Som nosso de cada dia - Massavilha

quarta-feira, 31 de março de 2021

As melhores bandas de rock de todos os tempos


Som nosso de cada dia

Album: Snegs (1974)

Música: Massavilha


https://www.youtube.com/watch?v=eqEsQI00vfA


Som Nosso de Cada Dia é um grupo musical brasileiro de rock progressivo - apesar de ter algumas músicas compostas nos gêneros funk e soul - formado em 1971 na cidade de São Paulo. É conhecida por ter lançado dois álbuns de estúdio nos anos 1970 com êxito em círculos específicos, Snegs - de 1974 - e Som Nosso - de 1977. Após o seu término em 1978, a banda retornou aos palcos em diversas oportunidades, tendo sua última volta ocorrido em 2017 e durado até os dias de hoje.

Formado originalmente por Manito (tecladossaxofone e flauta), Pedro Baldanza, o "Pedrão" (guitarra e baixo) e Pedrinho Batera (bateria e vocais) na cidade de São Paulo em 1971. Era uma banda diferente das outras que existiam por não contarem com um guitarrista solando, mas apenas um baixista que tocava guitarra eventualmente em algum trecho de alguma música. O grupo era centrado na figura de Manito que já havia feito sucesso com o grupo de rock da Jovem Guarda Os Incríveis. As coisas começaram lentamente até a banda passar a participar de festivais. Em uma dessas apresentações, foram vistos por olheiros da gravadora GEL que recomendaram a contratação da banda para o lançamento de um álbum de estúdio. Com a contratação, no ano de 1973, enfrentaram problemas com a gravadora, principalmente tempo escasso de estúdio para realizar as gravações e problemas com os equipamentos do estúdio. Assim, acabaram tendo que realizar as gravações e mixagem de seu álbum de estreia em apenas uma semana em um estúdio que estava com problemas na mesa-de-som.

Após a gravação, passaram a enfrentar outro problema: a gravadora não se animou com o material e colocou o disco na geladeira, adiando o seu lançamento indefinidamente. O grupo continuou fazendo shows e isto rendeu um convite para abrirem os shows que o cantor estadunidense Alice Cooper faria no Rio de Janeiro e em São Paulo. Foram cinco shows em julho que levaram a uma exposição gigante da banda que agradou o público: o maior show no Anhembi, em São Paulo, teve público de mais de 130 mil pessoas (estimativas chegaram até a falar em 158 mil pessoas. Com a boa repercussão - especialmente dos teclados de Manito na canção "Massavilha", a gravadora resolve lançar o disco e, assim, após quase um ano da sua gravação, Snegs é lançado em 1974. Com o lançamento do disco, o grupo passa a se apresentar como atração principal em diversos festivais, como o primeiro Festival de Águas Claras e o festival Rock da Garoa, ambos em 1975.

Nesta época, gravam um segundo disco contendo uma suíte intitulada "Amazônia", que passam a tocar em apresentações ao vivo. O disco acabaria não sendo lançado pela gravadora e, em novembro de 1975, Manito anuncia sua saída da banda. Os membros remanescentes decidem continuar e a banda passa por diversas formações nos anos seguintes. Em 1976, assinam contrato com a gravadora Discos CBS e lançam, no ano seguinte, Som Nosso, contando com: Dino Vicente, Paulinho Esteves e Tuca Camargo (teclados); Egídio Conde (guitarra); Rangel e Marçalzinho (percussão); e Marcinha e Tony Osanah (vocais). Neste disco, a banda também gravou temas influenciados pela música negra e pelo funk de James Brown, com dois lados bem delimitados: um com música dançante; e outro com música progressiva. Após passar por dificuldades para se manter fazendo shows, o grupo acaba em 1978.


