Leituras diárias

segunda-feira, 31 de maio de 2021


 

“Este é o alicerce da crítica irreligiosa: o homem faz a religião; a religião não faz o homem. Mas o homem não é um ser abstrato, acovardado fora do mundo. E a religião é de fato a autoconsciência e o sentimento de si do homem, que ou não se encontrou ainda ou voltou a perder-se. O homem é o mundo do homem, o Estado, a coletividade. Este Estado e esta sociedade produzem a religião, uma consciência invertida do mundo, porque eles são um mundo invertido.” (Marx, pag. 44)

 

Karl Marx, Manuscritos econômico-filosóficos


Viver no futuro. Ainda tem clima pra isso?

sábado, 29 de maio de 2021

O Instituto Butantan lançou o livro “Viver no Futuro: ainda tem clima para isso? Aquecimento global, seus impactos e a evolução dos artrópodes”. Disponível gratuitamente na plataforma ResearchGate (link abaixo)

"A obra organizada por pesquisadores e colaboradores da instituição foca nas atuais e futuras consequências das ações antrópicas sobre a vida dos artrópodes - animais invertebrados -, que podem impactar diretamente de forma positiva ou negativa na saúde pública. Direcionado ao público infanto-juvenil, a edição foi organizada e escrita por Flávia Virginio (pesquisadora do Lab. de Coleções Zoológicas, e curadora da Coleção Entomológica - IBu), Camila Lorenz (pós-doutoranda na USP) e Gabriel Correia Lima (graduando na USP)". 



(Imagem da publicação)

A obra conta ainda, com textos e ilustrações de cerca de 20 colaboradores do Instituto Butantan, 30 colaboradores de outras 15 instituições nacionais e internacionais, e apoio da BioRevita, empresa de consultoria ambiental". 

Consumo consciente

quinta-feira, 27 de maio de 2021

 


Genesis - Watcher of the skies

quarta-feira, 26 de maio de 2021

 Melhores bandas de rock de todos os tempos


Genesis

Album: Foxtrot (1972)

Música: Watcher of the skies



https://www.youtube.com/watch?v=2agWXrNJGjg


Genesis é uma banda britânica de rock progressivo formada em 1967, quando os seus fundadores Anthony PhillipsPeter GabrielMike Rutherford e Tony Banks ainda estudavam na Charterhouse School. O grupo alcançou enorme sucesso nas décadas de 1970, 1980 e 1990, e com aproximadamente 130 milhões de álbuns vendidos em todo o mundo, é considerada uma das mais importantes bandas de rock de todos os tempos.

Sua carreira tem duas fases musicais diferentes. Na fase inicial com Peter Gabriel como vocalista, suas estruturas musicais complexas, instrumentação elaborada e apresentações teatrais tornaram-na uma das bandas mais reverenciadas do rock progressivo na década de 1970. Criações clássicas da banda nesse período incluem a canção de 23 minutos "Supper's Ready" do álbum Foxtrot de 1972, além do álbum conceitual de 1974 The Lamb Lies Down on Broadway. Com a saída de Peter em 1975 e sendo substituído nos vocais por Phil Collins, no final da década de 70 e a partir dos anos 80, sua música tomou um caminho distinto em direção ao pop, tornando-a mais acessível para a cena musical.

Em 18 de outubro de 2006, a BBC anunciou que os membros do Genesis, incluindo Phil CollinsMike Rutherford e Tony Banks, aceitaram reunir-se para uma turnê mundial e explorando a possibilidade de gravação de um novo material.


Fonte do texto: Wikipedia)


Leituras diárias

segunda-feira, 24 de maio de 2021

 


“Em outras palavras, temos a experiência do livre-arbítrio, mas ele seria uma ilusão, uma vez que os processos neurais são causalmente suficientes para determinar os estados subsequentes do cérebro (nós pressupomos, na realidade, que não existem estímulos externos ou efeitos ligados ao restante do corpo). Esse resultado é todavia muito insatisfatório intelectualmente, porque resulta em uma forma de epifenomenismo que significa que nossa experiência da liberdade não desempenha, em relação ao nosso comportamento, nenhum papel causal ou explicativo. Trata-se de uma completa ilusão, porque nosso comportamento é inteiramente fixado pela neurobiologia que determina as contrações musculares. Desse ponto de vista, a evolução nos pregou uma bela peça. Ela nos deu a ilusão da liberdade, e nada além dessa ilusão.”  

