônio Pedro Medeiros. A nova formação conseguiu um contrato com a Som Livre em 1974, que lançou Tudo Foi Feito pelo Sol no mesmo ano.

Mesmo após o lançamento do LP, as discussões não cessaram. Em 1976, Sérgio demitiu Túlio e Antônio, substituídos por Luciano Alves e Paul de Castro. Arnaldo recusou todos os pedidos do irmão Sérgio para que voltassem a tocar juntos. No mesmo ano, a gravadora lançou Mutantes Ao Vivo, gravado no MAM do Rio de Janeiro. O álbum não agradou os fãs e a crítica.

Em 1978, Arnaldo, que havia formado a Patrulha do Espaço no ano anterior, se reuniu com a banda como convidado especial em uma única apresentação, mas não aceitou o convite de Sérgio para voltar aos Mutantes. Com mais alguns desentendimentos, Sérgio decidiu terminar com o grupo. O fim não poderia ser mais melancólico: aproximadamente duzentas pessoas comparecem ao último concerto do grupo, em 6 de junho em Ribeirão Preto (...)

 

(Fonte do texto parcial: Wikipedia - consulte texto integral)

Tudo normal

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

 


(Desenho: André Dahmer)

Leituras diárias

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

 


“‘O homem não é apenas um animal que se associa, mas literalmente um animal político, que só pode tornar-se indivíduo isolado dentro da sociedade’. Para melhor elucidar a nossa temática atenho-me a dois pontos do texto citado. Primeiro: o surto do indivíduo explica-se como decorrência do processo social e só pode verificar-se com o advento da sociedade burguesa. Ou como diz Adorno: ‘(...) não só o indivíduo, mas também a categoria da individualidade é um produto da sociedade.’ Segundo: é um absurdo querer compreender o indivíduo sem a vida social, esta é sempre primeira. Com custo, mas plenamente, Sartre assimilou o segundo ponto: o indivíduo reduzido a si próprio torna-se literalmente um absurdo, uma paixão inútil; o homem está originariamente instalado no social, o ser-no-mundo adensa os seus traços num contexto social determinado.”  (Bornheim, pág. 79)

 

Gerd Bornheim, O idiota e o espírito objetivo


Morte assistida: a discussão que virá

sábado, 11 de dezembro de 2021

 

"Estar morto é estar entregue aos vivos."   -   Jean-Paul Sartre   -   O ser e o nada


O site New Humanist (https://newhumanist.org.uk/) publicou recentemente o artigo A good death (uma boa morte - https://newhumanist.org.uk/articles/5857/a-good-death), do jornalista Jem Bartholomew, relatando o processo de desenvolvimento da doença e morte de pessoas acometidas por câncer. O autor descreve a situação de Rebecca, uma mulher de 53 anos, paciente de câncer na pleura, em processo de metástase. O texto tem como tema principal o sofrimento dos doentes terminais, principalmente aqueles com câncer, e a questão da morte assistida ou suicídio assistido (eutanásia voluntária), diferente da eutanásia involuntária. Na morte assistida, o paciente é o agente de sua morte, enquanto que na eutanásia esta responsabilidade é de outros. O autor faz referência à instituição Dignitas, na Suíça, que ajuda pessoas a cometerem o suicídio assistido.

Antes de continuar, duas breves explicações. New Humanist é o site pertencente à revista de cultura e ciência homônima, fundada em 1885 pela Rationalist Association (Associação Racionalista - https://rationalist.org.uk/). A entidade foi criada pelo jornalista e editor Charles Watts, profissional dedicado à divulgação do livre pensamento, da ciência e do secularismo, colocando-se contra o irracionalismo e a intolerância religiosa.

A Dignitas (http://www.dignitas.ch/index.php?lang=en), cujo lema é “viver com dignidade, morrer com dignidade” é uma associação sem fins lucrativos, fundada em 1998 em Zurique, na Suíça. Em seu site, a instituição informa que entre suas atividades está o aconselhamento em temas relacionados ao fim da vida, prevenção ao suicídio, acompanhamento de pacientes moribundos e assistência a pacientes com suicídio autodeterminado.