(Fonte do texto: Wikipedia) 

Leituras diárias

terça-feira, 30 de março de 2021

 


“A vida vai se perder na morte, os rios no mar e o conhecido no desconhecido. O conhecimento é o acesso ao desconhecido. O contrassenso é o resultado de cada sentido possível.” (Bataille, pág. 109)

 

Georges Bataille, A experiência interior


E a vacina?

segunda-feira, 29 de março de 2021

 


Kant: "O que é esclarecimento"

sábado, 27 de março de 2021

 

Leia texto básico de Immanuel Kant "O que é esclarecimento" (iluminismo), traduzido por Luis Paulo Rouanet:

https://www.airtonjo.com/download/Kant-Esclarecimento.pdf

Leituras diárias

sexta-feira, 26 de março de 2021

 


“Neste mundo liberado de Deus e das ideias morais, o homem se acha atualmente sozinho e sem senhor. Ninguém menos que Nietzsche, e nisso ele se distingue dos românticos, deixou acreditar que uma tal liberdade pudesse ser fácil. Essa selvagem liberação colocava-o entre aqueles a respeito de quem ele próprio dissera sofrerem de uma nova desventura e de uma nova felicidade.” (Camus, pág. 91).

 

Albert Camus, O homem revoltado


Porcupine Tree - Fear of a blank planet

quarta-feira, 24 de março de 2021

 As melhores bandas de rock de todos os tempos


Porcupine Tree

Album: Fear of a blank planet (2007)

Música: Fear of a blank planet



https://www.youtube.com/watch?v=E8tgLNgXCLA


Porcupine Tree foi uma banda britânica formada em Hemel Hempstead, HertfordshireInglaterra. É o projeto musical de maior sucesso e projeção do músico Steven Wilson, como evidenciado pela popularidade da banda. É constituída por uma mistura de rock progressivorock psicodélico, experimentalismo avant garde e heavy metal. Atualmente a banda se encontra inativa, já que seu líder, Steven Wilson, está focado em sua carreira solo. O último show do Porcupine Tree foi realizado em 14 de outubro de 2010, em Londres. A banda lançou ao todo dez álbuns de estúdio.

Porcupine Tree começou em 1987 como um projeto solo de Steven Wilson, e, de certo modo, nasceu como uma brincadeira. Wilson cita que foi iniciado logo quando ele possuía dinheiro suficiente para comprar seu próprio equipamento para estúdio. No início de 1989, Steven classificou algumas de suas gravações para compilar uma fita de oitenta minutos intitulada Tarquin's Seaweed Farm, que era acompanhada de um encarte de 8 páginas com informações sobre membros obscuros da banda, como Sir Tarquin Underspoon, Timothy Tadpole-Jones e Linton Samuel Dawson.

Wilson enviou cópias da compilação para pessoas que ele julgava interessadas no projeto. Uma delas se dirigiu a revista britânica underground Freakbeat, dirigida por Richard Allen e Ivor Trueman. Desconhecidos de Steven na época, eles estavam em processo de criar seu próprio selo musical. Apesar de terem feito críticas negativas ao álbum na revista, eles convidaram o Porcupine Tree para contribuir em uma música para seu primeiro lançamento, um álbum de compilações dos melhores grupos de música psicodélica no meio underground.

Em 1990, Wilson pode tornar a música sua carreira, quando seu outro projeto No-Man assinou contrato com gravadoras de respeito. Este projeto recebeu boas críticas da imprensa. Livre de seu antigo trabalho, Steven começou a distribuir a música do Porcupine Tree através da fita sucessora, The Nostalgia Factory, acompanhado novamente de livretos com uma história imaginária sobre a banda e outras informações de fantasia. As fitas provocaram interesse no meio underground. O próximo álbum da banda foi Up the Downstair. A partir desse momento o perfil do Porcupine Tree era grande o suficiente para apresentações ao vivo. Tanto que em dezembro de 1993 a banda começou a se apresentar em shows com Steven na voz e guitarra, Colin Edwin no baixo, Chris Maitland na bateria e Richard Barbieri no teclado. Todos os três novos membros do grupo trabalharam com Steven em vários projetos antecedentes. Essa nova formação formou uma boa química, como ilustrada posteriormente pelo álbum Spiral Circus, em 1997.

Lançado em 1995, o terceiro álbum da banda The Sky Moves Sideways se tornou um sucesso entre fãs do progressivo, com a banda sendo ovacionada como o Pink Floyd dos anos 1990. O álbum era uma experimentação melódica do rock.

Em 2007, outra boa surpresa: a banda lança, depois de dois anos de espera para os fãs, seu novo álbum intitulado Fear of a Blank Planet. Seu lançamento foi alvo de boas críticas, sendo indicado ao Grammy Award para "Melhor álbum em Surround Sound". A revista Reason escolheu Fear of a Blank Planet como melhor álbum em 2007.O álbum ainda estreou na posição 59 na Billboard 200 e 31 nas paradas do Reino Unido e é considerado por muitos como o melhor álbum da banda, lançando conhecidas músicas como "Anesthetize"(música que possui a duração de 17 minutos) e "Way Out of Here".