 

John R. Searle, Liberdade e neurobiologia


Meio ambiente, recursos e economia

sábado, 22 de maio de 2021

 

"O trabalho não produz apenas mercadorias: produz a si mesmo e produz o operário enquanto mercadoria, e isso na medida em que produz mercadorias em geral."   -   Karl Marx   -   Manuscritos de 1844


A proteção do meio ambiente e dos recursos naturais nunca foi tema importante no Brasil, seja para governos ou para o setor privado. Historicamente não temos uma tradição de convívio equilibrado com a natureza, como mostram os ciclos econômicos de nossa formação; o ciclo do pau-brasil, da cana-de-açúcar, da mineração e o ciclo do café. Todos baseados na extração, ocupação e supressão de recursos naturais, as únicas técnicas que as populações destes períodos conheciam. De certa forma, porém, mantivemos esta tradição até nossos dias, dada a forma espoliadora com que madeireiros, grileiros e garimpeiros atuam impunemente na Amazônia, para citar só um caso. 

A partir dos anos 1960 o mundo começou a se dar conta da gradual destruição dos recursos naturais, provocada pela intensa atividade econômica. Florestas tropicais foram derrubadas na Ásia, na África e nas Américas, para a exploração da madeira e do petróleo, a expansão agrícola e a criação de gado. A população do mundo estava crescendo e a industrialização avançava; era preciso produzir mais alimentos e disponibilizar mais matérias primas para a fabricação de produtos. As cidades avançavam sobre terras virgens e em todo o planeta crescia a poluição das águas e dos solos. Enquanto isso, os resíduos industriais e o lixo doméstico se acumulavam nas periferias das metrópoles. 

Nos países e regiões mais industrializadas – os Estados Unidos, o Japão e a Europa – soou o alarme. Era preciso fazer algo, sob risco de uma deterioração completa do meio ambiente e piora da qualidade de vida. Surgiram movimentos ambientalistas, foram criadas leis ambientais e o setor industrial começou a desenvolver processos de produção menos poluentes. Nesse período da história se desenvolve o que comumente é chamado de setor ambiental da economia, englobando as atividades de empresas que atuam no combate da poluição ambiental, através de serviços técnicos e da fabricação de equipamentos. Nos anos 1980, o conceito de controle da poluição evolui da atitude corretiva ou reativa, para outra preventiva ou proativa, baseado no conceito de desenvolvimento sustentável.

A questão sobre o que é e abrange o desenvolvimento sustentável, ainda está em aberto. O Relatório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU, conhecida como Comissão Brundtland (1987) – em homenagem à sua então coordenadora, a Sra. Go Harlem Brundtland, primeira ministra da Noruega – define da seguinte maneira o conceito:

“O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que encontra as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades.(...) Muitos de nós vivemos além dos recursos ecológicos, por exemplo, em nossos padrões de consumo de energia(...) No mínimo, o desenvolvimento sustentável não deve pôr em risco os sistemas naturais que sustentam a vida na Terra: a atmosfera, as águas, os solos e os seres vivos.(...) Na sua essência, o desenvolvimento sustentável é um processo de mudança no qual a exploração dos recursos, o direcionamento dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional estão em harmonia e reforçam o atual e futuro potencial para satisfazer as aspirações e necessidades humanas.” (Wikipedia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Relat%C3%B3rio_Brundtland)

No entanto, muitos críticos deste conceito se perguntam se realmente é possível que nossa civilização continue funcionando no mesmo ritmo, produzindo e consumindo, sem comprometer as necessidades das gerações futuras. Não existe, por exemplo, um sistema de reuso e reciclagem de materiais, que não tenha uma perda de material ao longo do processo, por mínima que seja. Não é possível reciclar 100% do plástico, do vidro e do metal, e reinseri-los no processo de produção e consumo sem perda alguma. A água utilizada para abastecer populações urbanas e processos industriais, por exemplo, não pode ser completamente recuperada e trazida ao seu estado original em curto espaço de tempo; o custo para fazê-lo seria muito alto, se não impossível.

Na linha da ideia do desenvolvimento sustentável, foi desenvolvido o conceito da economia circular, criado e divulgado mundialmente pela Fundação Ellen MacArthur, que tem como objetivo principal a redução da geração de resíduos nas atividades econômicas. O propósito desta técnica é fechar o círculo de produção e consumo (conceito “do berço ao túmulo”), maximizando o reuso e a reciclagem de materiais na fabricação de novos produtos. O conceito incorpora a mudança de design dos produtos, para facilitar seu reuso e reciclagem. Já implantada na Europa, nos Estados Unidos e na China em diversos projetos, a economia circular ainda apresenta falhas e parece não representar uma solução definitiva para a redução do uso de recursos, segundo seus críticos. A maior objeção quanto à economia circular é que esta prioriza a questão da engenharia do processo (design dos produtos, fluxos de materiais, processamento, remodelagem), enquanto ignora os aspectos econômicos (o aumento e a diversificação da produção que acaba gerando um consumo maior de recursos). A argumentação foi desenvolvida pelas pesquisadoras Joséphine von Mitschke-Collande e Mischa Narberhaus, do laboratório de pesquisas Smart CSOs Lab, da Alemanha. (https://www.greeneconomycoalition.org/news-and-resources/circular-economy-isnt-enough-we-need-system-change)