Muitos doentes sofrendo de câncer, como explica o autor do artigo, são afligidos por fortes dores, muitas vezes insuportáveis, o que torna o processo de morrer bastante doloroso, especialmente em casos de câncer pulmonar. Ao relatar o contexto do desenvolvimento da doença de Rebecca, o jornalista também apresenta casos de outras pessoas e expõe a situação política e legal em relação à morte assistida, no Reino Unido.


Os casos de assassinatos de pacientes idosos e doentes em clínicas e hospitais, como o caso do assassino em série inglês Harold Shipman, têm colocado empecilhos à aprovação de leis que permitam o suicídio assistido no Reino Unido. No momento a prática é legalizada em nove estados americanos, três estados australianos, na Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Espanha e Suécia. Com algumas mudanças, países como Portugal, Itália, França, Alemanha e Áustria também tornaram o procedimento legal.

A prática da eutanásia voluntária, no entanto, é bastante controlada, sendo mandatório que o doente solicitante seja capaz e consciente, e que o processo seja aprovado por uma comissão de avaliação. Por seu lado, o profissional médico poderá alegar objeção de consciência, para se recusar a participar do procedimento. Segundo reportagem da revista Exame sobre a legalização da eutanásia na Espanha, em março de 2021 (https://exame.com/mundo/espanha-legaliza-eutanasia-saiba-como-funciona-em-outros-paises-europeus/) “a norma prevê que qualquer pessoa com doença grave e incurável ou crônica e incapacitante, solicite ajuda para morrer, evitando assim sofrimentos intoleráveis”. O texto cita casos emblemáticos ocorridos na Espanha – e há vários pelo mundo – como o de Ramón Sampedro, um galego tetraplégico, que durante 29 anos reivindicou o direito ao suicídio assistido. Sua história foi retratada no filme Mar Adentro, que ganhou o Oscar em 2005.

A discussão do direito à morte assistida, por uma mídia dedicada à divulgação do livre pensamento e da ciência como o New Humanist, mostra que o tema, mesmo em um país de tradição liberal e secular como o Reino Unido, ainda sofre bastante resistência. Há que se considerar que grupos religiosos colocam-se frontalmente contra a prática, e que numa sociedade democrática utilizarão a legítima pressão política para barrar a aprovação da prática. É digno de nota, no entanto, que em 2016 o arcebispo da igreja anglicana, Desmond Tutu, Prêmio Nobel da Paz, colocou-se a favor da proposta de lei da morte assistida no Reino Unido.

Por outro lado, existem também aqueles que por diversas razões temem um uso inadequado da morte assistida, sem um estrito controle. São pontos de vista que precisam ser considerados e discutidos. Somente quando a maior parte da sociedade estiver consciente da necessidade de incorporar mais este direito humano, a prática poderá ser regulamentada.


(Imagens: pinturas de Adolfo Guiard)

Barnstorm Joe Walsh - Mother says

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

 As melhores bandas de rock de todos os tempos


Barnstorm - Joe Walsh

Álbum: Barnstorm (1972)

Música: Mother says




Barnstorm foi o power trio criado em 1972 por Joe Walsh, no Colorado, depois que ele deixou o James Gang. Os membros originais do grupo eram Walsh (guitarras, teclados), Joe Vitale (bateria, flauta, teclado) e Kenny Passarelli (baixo).  Walsh e Vitale já haviam tocado juntos em uma banda de Akron chamada The Measles antes de Walsh se juntar ao James Gang. Todos os membros contribuíram com os vocais e canções, embora Walsh fosse o cantor e compositor principal. Mais tarde, o grupo adicionou os tecladistas Rocke Grace e Tommy Stephenson. Ter dois tecladistas permitiu que Barnstorm tocasse arranjos complexos ao vivo que estava criando através de multitracking no estúdio ou através do uso de músicos como Paul Harris (piano) e Joe Lala (percussão). O grupo se desfez em 1973, mas se reunia eventualmente para apresentações.