(Fonte do texto: Wikipedia) 

Leituras diárias

segunda-feira, 22 de março de 2021

 



“Qual é a corrupção profunda que o cristianismo acrescenta à mensagem de seu senhor? A ideia do julgamento, estranha aos ensinamentos do Cristo, e as noções correlativas de castigo e de recompensa. A partir desse instante, a natureza torna-se história, e história significativa: nasce a ideia da totalidade humana. Da boa-nova ao juízo final, a humanidade não tem outra tarefa senão conformar-se com os fins expressamente morais de um relato escrito por antecipação. A única diferença é que os personagens, no epílogo, dividem-se a si próprios em bons e maus. Enquanto o único julgamento do Cristo consiste em dizer que os pecados da natureza não têm importância, o cristianismo histórico fará de toda a natureza a fonte de pecado.” (Camus, pág. 90 – negrito nosso).

 

Albert Camus, O homem revoltado

Suprimento de água nas metrópoles

sábado, 20 de março de 2021

 

"A solidão humana aumentará em proporção direta ao avanço nas formas de comunicação."   -   Werner Herzog   -   citado por Eduardo Gianetti em "O livro das citações"

O abastecimento de água potável é um dos maiores problemas nas metrópoles dos países em desenvolvimento, como o Brasil. A alta concentração populacional, provocada em parte por grandes migrações do campo para a cidade ao longo dos últimos quarenta anos, aumentou a demanda por água. Para agravar a situação, a maioria das cidades destes países não dispõe de infraestrutura de saneamento para atender toda a população e a própria escassez de água no entorno das cidades dificulta a obtenção do líquido.

São inúmeros os exemplos de metrópoles em todo o mundo com grandes dificuldades no sistema de abastecimento de água. A cidade de Mumbai, na Índia, com 20 milhões de habitantes, é um caso extremo. Para atender as necessidades básicas da população, o líquido só está disponível durante algumas horas do dia. Também a falta de banheiros nas residências ainda é bastante alta – média de um banheiro para cada 100 habitantes –, embora a situação já tenha sido pior até a década de 1980. Lagos, na Nigéria, só dispõe de água tratada para 43% de sua população de 16 milhões de pessoas. Grande parte da água consumida nesta cidade é extraída de poços artesianos e vendida por ambulantes, que circulam pelas ruas dos bairros afastados. Outro exemplo é a Cidade do México, hoje com pouco mais de 20 milhões de habitantes. Destes, 70% precisam sobreviver com menos de 150 litros diários de água; limite mínimo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).


Estas cidades já enfrentam grandes problemas de abastecimento do líquido. Estas dificuldades deverão aumentar, caso estas comunidades não encontrem novas soluções para identificar e distribuir maiores quantidades de água. Doenças e epidemias provocadas pela má qualidade da água poderão afetar consideráveis parcelas da população destas metrópoles – além dos impactos econômicos e sociais. Outro aspecto que as administrações públicas não estão considerando, é a influência provocada pelas mudanças climáticas no consumo e na disponibilidade de água nas grandes cidades de todo o mundo. As regiões metropolitanas de São Paulo e Curitiba, que concentram, respectivamente, 21 e 3,3 milhões de habitantes, já vêm enfrentando sérias dificuldades no abastecimento de água nos últimos dez anos.

Outro aspecto na gestão da água no Brasil, notadamente nos centro urbanos, é a perda de água na tubulação ocasionada por vazamentos. Atualmente (2018), a Sabesp distribui 60,9 mil litros por segundo (l/s) para abastecer os habitantes da Grande São Paulo. Nas tubulações, no entanto, perde-se 35% do volume de água tratada. Tal quantidade desperdiçada – cerca de 20 mil l/s – seria suficiente para abastecer 1,7 milhão de caixas d’água a cada dia. Além desse desperdício e de um consumo médio diário de 129 litros per capita (2017), a região metropolitana de São Paulo tem menos disponibilidade de água do que o sertão nordestino. Por isso, a maior parte da água que a metrópole consome é importada de municípios vizinhos e até de outro estado (MG). A contradição é que com todos os problemas de oferta de água, a região metropolitana concentra quase 50% da população do estado de São Paulo e só tem 4% da água disponível.