Uma das alternativas para diminuir o uso de recursos naturais é, segundo alguns, o uso da nanotecnologia. Há alguns anos vários cientistas prediziam que a nanotecnologia, quando mais avançada, poderia desenvolver processos de produção e reciclagem com perdas praticamente irrisórias. Em artigo publicado em 2019 (Perspectivas para uma economia ecológica – (https://administradores.com.br/artigos/perspectivas-para-uma-economia-ecol%C3%B3gica-nbsp), fiz referência a este fato:

“De seu desenvolvimento se espera maravilhas, como a construção de nanofábricas cada vez mais complexas, das quais, segundo os pesquisadores desta tecnologia, poderia se estruturar qualquer coisa de praticamente qualquer matéria. No entanto, na posição de seus críticos – tendo em vista soluções para os problemas ambientais e uso dos recursos naturais – as perspectivas não parecem tão otimistas assim:

‘Em adição aos benefícios utópicos geralmente alardeados pelos tecnólogos, a nanotecnologia ou os promotores dela enfatizam uma grande e ampla gama de benefícios ecológicos, advindos dessa nova tecnologia, capitalizando a preocupação pública com o estado deteriorado da biosfera mundial. Lida-se com uma noção ingênua e conveniente de que os problemas ecológicos são primariamente de natureza tecnológica, e por isso podem ser resolvidos por soluções de engenharia, em vez de com uma estrutura social, e que requerem soluções econômicas e sociais. A falha de décadas de consertos tecnológicos para reverter ou mesmo para diminuir a destruição da ecologia tem sido ignorada, em favor da visão de que a próxima onda de inovações vai resolver os problemas, as descontinuidades do ecossistema e do sistema social.’ (GOULD in Nanotecnologia, inovação e meio ambiente, 2005, p. 246).

O entusiasmo pela nanotecnologia refluiu nos últimos anos, devido às dificuldades tecnológicas, agravadas pela escassez de recursos na área da pesquisa. Na opinião pública, os aspectos negativos da nanotecnologia foram acentuados pelo cientista e filósofo sueco Nick Bostrom, do Instituto para o Futuro da Humanidade, da Universidade de Oxford. Lidando com assuntos que podem representar uma ameaça para a humanidade, Bostrom já estudava a ocorrência de uma pandemia global há mais de dez anos. Em uma entrevista ao jornal El País Online em 14/02/2016, o pesquisador fala sobre seu livro mais famoso, Superinteligência, caminhos, perigos e estratégias (2018) e comenta em relação à nanotecnologia:

"A biotecnologia está avançando rapidamente; permitirá manipular a vida, modificar micróbios com grande precisão e potência. Isso abre caminho para habilidades muito destrutivas. A tecnologia nuclear, destaca, pode ser controlada. A biotecnologia, a nanotecnologia, o que alguém faz em uma garagem com um equipamento de segunda mão, comprado no eBay, nem tanto. Com pouco, é possível fazer muito mal.” (https://brasil.elpais.com/brasil/2016/02/12/ciencia/1455304552_817289.html)

Voltando ao nosso tema inicial da utilização dos recursos e do impacto ambiental negativo dessa atividade, concluímos – pelo menos até agora – que a humanidade se encontra em uma situação difícil. Mesmo com o desenvolvimento sustentável que, sejamos francos, é uma ideologia que envolve diversas ideias e práticas ainda pouco implantadas, não conseguiremos avançar indefinidamente com nossa economia baseada na utilização cada vez maior de recursos. Dentro do escopo da ideologia do desenvolvimento sustentável, foram elaboradas técnicas e tecnologias que, em última instância, visam tornar toda a atividade econômica e social menos impactante ao meio ambiente. Isto inclui desde o tratamento da água e os efluentes domésticos, ao descarte correto – incluindo redução, reuso e reciclagem – do lixo domiciliar. Na área da indústria, envolve uso de equipamentos e máquinas mais eficientes, com menos consumo de insumos (eletricidade, combustível, água), menos perda de material usado na produção (redução de resíduos e emissões), disposição correta de resíduos de produção (reuso, reciclagem, incineração, correta disposição), melhora do design de produtos e embalagens, otimização da distribuição, etc. Estas providências envolvem também diversos setores, como o da construção (prédios eficientes), dos transportes (eficiência energética e reciclagem), da agricultura (redução do impacto ao ambiente, uso de insumos menos tóxicos, otimização de operações), entre outros. Para todas estas aplicações os conhecimentos estão amplamente disponíveis; muitos de domínio público e outros desenvolvidos por empresas de engenharia, consultoria (soluções customizadas) e institutos de pesquisa, no Brasil e no exterior.  