 

(Fonte da pesquisa: Stringfixer e autor)


Leituras diárias

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

 



“Platão e Aristóteles encontraram o pensamento grego preocupado com a busca das substâncias simples em cujos termos o curso dos eventos poderia ser expresso. Podemos formular essa disposição da mente na pergunta: De que é feita a natureza? As respostas que a genialidade de ambos os filósofos oferece a essa indagação e, mais particularmente, os conceitos subjacentes aos termos nos quais estruturaram suas respostas, determinaram os inquestionados pressupostos referentes a tempo, espaço e matéria que têm sido soberanos na ciência.” (Whitehead, pág. 23)

 

Alfred North Whitehead, O conceito da natureza


LUSOFIA - Filosofia online

sábado, 4 de dezembro de 2021


Conheça o site LUSOFIA, o site de filosofia e cultura contendo textos e artigos para baixar: 

(Cultura Mix)

http://www.lusosofia.net/

Agitation Free - Ala Tul

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

 As melhores bandas de rock de todos os tempos


Agitation Free

Album: Malesch (1972)

Música: Ala Tul





Agitation Free (ou Agitation) foi uma banda alemã de rock progressivo e krautrock formada em 1967 por Michael "Fame" Günther (baixo), Lutz "Lüül" Ulbrich (guitarra), Lutz "Ludwig" Kramer (guitarra) e Christoph Franke (bateria). Eram inicialmente chamados Agitation, um nome escolhido ao acaso no dicionário.

Após perder o guitarrista Axel Genrich para a banda Guru Guru em 1970 e o baterista Christopher Franke para o Tangerine Dream no ano seguinte, a banda recrutou Jörg "Joshi" Schwenke (guitarra), Burghard Rausch (bateria) e Michael Hoenig (teclado). Lançaram seu álbum de estréia Malesch em 1972 pela gravadora Music Factory. O álbum foi inspirado por sua turnê pelo EgitoGrécia e Chipre.

Um segundo álbum foi lançado em 1973, mas a banda acabou em 1974. Reuniram-se em 1998 e lançaram River of Return em 1999.


(Fonte do texto: Wikipedia)

Leituras diárias

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

 


Que em la sociedade de la mobilización total el individuo pueda ser injertado em el aparato productivo y reducido a mero instrumento del mismo, carente de objetivos, de finalidades trascendentes, de todo sentido ulterior – ésta, según Jünger, es la esencia del nihilismo.” (Givone, pág. 25)

 

Sergio Givone, Historia de la nada 


Livros, educação e sociedade

sábado, 27 de novembro de 2021

 
"Todos os erros e incompetências do Criador alcançam seu clímax no homem."    -   H. L. Mencken   -   citado por Evan Esar em Quips & Quotes 


O mercado editorial e livreiro no Brasil foi constantemente sujeito a crises. Nas últimas décadas houve uma redução no número de editoras – algumas adquiridas pelas maiores e outras que faliram. Com o aparecimento das grandes livrarias, as megastores, no começo dos anos 2000, as pequenas livrarias tenderam a desaparecer ou foram compradas pelas grandes redes, como a Saraiva, a Siciliano, Cultura e a FNAC, entre outras. Em 2008 a Siciliano foi adquirida pela Saraiva, que se tornou a maior rede de livrarias no Brasil. A FNAC, de origem francesa, veio ao país para expandir seus negócios globais. Chegou a ter 12 lojas em sete estados, mas em 2018 fechou sua última loja, encerrando suas atividades. Das grandes e tradicionais livrarias de atuação nacional, restam apenas a Cultura e a Saraiva, que reduziram seu número de lojas, demitiram funcionários e estão em processo de recuperação judicial.

A situação hoje, tanto no mercado editorial quanto no livreiro, é difícil. E isto tem várias razões, algumas históricas. No Brasil, o livro nunca chegou a ser realmente valorizado. Apesar de personagens da história cultural brasileira, como Castro Alves, Monteiro Lobato, Millôr Fernandes, Carlos Drummond de Andrade, entre outros, terem valorizado a leitura, o acesso aos livros sempre foi dificultoso. Pode-se elencar uma série de circunstâncias, como sendo as causas deste fato: o acesso ao ensino só foi efetivamente universalizado a partir da Constituição de 1988; escolas não incentivam suficientemente a prática da leitura; o custo do livro ainda continua sendo alto para a maior parte da população; há falta de biblioteca públicas e são poucos os eventos que promovam o livro. Segundo a última pesquisa da Câmara Brasileira do Livro, realizada em 2019, cerca de 44% da população brasileira não lê e 30% nunca adquiriu um livro. A atividade da leitura está em décimo lugar no rol das atividade de lazer dos brasileiros; atrás de assistir TV, ouvir música, navegar na internet e nas mídias sociais, etc. A média da leitura de livros no Brasil ainda continua em torno dos dois exemplares por ano, média muito baixa – nos Estados Unidos, por exemplo, se leem em média 12 livros por habitante/ano e na França 21.