 


As grandes regiões metropolitanas da maior parte dos países em desenvolvimento debatem-se com problemas de abastecimento de água, tratamento de esgotos, energia, transportes e moradia. Nos países ricos, as cidades conseguiram reverter este quadro, através de maciços investimentos ao longo dos últimos 100 ou 150 anos. Nos países em desenvolvimento e pobres estas demandas tornaram-se mais agudas nos últimos 50 anos, com o crescimento da população e a industrialização. A situação crítica do saneamento nestas grandes metrópoles tornou-se mais clara ainda com a sindemia do coronavírus. Falta de água para higiene e cuidados profiláticos com relação ao vírus, afetou especialmente as populações mais pobres. No Brasil, o setor público continua alegando falta de recursos financeiros para retomar programas de saneamento, parados há quase uma década.


(Imagens: pinturas de Paul Madeline)     

Jethro Tull - Thick as a brick (Part 1)

quinta-feira, 18 de março de 2021

 As melhores bandas de rock de todos os tempos


Jethro Tull 

Album: Thick as a brick (1972)

Música: Thick as a brick (part 1)



https://www.youtube.com/watch?v=ldXdnZtTWp8


Jethro Tull foi uma banda de rock formada em BlackpoolInglaterra, em 1967. Sua música é caracterizada pelas letras, o estilo vocal cheio de maneirismos e o trabalho único na flauta de seu líder Ian Anderson, além de uma complexa e pouco usual construção musical. Inicialmente calcado no estilo blues rock, o Jethro Tull acabou por incorporar a seu som elementos de música clássicafolkjazzhard rockrock progressivo, e art rock

O grupo se iniciou em clubes britânicos nos anos 1960, com uma formação instável que por fim se cristalizaria em Ian Anderson (vocais, flauta, violão e mais tarde diversos outros instrumentos), Mick Abrahams (guitarra), Glenn Cornick (baixo) e Clive Bunker (bateria). A princípio a banda passou por inúmeras mudanças de nome para conseguir mais shows. Jethro Tull foi o que acabou ficando depois que conseguiram um contrato com uma gravadora (o nome vem do agricultor Jethro Tull que inventou a semeadeira). Depois de uma série de audições Martin Barre foi contratado como o novo guitarrista. Barre se tornaria o segundo integrante mais antigo da banda depois de Anderson.

Esta nova formação lançou Stand Up em 1969. Composto inteiramente por Anderson (com exceção de "Bouree", de Johann Sebastian Bach, aqui adaptada para um formato jazzístico), demonstrava o abandono do blues em favor do nascente estilo progressivo, então em desenvolvimento por grupos como King CrimsonThe Nice e Yes. Em 1970 eles adicionaram o tecladista John Evan, embora tecnicamente ele fosse apenas um músico convidado, e lançaram o álbum Benefit.

O baixista Cornick foi demitido após as turnês de divulgação do álbum Benefit, sendo substituído por Jeffrey Hammond-Hammond, e esta formação lançou em 1971 o trabalho mais conhecido da carreira do Tull: Aqualung. O álbum é uma combinação de rock pesado focado em temas como párias sociais e cultos religiosos mesclados a experimentos acústicos sobre a vida mundana do cotidiano. Aqualung é um dos álbuns mais influentes da história da música, tanto dentro do rock progressivo quanto dos outros gêneros, como o Heavy Metal - de fato, o álbum é um dos preferidos de Steve Harris, fundador da banda Iron Maiden.

Quem saiu em seguida foi o baterista Bunker, substituído por Barriemore Barlow, e o álbum de 1972 da banda foi Thick as a Brick. Trata-se de um álbum conceitual consistindo de uma única longa música separada entre os dois lados do LP, com um número de movimentos integrados e alguns temas repetidos. Este álbum é tido como um dos mais elaborados da banda, sendo considerado uma obra prima do rock progressivo. O quinteto deste álbum - Anderson, Barre, Evan, Hammond-Hammond e Barlow - foi a formação mais duradoura do Tull, permanecendo a mesma até 1975.