Apesar de todas estas competências, qualquer profissional, seja de que área for, sabe que não é possível exercer uma atividade sem que haja uma pequena perda de material, matéria prima, energia ou outro insumo. Assim, ao longo de um período de tempo determinado, os volumes acumulados de material perdido ou inutilizado só tenderão ao crescimento. Esta constante perda de insumos ou materiais ao longo da cadeia de produção/distribuição/consumo/recuperação, pode futuramente comprometer os estoques naturais de recursos e matérias primas (minérios, petróleo, gás, etc.). No curso de décadas ou séculos, esta situação poderá inviabilizar a atividade industrial e o restante da economia, caso não venhamos a desenvolver tecnologias completamente diferentes, baseadas em outras fontes de insumos e matérias primas. Este aspecto da economia foi extensamente estudado pelo matemático e economista romeno-americano Nicholas Georgescu-Roegen (1906-1994), através de sua teoria da economia ecológica evolucionária.

Por enquanto, nossa civilização industrial capitalista vai avançando como é possível, dado o nível tecnológico atual. Há várias correntes na área da economia e da ecologia, que são de opinião de que a tecnologia poderá resolver todas as externalidades negativas de nossa estrutura econômica (os impactos ambientais negativos) à medida que aparecem, sempre apresentando novas soluções. Esta ideia é a aplicação da “Curva de Kuznets” à economia ambiental. Simon Kuznets (1901-1985) foi um economista ucraniano, ganhador do Prêmio Nobel em 1971, que deu importantes contribuições à ciência econômica. Criou a teria da Curva de Kuznets, equação gráfica que procurar demonstrar que a desigualdade nos rendimentos é uma situação que ocorre nas primeiras fases do desenvolvimento de uma economia, que no entanto se reverteria ao longo do tempo, através das forças do mercado. Esta fórmula também foi aplicada por economistas à questão do controle da poluição. Argumentam estes, que os grandes impactos negativos ao meio ambiente só ocorreriam nas etapas iniciais do crescimento da economia. Com o aumento da renda, da educação média dos cidadãos e da complexidade da economia, se desenvolveriam tecnologias mais avançadas, que gradualmente diminuiriam a depleção dos recursos naturais.

Sobre esta hipótese escreve o doutor em demografia, professor e colunista da site EcoDebate, José Eustáquio Diniz Alves (https://www.ecodebate.com.br/2012/12/19/curva-ambiental-de-kuznets-mais-desenvolvimento-e-a-solucao-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/):

“O ‘U invertido’ seria o melhor dos mundos se fosse verdade, pois investimentos em tecnologia e educação resolveriam os problemas simultâneos da pobreza e do meio ambiente. Mas a CAK (Curva Ambiental de Kuznets) é uma metodologia que ainda não foi comprovada, embora caia como uma luva ideológica perfeita, tanto para as diversas correntes nacionalistas (à direita e à esquerda), quanto para os economicistas, os positivistas, os socialistas stalinistas, os fundamentalistas de mercado, os neoliberais e os chamados céticos do clima.

Os dados dos Estados Unidos da América (EUA), em relação à desigualdade de renda, são ilustrativos. O índice de Gini diminuiu ligeiramente entre os anos 1920 e 1970, podendo sugerir alguma praticidade da ‘Curva de Kuznets’. Porém, depois das políticas implantadas por Ronald Reagan e George Bush (pai e filho) a concentração de renda voltou a aumentar, apontando para um formato não de ‘U invertido’, mas sim um formato ‘N’, ou seja, um aumento inicial, depois uma queda, seguida de uma nova subida. Um estudo de 2011, feito pelo Congressional Budget Office (CBO) mostrou que os ganhos nominais da parcela dos 1% mais ricos da população norte americana cresceu 275% entre 1979 e 2007, contra 40% de aumento nominal dos 60% da base da pirâmide de renda.” (Alves, 2012).