A estes fatores, junte-se ainda os efeitos da crise econômica que afeta o país desde 2016, provocando queda dos salários e desemprego; e a crise da Covid, que entre 2020 e 2021 forçou o fechamento parcial ou total de grande parte do comércio, incluindo as livrarias, o que provocou queda de mais de 8,8% nas vendas de livros em 2020, comparado a 2019. Como em todo o setor do comércio, houve um aumento considerável nas vendas online, tanto de livros quanto de e-books. No entanto, estas vendas não compensaram as perdas médias que o setor vem acumulando há praticamente cinco anos.

Segundo o Sindicato Nacional dos Editores de Livros, o volume de vendas de livros teve uma redução de 0,48% entre 2019 (R$ 1,75 bilhões) e 2020 (R$ 1,74 bilhões). Mesmo assim, segundos os dados do relatório da Associação Internacional dos Editores (International Publisher Association – IPA), o Brasil é classificado como o sétimo maior mercado editorial do planeta, em 2018. Com relação ao número de exemplares, o Brasil publicou em 2020 41,91 milhões de livros, enquanto que a Argentina publicou 8 milhões de exemplares, a Colômbia 43,7 milhões e o México 13,8 milhões. Segundo dados de publicações especializadas, o mercado editorial latino-americano e mundial teve uma queda média de 25% no volume de livros lançados durante o ano de 2021, devido à paralisação da economia causada pela Covid.

O site Global English Editing (https://geediting.com/world-reading-habits-2020/), voltado aos estudos sobre os hábitos de leitura, publicou em seu relatório World Reading Habits 2020 (Hábitos de Leitura do Mundo 2020) dados e informações sobre este setor. Na tabela “Que país lê mais”, por exemplo, são apresentados os seguintes número:

Horas utilizadas para leitura por pessoa por semana

Colocação                             País                                       Horas

1º                                           Índia                                      10:42

2º                                           Tailândia                                09:24

3º                                           China                                    08:00

-------------------------------------------------------------

12º                                         Polônia                                  06:30

13º                                         Venezuela                             06:24

14º                                         África do Sul                         06:18

                       ----------------------------------------------------------------

20º                                         Canadá                                 05:48

21º                                         Alemanha                              05:42

22º                                         Estados Unidos                     05:42

 

No item “países que mais publicaram novos títulos" aparece:

 

   Países que mais publicam títulos novos anualmente

 

China                                    440.000

Estados Unidos                    304.912

Inglaterra                              184.000

Japão                                   139.078

Rússia                                  101.981

Alemanha                               90.600

Índia                                       90.000

                    ------------------------------------

Brasil:        46.829 (2018 – inserção nossa)

 

Segundo o site Mural dos Livros (https://muraldoslivros.com/dados-sobre-a-leitura-no-brasil/) no artigo “Dados sobre a Leitura no Brasil e no Mundo”, consta que “levando em conta as percentagens referentes a vendas, os livros mais lidos no Brasil são os de não ficção, com 55,17%, seguidos pela ficção, com 24,93% e infanto-juvenil e educacional, que representam 19,89%.” Os livros eletrônicos, que nos Estados Unidos representam 20% do total das vendas, no Brasil perfazem apenas 4% das vendas, segundo dados de 2020 de outro relatório. 