1972 também viu o lançamento de Living in the Past, um álbum duplo compilando os compactos, lados-B e sobras de estúdio da banda, com um dos lados sendo gravado ao vivo em 1970. Com exceção das faixas ao vivo, esse é considerado pela maioria dos fãs do Tull como o seu melhor lançamento. A faixa título foi um dos compactos de maior sucesso do grupo.

Em 1973 a banda tentou gravar um álbum duplo (exilada em Chateau d'Herouville para se livrar dos impostos, o mesmo que os Rolling Stones e Elton John, entre outros, estavam fazendo na época), mas, supostamente insatisfeitos com a qualidade do estúdio, abandonaram o projeto. Ao invés disso gravaram rapidamente e lançaram A Passion Play, outro álbum conceitual de uma só música, com letras bastante alegóricas. Depois de anos de popularidade crescente para a banda, A Passion Play vendeu relativamente bem mas acabou recebendo diversas críticas negativas.

Em 1975 a banda lançou Minstrel in the Gallery, um álbum que lembrava Aqualung em seu trabalho bombástico encabeçado pela guitarra de Barre em contraste às peças acústicas mais leves. Depois desse álbum, Hammond-Hammond saiu da banda, sendo substituído por John Glascock.

Too Old to Rock And Roll, Too Young to Die!, de 1976, foi outro álbum conceitual, desta vez sobre a vida de um roqueiro de meia idade. Anderson, atormentado pelas críticas (particularmente as de A Passion Play), respondeu com mais versos afiados. A banda fechou a década com um trio de álbuns de folk rockSongs from the WoodHeavy Horses e Stormwatch. Songs from the Wood foi o primeiro álbum do Tull a receber críticas na maioria positivas desde a época de Benefit e Living in the Past.

Heavy Horses, por sua vez, foi amplamente aclamado pela crítica. Os detalhes técnicos da produção são admiráveis por sua construção musical única. O álbum mescla o folk com o art rock sem deixar de lado a força da guitarra de Barre. Na faixa título Heavy Horses, posteriores aos detalhes acústicos das primeiras estrofes, o uso de violino por David Palmer com a sutileza da flauta de Ian Anderson, fazem uma crescente e admirável condução da canção. Neste álbum, o Tull começa a despedir-se do som acústico para adentrar pouco tempo depois na era de suas produções sintetizadas (...).

  

(Fonte do texto: Wikipedia)


Leituras diárias

terça-feira, 16 de março de 2021

 


“Entendo que, a menos que se queira usar a palavra ‘filosofia’ num sentido extremamente vago e descomprometido, não se deve dizer que a visão comum do Mundo é, em si mesma, de natureza filosófica. O homem comum, em geral, não é filósofo, não faz filosofia. À sua visão comum do Mundo, mesmo quando ele é civilizado e culto, faltam a sistematicidade construída, a sofisticação da análise, o aprofundamento da reflexão crítica que caracterizam costumeiramente os empreendimentos filosóficos.” (Pereira, pág. 68)

 

Oswaldo Porchat Pereira, Rumo ao ceticismo


Conheça o site Auditoria Cidadã da Dívida

segunda-feira, 15 de março de 2021

Leia o artigo

PARA QUE TEM SERVIDO A DÍVIDA PÚBLICA NO BRASIL, por Maria Lucia Fattorelli:


sábado, 13 de março de 2021

LEIA O RELATÓRIO "PLANETA VIVO 2020", PUBLICADO PELA WWF

https://f.hubspotusercontent20.net/hubfs/4783129/LPR/PDFs/Brazil%20FINAL%20summary.pdf

Frank Zappa & The mothers of invention - Inca roads

sexta-feira, 12 de março de 2021

 As melhores bandas de rock de todos os tempos 


Frank Zappa & The mothers of invention

Album: One size fits all (1975)

Música: Inca road



https://www.youtube.com/watch?v=A8HMCfXmVc0

The Mothers of Invention foi uma banda de rock com elementos de jazzmúsica erudita e humor que esteve em atividade durante as décadas de 1960 e 1970. A maior parte do material era de autoria de seu líder, Frank Zappa, mas outros membros também tinham parte nos créditos.