Quanto às tecnologias ambientais pode-se dizer que vêm evoluindo e se tornando mais eficientes ao longo dos últimos trinta ou quarenta anos, com a crescente contribuição da informática, biologia molecular, engenharia e da pesquisa em geral. Mas, se por um lado, a tecnologia evolui reduzindo o impacto das atividades econômicas, por outro, aumenta a eficiência do sistema e com isso o volume da produção – o mesmo dilema apontado pelos críticos no caso da economia circular. Se quisermos realmente falar em sustentabilidade, não faz sentido tornar o processo de produção menos poluente e mais eficiente em termos de uso de recursos, para então aumentar a produção e o consumo, provocando maior exploração de recursos naturais.


(Imagens: posters de Vladimir Tatlin)

Cadê a madeira do desmatamento que estava aqui? Venderam?

sexta-feira, 21 de maio de 2021


 

Direitos do cidadão

quinta-feira, 20 de maio de 2021

 


Led Zeppelin - How many more times

quarta-feira, 19 de maio de 2021

 As maiores bandas de rock de todos os tempos


Led Zeppelin

Album: Led Zeppelin (1969)

Musica: How many more times



https://www.youtube.com/watch?v=y-5o2f9wzmw&list=PLVOYDgXAn1KJcPNrbjdBj0SDGHpb95aJ9&index=9


Led Zeppelin foi uma banda britânica de rock formada em Londres, em 1968. Consistia no guitarrista Jimmy Page, no vocalista Robert Plant, no baixista e tecladista John Paul Jones e no baterista John Bonham. Seu som pesado e violento de guitarra, enraizado no blues e música psicodélica de seus dois primeiros álbuns, é frequentemente reconhecido como um dos fundadores do heavy metal. Seu estilo foi inspirado em uma grande variedade de influências, incluindo a música folkpsicodélica e o blues.

Depois de mudar seu antigo nome de New Yardbirds, o Led Zeppelin assinou um contrato favorável com a Atlantic Records, que lhes ofereceu uma considerável liberdade artística. O grupo não gostava de lançar suas canções como singles, pois viam os seus álbuns como indivisíveis e completas experiências de escuta. Embora inicialmente impopular com os críticos, o grupo conseguiu um impacto comercial significativo nas vendas com Led Zeppelin (1969), Led Zeppelin II (1969), Led Zeppelin III (1970), o quarto álbum sem título (1971), Houses of the Holy (1973), e Physical Graffiti (1975). O quarto álbum, com a música "Stairway to Heaven", está entre as obras mais populares e influentes do rock e ajudou a consolidar a popularidade do grupo.

Álbuns posteriores da banda visaram uma experimentação maior e foram acompanhados por extensos recordes e concertos que renderam à banda uma reputação pelos seus excessos e sua devassidão. Apesar de terem permanecido bem-sucedidos comercial e criticamente, a sua produção e agenda de shows foram limitadas no final da década de 1970, e o grupo se desfez após a morte repentina de Bonzo (apelido de John Bonham), em 1980. Desde então, os membros remanescentes esporadicamente colaboraram e participaram em raras reuniões juntos. A mais bem-sucedida delas foi em 2007 no Ahmet Ertegun Tribute Concert, em Londres, com Jason Bonham no lugar de seu pai.

Led Zeppelin é amplamente considerado como um dos grupos de rock mais bem sucedidos, inovadores e influentes da história, sendo até hoje um dos artistas mais vendidos de todos os tempos. É uma das bandas que mais vendeu discos na história da música, com várias fontes estimando recordes de vendas do grupo entre 200 a 300 milhões de unidades em todo o mundo. Com 111,5 milhões de unidades certificadas pela Associação da Indústria de Gravação da América, é a segunda banda de maior recorde de vendas de discos nos Estados Unidos. Cada um de seus nove álbuns de estúdio apareceram no Billboard Top 10 e, seis deles, atingiram a primeira posição. O músico Dave Grohl os descreveu como "a maior banda de rock and roll de todos os tempos", "a maior banda dos anos 70" e a revista Rolling Stone como o 14º maior artista da música. É uma das bandas mais contrabandeadas da história da música, com diversas gravações ilegais notáveis que indiretamente fizeram parte de sua discografia. Foram introduzidos no Rock and Roll Hall of Fame em 1995. Sua biografia no museu cita que a banda era "tão influente" na década de 1970 quanto os Beatles foram na década anterior.