Com relação à publicação de livros e ao tamanho do mercado editorial, o Brasil encontra-se em uma posição acima da média, em comparação com outros países. O tamanho da nossa população, o grau de industrialização e o valor que se deu ao ensino e à cultura nos últimos sessenta anos, contribuiu para que o país pudesse chegar a esse patamar – que todavia ainda não é suficiente em relação ao que podemos e devemos alcançar em termos de desenvolvimento. Considerando que o país detêm o 13º PIB mundial (já teve o 6º maior em 2010) entre 195 países, poderíamos ou deveríamos estar em uma posição melhor; seja quanto ao volume de publicações e, mais importante, quanto ao número de livros lidos ou horas investidas em leitura por habitante.

Estudo publicado no jornal The Guardian em 2018, informa que um novo estudo feito por pesquisadores da Universidade Nacional da Austrália e da Universidade de Nevada (Estados Unidos) revelou os países que tem o maior número de “ratos de biblioteca” (a expressão usada no texto em inglês é bookworms, vermes de livros). Com a pesquisa, os cientistas também descobriram que possuir em casa mais livros na fase de crescimento, mesmo que não lidos, melhora o rendimento educacional. De fato, adultos com grau universitário, que cresceram em meio a menos livros, têm nível de alfabetização equivalente ao de estudantes que deixaram a escola ao fim do ensino fundamental (Year 9 em inglês), mas que tinham muitos livros em casa, na juventude. O estudo, publicado posteriormente pela revista Social Science Research, comprovou que o número de livros que uma pessoa tinha à sua disposição em casa, em torno dos 16 anos, tinha uma influência direta positiva com o grau de alfabetização, numeramento e habilidades de informática nos anos de vida sequentes, independentemente da quantidade ou duração dos estudos terciários, ou com que frequência se lê quando adulto. O estudo descobriu que o australiano médio tem 148 livros em casa, mas a maior parte dos entrevistados apenas possuía 65. Os estonianos (cidadãos da Estônia), líderes na pesquisa, têm em média 218 livros, mas 35% dos pesquisados possuíam 350 ou mais. Mais detalhes sobre este assunto podem ser pesquisados em (https://www.theguardian.com/books/2018/oct/12/the-more-books-in-a-house-the-brighter-your-childs-future-study-finds).

No Brasil, o cultivo da leitura ocorre principalmente nas escolas e através da frequência de bibliotecas, já que a maior parcela dos brasileiros não dispõem de recursos para adquirir livros. Mas, o incentivo à leitura e à construção de bibliotecas e infotecas só ocorre no bojo de uma política preocupada com a melhoria da educação. Por isso, é necessário que o país volte a se preocupar com o ensino e a cultura de uma maneira séria. Os governos e todos aqueles envolvidos com a questão educacional, não devem se contentar com o nível de qualidade do ensino que existe atualmente na maioria das escolas. Se alguns casos pontuais podem ser considerados de qualidade mediana, é preciso melhorar muito mais. Nosso padrão de comparação para ensino – o benchmarking como falam os empresários – são os países que alcançaram um ótimo nível na educação, onde a escola pública é de tal qualidade, que compete em igualdade com o ensino privado.

O Brasil tem conhecimento e tradição educacional para tal empreitada. Basta lembrar de educadores como Anísio Teixeira (1900-1971), Darcy Ribeiro (1922-1997), Paulo Freire (1921-1997), Maria Nilde Mascellani (1931-1999), Edgard Roquette-Pinto (1884-1954), Newton Sucupira (1920-2007) e muitos outros, que deixaram sua herança na história da educação do país, sem esquecer os profissionais das novas gerações que atuam no presente. Mas, para empreender tal redirecionamento é preciso que haja vontade. Que decidamos que a educação e a cultura são, definitivamente, junto com a saúde, a moradia e o trabalho, as metas prioritárias de uma sequência de governos, em todos os níveis; uma política de Estado. Os recursos para tal programa existem, mas é preciso que políticos definitivamente identificados com as causas populares legislem e governem para a maior parte da população.

Se o pais colocar em marcha este processo, as consequências positivas virão ao longo dos anos. Um país mais educado e culto sabe escolher melhor seus governantes, estabelecer seus objetivos como sociedade, desenvolver seus projetos, visando o bem-estar da sociedade toda, e não apenas de grupos que fazem prevalecer seus interesses. Como escreveu o pedagogo, filósofo e educador Paulo Freire: “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.”


(Imagens: pinturas de Hans Baluschek)