Inicialmente, a banda se chamava "The Soul Giants", e era formada pelo baterista Jimmy Carl Black, o baixista Roy Estrada, o saxofonista Davy Coronado, o guitarrista Ray Hunt e o vocalista Ray Collins. Após uma briga entre Collins e Hunt em 1964, Hunt saiu da banda, sendo substituído por Frank Zappa, rapidamente se tornando o líder do grupo. O nome da banda mudou para "The Mothers". No final de 1965, o produtor Tom Wilson passou por um bar aonde os Mothers estavam tocando e ofereceu a eles um contrato e um adiantamento de $2500.

The Mothers e Wilson passaram vários meses gravando e editando o disco de estréia da banda, um LP duplo chamado Freak Out!. Por insistência da gravadora, MGM, os Mothers foram obrigados a mudar o nome mais uma vez, desta vez para o definitivo The Mothers of Invention, porque na língua inglesa a palavra "mothers" ("mães"), se atribuída a pessoas do sexo masculino, sugere o termo obsceno "motherfucker". Freak Out! foi lançado em 1966, e o Mothers of Invention em seguida saiu em turnê.

As vendas de Freak Out! foram fracas, em torno de 30,000 cópias vendidas, o que fez a MGM reduzir o orçamento da banda em seu próximo disco para $11,000. A banda lançou Absolutely Free em 1967 e We're Only in It for the Money em 1968.

En 1969, o Mothers of Invention se separou. Em 1970, Zappa recriou a banda com uma nova formação, com ele mesmo, ao lado de Aynsley DunbarGeorge DukeHoward Kaylan e Mark Volman. Eles tocaram em um novo disco, Chunga's Revenge, apesar de ter sido creditado apenas à Zappa. Depois, eles lançaram dois discos ao vivo (Filmore East - June 1971 e Just Another Band from L.A.), antes da banda acabar novamente devido a um acidente com Zappa, que foi empurrado no palco, caindo no fosso da orquestra, em um show em Londres.

Zappa dispensou a banda permanentemente em 1975. Desde 1980, Jimmy Carl Black, Don Preston e Bunk Gardner, ao lado de outros ex-membros do Mothers of Invention, ocasionalmente se reunem e tocam sob o nome "The Grandmothers" ou "The Grand Mothers Re:Invented", tocando músicas de Frank Zappa e Captain Beefheart, além de composições originais e clássicos do blues.

 

(Fonte do texto: Wikipedia)

 


Premiata Forneria Marconi - Appena un pó

quarta-feira, 10 de março de 2021

 As melhores bandas de rock de todos os tempos 


Premiata Forneria Marconi

Album: Per un amico (1972)

Música: Appena un pó



Premiata Forneria Marconi, notável também como PFM, é um grupo musical de rock progressivo italiano que possui grande popularidade desde os anos 1970, seja na Itália como em nível internacional. O sucesso atravessou fronteira e abarcou numerosos fãs no Reino UnidoEstados UnidosJapãoBrasil, entre outros países. Musicalmente é aparentado com grupos como Gênesis, a linha progressiva do Pink Floyd, ou os primeiros trabalhos do King Crimson. Além disso, soube desenvolver o próprio estilo ainda nos decênios sucessivos graças aos notáveis dotes técnicos dos seus componentes.

A Premiata Forneria Marconi é para todos os efeitos a evolução musical e artística do grupo I Quelli, um banda que na segunda metade dos anos 1960 se destacava no ambiente da discografia italiana pela qualidade, a preparação e a técnica instrumental de seus componentes. O baterista Franz Di Cioccio, o guitarrista Franco Mussida, o tecladista Flavio Premoli e o baixista Giorgio Piazza, componentes do grupo, eram entre os mais requisitados músicos de sala italianos. Fundamental o encontro dos quatro músicos com o violinista e flautista Mauro Pagani, proveniente do grupo Dalton, durante a gravação do disco La buona novella, de Fabrizio De André (...).

O virtuosismo, o cuidado dedicado ao arranjo e a improvisação eram os elementos que o grupo, o qual já incluía Pagani, aprendia do King Crimson, do Jethro Tull e dos expoentes do novo rock ou música pop, como era também chamada na Itália com uma acepção muito diferente da atual.