(Fonte do texto: Wikipedia)

Leituras diárias

segunda-feira, 17 de maio de 2021

 


“Robert Edgerton dedicou um livro inteiro a exorcizar o mito do ‘bom selvagem’, detalhando a maneira como os antropólogos mais influentes nos anos 1920 e 1930 – como Franz Boas, Margaret Mead e Ruth Benedict – sistematicamente exageraram a harmonia reinante nas sociedades tribais e ignoraram seu recorrente barbarismo, ou atribuíram-nos a influência maligna de colonizadores, comerciantes, missionários e outros.” (Harris, pág. 27)


Sam Harris, A paisagem moral – Como a ciência pode determinar os valores humanos


Ecologia profunda

sábado, 15 de maio de 2021

Conheça os princípios básicos da ecologia profunda em artigo da ambientalista Suzana Padua, publicado no jornal O Eco: 


https://www.oeco.org.br/colunas/21013-o-mundo-nao-pertence-aos-humanos/#:~:text=Os%20princ%C3%ADpios%20b%C3%A1sicos%20da%20ecologia,valor%20intr%C3%ADnseco%20ou%20valor%20inerente).&text=O%20desabrochar%20da%20vida%20humana,decr%C3%A9scimo%20substancial%20da%20popula%C3%A7%C3%A3o%20humana.



(Fonte da imagem: EcoDebate)

Sistema capitalista

sexta-feira, 14 de maio de 2021

 Conheça a pirâmide social do sistema capitalista (apenas ilustrativo) 




Focus - Round goes the gossip

quarta-feira, 12 de maio de 2021

 As melhores bandas de rock de todos os tempos


Focus 

Album: Focus 3 (1972)

Música: Round goes the gossip



https://www.youtube.com/watch?v=EZk_rpTa8iI


Focus é uma banda de rock progressivo holandesa fundada em 1969 pelo organista e flautista Thijs van Leer, sendo hoje considerada como uma das maiores e mais importantes desse estilo musical. Suas extensas e quase exclusivas composições instrumentais e improvisações continham várias referências à música erudita. Um exemplo é a referência à ópera de Monteverdi na canção "Eruption", do álbum Moving Waves. Outra demonstração está na referência a Johann Sebastian Bach em "Carnival Fugue", do álbum Focus 3, ou ainda das referências ao Renascimento de "Anonymus II", do mesmo álbum.

O Focus surgiu em 1969 pelo organista e flautista Thijs van Leer, pelo baixista Martin Dresden e pelo baterista Hans Cleuver. A ideia inicial era seguir o estilo de Traffic, o que não aconteceu por percalços com a versão holandesa de Hair. Após a temporada do musical o grupo pode produzir seu primeiro álbum, em 1970, já com a presença de Jan Akkerman na guitarra.

Descontente com a falta de sucesso do primeiro álbum, Jan Akkerman deixou a banda para formar outra banda com o baterista Pierre van der Linden e o baixista Cyril Havermans. Quando soube das notícias sobre a nova banda, Thijs os contactou e eles o convidaram para participar da banda, assumindo somente então o nome Focus. O quarteto gravou o álbum Moving Waves, primeiro álbum de impacto da banda, recebendo críticas positivas em âmbito internacional. O álbum incluía a obra símbolo da banda, "Hocus Pocus". Este clássico do rock consistia na repetição de um riff de guitarra recorrente e interlúdios de vocal falsete.

No final de 1970, conheceram o produtor Mike Vernon, que ajudou a promover a banda pelo mundo. A expansão começou na Inglaterra em 1972, mesmo ano do álbum Focus 3, um disco duplo que continha o hit "Sylvia". Nesse álbum Bert Ruiter tomou o lugar de Cyril Havermans. Em maio de 1973 a banda fez uma grande apresentação no Rainbow Theatre em Londres que resultou no álbum Live at the Rainbow.

Logo após, Pierre van der Linden deixou a banda após desentendimento com Ruiter sobre a direção da banda. Collin Allen o substituiu e então a banda gravou Hamburger Concerto, um retorno ao estilo erudito. Gravaram posteriormente Mother Focus, um álbum mais comercial. Durante as gravações do álbum Allen deixou a banda, sendo substituído pelo estaduniense Devid Kemper. Em 1976, após a finalização do álbum, Jan Akkerman também deixou a banda pelas diferenças musicais entre ele e Thijs, iniciando o fim gradual da banda até o anúncio do fim em 1978.


(Fonte do texto: Wikipedia) 

EDUCAÇÃO

segunda-feira, 10 de maio de 2021

 


Armas ou livros?

sábado, 8 de maio de 2021

 
"Por conhecimento, entendo a certeza que nasce da comparação de ideias."   -   David Hume   -   Tratado da natureza humana

Em 2020 o governo baixou os impostos sobre armas e munições, cumprindo promessa que Bolsonaro havia feito durante a campanha presidencial. Alguns segmentos da sociedade brasileira estavam convictos, de que o cidadão armado poderia se defender de agressões criminosas. Esta situação tem origens mais antigas, que remontam à década de 1980, quando o número de crimes, roubos e assassinatos com armas de fogo começou a aumentar, chegando a 65 mil assassinatos em 2017.

