Karl Kraus (1874-1936)
foi um dramaturgo, jornalista, ensaísta, aforista e poeta austríaco.
Indicado três vezes ao Nobel de Literatura, é considerado como um dos
maiores escritores satíricos em língua alemã do século XX.
Foi
também — e sobretudo — satirista e panfletário.
Denunciava com grande virulência nas páginas do Die Fackel ("A Tocha") — revista que fundou e da
qual foi praticamente o único redator durante quase quarenta anos — os compromissos,
as injustiças e a corrupção, notadamente a corrupção da língua, na qual via a
fonte dos maiores males de sua época, responsabilizando principalmente a
imprensa. Crítico da moral burguesa de sua época, Kraus defendeu as prostitutas,
os homossexuais e condenou o feminismo. Exerceu
influência fundamental em seus conterrâneos Ludwig Wittgenstein, Arnold Schönberg e Adolf Loos.
(Fonte do texto: Wikipedia)
Algumas observações de Karl Kraus:
“Com que soberania um
imbecil trata o tempo. Ele simplesmente o mata. E o tempo tolera isso. Pois
nunca ouvimos falar que o tempo tenha matado um imbecil.”
“A força mais enérgica não
chega perto da energia com que alguns defendem suas fraquezas.”
“O mundo é uma prisão em que
é preferível a solitária.”
“O que a sífilis poupou será
devastado pela imprensa. Nos amolecimentos cerebrais do futuro não se poderá
mais constatar a causa com segurança.”
“A democracia divide os
homens em trabalhadores e preguiçosos. Ela não está preparada para aqueles que
não têm tempo para trabalhar.”
“O segredo do agitador
consiste em parecer tão idiota quanto seus ouvintes, de modo que eles acreditem
ser tão inteligentes quanto ele.”
“A relação dos jornais com a
vida é mais ou menos a mesma dos cartomantes com a metafísica.”
“O barbeiro conta novidades
quando deveria apenas cortar o cabelo. O jornalista é espirituoso quando
deveria apenas contar novidades. Dois sujeitos que querem subir na vida.”
“Numa cabeça oca cabe muito
conhecimento.”
“Antes os cenários eram de
papelão e os atores eram de verdade. Agora, os cenários são completamente
convincentes, e os atores, de papelão.”
“De onde tiro tanto tempo
para não ler tanta coisa?”
“Quando corrigimos um erro
depois de muito tempo, os superficiais criticam o erro e os profundos nos
chamam de inconsequentes.”
“Muitas vezes, a filosofia
não é mais do que a coragem de entrar num labirinto. E quem se esquecer da
porta de entrada, pode facilmente adquirir a reputação de pensador
independente.”
“O Diabo é um otimista se
acredita que pode tornar os seres humanos piores.”
(Do livro de Karl Kraus “Aforismos”)


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