O primeiro álbum teve um grande sucesso e foi louvado muito pelos críticos. No fim de 1972, saiu o segundo, Per un amico. A música era mais complexa, elaborada, mais próxima ao rock progressivo que era tocado na Inglaterra. Em 20 de dezembro daquele ano, durante um concerto em Roma para a apresentação do novo álbum, a Premiata Forneria Marconi foi escoltada pelo baixista e cantor Greg Lake, do Emerson Lake and Palmer, que entusiasta, os levou para Londres à sede da Manticore ao encontro do letrista e inspirador do King Crimson e, posteriormente produtor do Roxy MusicPeter Sinfield.

Peter Sinfield decide escrever as letras em inglês das peças da Premiata e de produzi-los para o mercado internacional. Decide ainda reduzir o nome da banda para PFM, mais fácil e pronunciável para os anglófonos. Em janeiro de 1973, Franco Mussida e seus companheiros voltaram a Londres para gravar o primeiro álbum internacional no Command Studio, uma edição em língua inglesa, do segundo disco, Per un amico, intitulada Photos of Ghosts e publicada pela Manticore. As primeiras exibições ao público inglês deixaram a crítica local bastante fria, pois considerava que o grupo era por demais italiano. Apesar disso, o single Celebration (versão inglesa de È festa) obteve um notável sucesso radiofônico graças ao belíssimo riff de sintetizador que se tornou a marca de fábrica do grupo. Em 26 de agosto, o grupo se exibiu com grande sucesso ao Reading Festival, o mais importante evento rock inglês da época. No mesmo dia se exibiram o Genesis e os franceses Magma (...).

Após a exibição de Reading, Photos of Ghosts entrou no hit-parade britânico, além do americano da Billboard. A PFM foi assinalada como um dos grupos revelações do ano nos referendos mais importantes da cena musical britânica, o Melody Maker e o New Musical Express. A atividade live internacional se tornou frenética. A PFM rodou por toda a Europa com Peter Sinfield e o saxofonista Mel Collins (...).

 

(Fonte do texto: Wikipedia)

Leituras diárias

segunda-feira, 8 de março de 2021

 


"Não se pode demonstrar nem o sentido metafísico nem o sentido ético, nem o sentido estético da existência. 

A ordem universal, o resultado mais penoso e o mais lento de evoluções terríveis, concebida como essência do universo - Heráclito." (Nietzsche, pág. 50)


Friedrich Nietzsche, O livro do filósofo

Meio ambiente e investimentos: redução de impactos?

sábado, 6 de março de 2021

"Na nossa época, que extraordinária falta de livros que respirem uma força heroica! Já nem se lê Plutarco!"   -   Friedrich Nietzsche   -   O livro do filósofo

Pesquisas, relatórios e extensas reportagens sobre a destruição do meio ambiente são frequentes nas mídias há anos. Periodicamente, organizações ambientalistas e científicas publicam estudos que apontam a redução da biodiversidade e o declínio de ecossistemas por todo o mundo. Por outro lado, são pouco frequentes as notícias sobre recomposição de áreas naturais ou regeneração de espécies em processo de extinção. Não que isto não ocorra, mas em comparação com o que está sendo devastado e extinto, representa apenas uma gota no oceano.

Ao que tudo indica, o planeta caminha lenta mas inexoravelmente em direção ao desaparecimento de parte significativa dos seres vivos e de seus habitats naturais. Em algumas décadas, só veremos espécies vivas como ursos polares, coalas, onças pintadas, tamanduás-bandeira, micos leão, ariranhas, mognos, cedros rosa, jacarandás-da-Bahia e imbuias, para só citar alguns, em zoológicos e jardins botânicos. Espécies que existem há dezenas ou centenas de milhões de anos, passando por complexa evolução biológica, vêm sendo dizimadas, em ritmo acelerado, durante os últimos quarenta anos. Ironicamente, esta destruição planetária está sendo perpetrada por um animal (homo sapiens) que existe há pouco mais de 200 mil anos, e cuja espécie (hominídeos) circula pelo planeta há aproximadamente sete milhões de anos.

Há, sem dúvida, um grande esforço em desacelerar este ritmo de destruição. Aumentou bastante o número e a diversidade de especialistas que se ocupam do tema nos últimos anos; universidades, institutos de pesquisa e organizações não governamentais, além de empresas e governos. A cadeia de valor gerada pelo setor ambiental envolve os mais variados segmentos de atividades na área industrial e de serviços. Tratamento de água e efluentes domésticos e industrias; gestão de resíduos; controle da poluição atmosférica; descontaminação de solos; implantação de energias renováveis e eficiência energética; planejamento urbano; gestão de florestas e áreas naturais, turismo ecológico; é bastante extensa a lista de atividades relacionadas com a proteção do meio ambiente.