Não cabe aqui fazer uma detalhada análise das razões do crescimento dos delitos e dos assassinatos no Brasil, já que não temos conhecimentos para isso. É fato, todavia, que o fenômeno não é somente brasileiro. Na maior parte dos países latino-americanos, aumentaram a violência e o crime nos últimos quarenta anos, associados ao crescimento da pobreza e da formação de periferias sem qualquer assistência do Estado, principalmente nas grandes metrópoles. No aspecto econômico uma concentração cada vez maior de riqueza, enquanto a maior parte da população não tem condições decentes de sobrevivência – situação que ficou evidente durante a sindemia do Covid-19.

Há, sem dúvida, um grande número de pessoas que entende que o porte de arma trará maior segurança à sociedade. A segurança do cidadão e da sociedade é uma das principais funções do Estado. Para pensadores políticos, como o inglês Thomas Hobbes (1588-1674), defesa do cidadão é a principal atribuição de um governo. Ao longo de grande parte da história recente brasileira o Estado não tem sido muito efetivo neste quesito, já que somos um dos países onde mais ocorrem assassinatos.

Suponha-se que o Estado brasileiro tivesse chegado à conclusão de que sozinho não seria capaz de dar combate à transgressão, e que precisaria armar o cidadão para que esse também pudesse defender-se por conta própria. Suponha-se também, de que é desta maneira que o atual governo avalia a situação, daí sua posição maleável em relação à venda e porte de armas. Mas, se for este o caso, por que só a alguns, aos mais abonados, é dado o direito de possuí-las, tendo em vista seu alto custo? Não seria o caso de se colocar gratuitamente uma arma à disposição de cada cidadão? Afinal, trata-se de suprir uma necessidade  - a principal para muitos - que o Estado não está conseguindo atender.

Das armas, aos livros. Um país não evolui educacional e culturalmente sem os livros ou, mais especificamente, lendo, discutindo e formando opiniões e ideias a partir de seu conteúdo. Ainda no século XIX escrevia o poeta romântico Castro Alves em seu poema Espumas Flutuantes:

Oh! Bendito o que semeia

Livros à mão cheia

E manda o povo pensar!

O livro, caindo n’alma   

É germe – que faz

a palma!

É chuva – que faz o mar

O escritor, diplomata, empresário e visionário, Monteiro Lobato, também escreveu que “um país se faz com homens e livros.”

Na área da educação e da cultura, ao que parece, o atual governo não enxerga tantos problemas assim, como os vê evidentes na segurança. Sem entrar em detalhes, basta dizer que é principalmente através da educação, que ao longo da história os países conseguiram diminuir suas taxas de crimes e delitos. Ainda em uma pesquisa recente realizada pela USP (Universidade de São Paulo) em 2013, foi comprovado que a cada investimento de 1% na educação, consegue-se reduzir 0,1% do índice de criminalidade (https://educacao.uol.com.br/noticias/2013/06/05/pesquisa-mostra-que-investimento-em-educacao-reduz-criminalidade.htm). A escola é um comprovado fator de redução da violência dos alunos. O mesmo efeito positivo decorre dos aparelhos culturais como museus, escolas de artes e teatros, bibliotecas, oficinas culturais, localizadas nas periferias das cidades, onde os jovens têm pouco ou nenhum acesso à cultura.

Além do corte na impressão e distribuição de livros didáticos (https://veja.abril.com.br/educacao/um-estrago-silencioso-na-educacao/) o governo vem reduzindo ou eliminando verbas destinadas a cursos, exposições e outras áreas relacionadas à cultura. Um dos fatos marcantes de toda esta política anticultura, que também se estende à ciência, é a recente indicação da Receita Federal – evidentemente sob orientação do Ministério da Economia –, de que pode acabar com a isenção de impostos sobre os livros. A justificativa é de que “eles são consumidos pela parcela mais rica da população”. Com isso os livros, em geral, ficariam 12% mais caros, em média. Recentemente, o presidente de Portugal defendeu a leitura como um impulso à economia, dizendo: “É aposta no desenvolvimento a longo prazo.” Vendo isso, parece que por aqui, no Brasil, só se pensa a curto prazo.

Estranha política para um país: baratear armas e encarecer o acesso ao conhecimento. E isto, ainda com a justificativa de que só os ricos leem. Em outras palavras quer se dizer que “os pobres não querem aumentar seus conhecimentos e já que é assim, nós, gestores do Estado, nada temos a ver com isso. Vamos nos aproveitar desta situação, taxando aqueles que leem”. E se aproveitássemos aquela absurda ideia aventada acima, de dar armas a todo o cidadão, e a transformássemos na proposta de dar livros a todo cidadão?


(Imagens: pinturas de Theo van Doesburg)

Leituras diárias

sexta-feira, 7 de maio de 2021

 



Profundamente

 

Quando ontem adormeci

Na noite de São João

Havia alegria e rumor

Estrondos de bombas luzes de Bengala

Vozes cantigas e risos

Ao pé das fogueiras acesas.

 

No meio da noite despertei

Não ouvi mais vozes nem risos

Apenas balões

Passavam errantes

Silenciosamente

Apenas de vez em quando

O ruído de um bonde

Cortava o silêncio

Como num túnel.

Onde estavam os que há pouco

Dançavam

Cantavam

E riam

Ao pé das fogueiras acesas?

Estavam todos dormindo

Estavam todos deitados

Dormindo

Profundamente

 

          ***

 

Quando eu tinha seis anos

Não pude ver o fim da festa de São João

Porque adormeci

 

Hoje não ouço mais as vozes daquele tempo

Minha avó

Meu avô

Totônio Rodrigues

Tomásia

Rosa

Onde estão todos eles?

 

- Estão todos dormindo

Estão todos deitados

Dormindo

Profundamente.

 

Manuel Bandeira, publicado originalmente no livro de poemas Estrela da vida inteira  


Fonte do texto: Manuel Bandeira, Apresentação da poesia brasileira (posfácio)

Emerson, Lake & Palmer - Trilogy

quarta-feira, 5 de maio de 2021

 As melhores bandas de rock de todos os tempos 


Emerson, Lake & Palmer 

Album: Trilogy (1972)

Música: Trilogy



https://www.youtube.com/watch?v=Vcxw0UFyxi0&list=PLG6FC9idstGNd6-p0QYVQOyixAYFZpPNG&index=7


Emerson, Lake & Palmer (ou ELP) foi uma banda de rock progressivo britânica formada nos anos 70 por Keith Emerson (teclados), Greg Lake (guitarrasbaixo e vocais) e Carl Palmer (bateria). Entrou para história da música por ser a primeira banda de rock a levar um sintetizador, na época um aparelho gigantesco, monofônico e analógico, para um show, em 1970. Entre os seus sucessos, destacam-se From the Beginning, Lucky Man e C'est la vie.

A banda foi formada em 1970. Seu nome quase foi Hendrix, Emerson, Lake, and Palmer (ou HELP). O ano anteriorKeith Emerson estava tocando com The Nice, e Greg Lake estava tocando com o King Crimson. Após tocarem nos mesmos concertos algumas vezes, os dois tentaram trabalhar em conjunto, mas perceberam que seus estilos não eram compatíveis, mas sim complementares. Eles desejavam se tornar uma banda composta por tecladosbaixo e bateria, molde que Emerson já vinha desenvolvendo com os Nice, e então saíram a procura de um baterista até encontrarem Carl Palmer (ex-Atomic Rooster).

Os primeiros quatro anos foram muito férteis em criatividade. Lake produziu os primeiros seis álbuns da banda, começando pelo álbum epónimo em 1970, que continha o hit Lucky Man. Tarkus (de 1971), foi o primeiro álbum conceptual de sucesso da banda, descrito como uma história de evolução reversa. A gravação ao vivo de 1971 da interpretação da obra de Modest Mussorgsky Pictures at an Exhibition foi um sucesso, o que contribuiu para a popularidade da banda. O álbum de 1972 Trilogy continha o single mais vendido da banda, From the Beginning.

No final de 1973, o álbum Brain Salad Surgery foi lançado, se tornando o álbum de estúdio mais famoso da banda. As letras foram parcialmente escritas por Peter Sinfield, que foi o criador do conceito King Crimson e único letrista em seus primeiros quatro álbuns. Sua maior apresentação foi o modesto show Isle of Wight Festival, em agosto de 1970, um dos últimos grandes festivais da era Woodstock. No final da apresentação, Emerson e Lake atiram de dois canhões posicionados nas laterais do palco. Em abril de 1974, o ELP era a atração principal do California Jam Festival, sobrepondo banda como Deep Purple. O evento foi televisionado em todo os Estados Unidos, e é considerado como o auge da carreira da banda.

O som do ELP era dominado pelo órgão Hammond, pelo sintetizador Moog e pelo piano de Emerson. As composições da banda eram muito influenciadas pela música erudita do período clássico, com adições de jazz e hard rock. Pode-se dizer que, pelas citações clássicas, a banda se encaixa também no subgênero do rock progressivo clássico.

 

(Fonte do texto: Wikipedia)