Há, no entanto, ainda muitas arestas a serem aparadas entre as atividades econômicas e a conservação dos recursos naturais. É consenso de que é preciso poupar os recursos naturais. Todavia, isto tem um custo, seja para governos ou para empresas. A implantação de sistemas de coleta e tratamento de esgotos, por exemplo, representa uma despesa significativa para uma administração pública; recurso que a cidade geralmente não dispõe. No entanto, quando se trata de questões ambientais – neste caso do saneamento básico de uma comunidade – a experiência recomenda não avaliarmos o investimento sob uma ótica imediatista. Uma infraestrutura de saneamento básico em uma cidade ou região, se bem planejada e executada, amortizará todo o investimento ao longo das três ou quatro décadas em que estiver operando, através das taxas de tratamento de água e esgoto cobradas pela companhia de saneamento. Afora isso, é preciso levar em conta os benefícios que tais serviços proporcionam à saúde pública: redução de vetores de doenças (insetos e roedores), diminuição das internações hospitalares, principalmente de crianças. Rios e córregos permanecem limpos e sem mau cheio, valorizando as áreas verdes e urbanas do entorno. São imensos os benefícios que o saneamento traz para as comunidade. O mesmo ocorre, quando o município implanta um sistema de gestão de resíduos domésticos, reciclando e dando uma destinação correta ao lixo doméstico, em aterros sanitários devidamente regulamentados.

Com as atividades econômicas no setor privado ocorre de maneira semelhante. A empresa necessita fazer investimentos na redução da poluição resultante de suas atividades, para atender a legislação. O custo da melhoria ambiental representará um ganho futuro para a empresa, a qual, atendendo aos requisitos legais, poderá continuar com suas operações. Geralmente, ocorre que o investimento para redução dos impactos ambientais também tem influência nos custos de produção. A nova tecnologia introduzida permite, por exemplo, reduzir o uso de água e de energia, torna a produção mais eficiente e reduz o uso de matérias primas. Adicionalmente a empresa melhora sua imagem perante a comunidade e seus consumidores, deixando de ser taxada como “empresa poluidora”.  

Muitas sociedades já compreenderam que a conservação dos recursos naturais traz diversos tipos de vantagens, desde melhoria da qualidade de vida até economia de recursos. O grau de conscientização da população nas nações desenvolvidas já é tal, que governos e empresas são constantemente cobrados para que melhorem seu desempenho com relação ao meio ambiente. Isto, no entanto, só é possível através de novos investimentos. Abre-se mão de um benefício imediato – lucro maior, no caso das empresas, ou sobra de recursos, no caso do setor público – para obter outro no futuro: melhor qualidade de vida para toda a sociedade. Infelizmente, no entanto, todos sabemos que em nosso país as coisas não sucedem desta maneira.

Nossos comentários são, evidentemente, uma simplificação de fatos de complexidade bem maior. Principalmente, no que se refere ao setor privado, cuja receita e, consequentemente, eventuais novos investimentos em tecnologias de combate à poluição, são condicionados pela situação da empresa no mercado. No setor público as condições são um pouco diferentes, já que, pelo menos em teoria, é possível formar capitais de investimento através da cobrança de impostos e taxas, ou através da concessão de certos serviços à iniciativa privada. A ideia, no entanto, é clara: para reduzir o impacto ambiental negativo de uma atividade econômica (as externalidades) é preciso alocar recursos para investimentos em tecnologias e procedimentos com menor impacto. Geralmente, estes novos investimentos proporcionarão um processo produtivo mais limpo e eficiente.

Nas sociedades contemporâneas, podem ocorrer diversas situações em relação ao tratamento que se dá à questão ambiental. Ocorre haver falta de recursos no setor público e privado, nas economias em crise; pode haver pouca vontade política em aprovar ou fazer cumprir leis existentes; é possível inexistirem diretrizes claras, com relação ao rumo que se quer dar ao uso e à preservação dos recursos naturais. No caso do Brasil, pode-se dizer que todas estas circunstâncias se aplicam concomitantemente. 


(Imagens: pinturas de William Blake)