Enquanto isso, no país que é um dos maiores produtores de alimentos do planeta...
sexta-feira, 30 de maio de 2025Essa não poderia faltar
quinta-feira, 29 de maio de 2025A frase do dia
quarta-feira, 28 de maio de 2025“A
vida é uma tragédia quando vista de perto, mas uma comédia quando vista de
longe.”
Charles (Spencer) Chaplin (1889-1977), ator, cineasta e compositor inglês citado por Goodreads
Moda do Bonde Camarão - Inezita Barroso
terça-feira, 27 de maio de 2025Música brasileira
Inezita Barroso
Álbum: Clássicos da Música Caipira Vol. 2 (1972)
Música: Moda do Bonde Camarão
https://www.youtube.com/watch?v=HC7HvjHmIXA&list=RDHC7HvjHmIXA&start_radio=1
Inezita
Barroso, nome artístico de Ignez Magdalena
Aranha de Lima (São Paulo, 4 de março de 1925 – São Paulo, 8 de março de 2015), foi cantora,
atriz, instrumentista, bibliotecária, folclorista, professora e apresentadora
de rádio e televisão. Em 1950, ingressou na Rádio Bandeirantes e apresentava-se
em recitais no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), Cultura Artística e Colombo.
No mesmo ano gravou a célebre interpretação da música Moda da Pinga,
de Ochelsis
Laureano e Raul
Torres. Em 1954 gravou os sambas Ronda,
de Paulo
Vanzolini e Estatutos da Gafieira, de Billy Blanco.
Foi premiada com o Troféu Roquette-Pinto de melhor
cantora de música popular brasileira e o prêmio Guarani,
como melhor cantora em disco.
Inezita
ultrapassou a marca de cinquenta anos de carreira e de oitenta discos gravados,
entre 78 rpm, vinil e CDs. Apresentou por 35
anos, de 1980 até a sua morte em 2015, o programa Viola, Minha Viola, dedicado à música
caipira e transmitido pela TV Cultura.
Apresentou também, no SBT, um programa musical
que levava seu nome e era exibido aos domingos pela manhã.
A música "Moda do Bonde Camarão" (1929) é de autoria de Cornélio Pires, folclorista, escritor, pioneiro e incentivador da música caipira (bem claro: da verdadeira música caipira, que não existe mais). Mais informações sobre este período da cidade de São Paulo no link abaixo:
(Fonte do texto: Wikipedias)
O que eles pensam
segunda-feira, 26 de maio de 2025(Sobre
o novo PL que flexibiliza o licenciamento ambiental)
“Trata-se de texto que implode o
licenciamento ambiental no Brasil, ignorando a crise climática, tratados
internacionais e a Constituição Federal, esvaziando o papel dos órgãos
ambientais e a transparência dos processos públicos e abrindo precedente que
amplia risco imenso de proliferação de casos de corrupção no licenciamento
ambiental”.
Nota sobre a “Lei Geral do Licenciamento Ambiental (LGLA), PL 2/.159/2021”, aprovada pelo Senado em 21/5/2025. A nota foi assinada pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade, Inesc, Instituto Ethos e Conservatório do Clima. Matéria publicada no jornal Valor em 22/5/2025.
Leituras diárias
domingo, 25 de maio de 2025Martin Buber (1878-1965), filósofo austríaco-israelita em Qué es el hombre? (O que é o homem?)
Ler!
sábado, 24 de maio de 2025Caminhando resolutamente para o passado!
sexta-feira, 23 de maio de 2025Labels: Assim se vive no Brasil, Gestão Ambiental, Gestão Pública, Meio Ambiente, Política
O Batráquio - Zimbo Trio
quinta-feira, 22 de maio de 2025Música brasileira
Zimbo Trio
Álbum: Zimbo Trio (1978)
Música: O batráquio
https://www.youtube.com/watch?v=388B9Pb1IFU
O Zimbo
Trio foi formado em março de 1964 em São Paulo por Luís Chaves Oliveira
da Paz ‘Luís Chaves’ (contrabaixo),
Rubens Alberto Barsotti ‘Rubinho’ (bateria) e Amilton Godói (piano).
A
primeira apresentação como Zimbo Trio foi na Boate Oásis, em 17
de março de 1964, acompanhando a cantora Norma Bengell.
O show foi produzido por Aloysio de Oliveira. Uma das músicas tocadas
foi ‘Consolação’ de Baden Powell e Vinicius de Moraes. Em 1965, o Zimbo
Trio passou a fazer acompanhamento fixo do programa O Fino da
Bossa, da TV Record, apresentado por Elis Regina e Jair
Rodrigues, um dos mais importantes na divulgação de novos talentos
musicais. Em 1968, participou de um show antológico no Teatro João Caetano que reuniu Elizeth
Cardoso, Jacob do
Bandolim e o conjunto Época de Ouro.
O fruto deste encontro foi o registro de dois volumes gravados ao vivo.
(Fonte do texto: Wikipedia)
A frase do dia
quarta-feira, 21 de maio de 2025“Quando eu era criança, eu disse ao meu
pai uma tarde, ‘Papai, você me leva ao zoológico?’ Ele respondeu, ‘Se o
zoológico quer você, deixe que eles venham e te peguem.’”
Jerry Lewis (1926-2017) comediante, cineasta, cantor estadunidense citado por A-Z Quotes.
15 anos
Nesta data o blog Da Natureza e da Cultura completa 15 anos de existência. Agradecemos a todos pela visita!
Se gostar de nossas postagens, divulgue.
Obrigado!
Outras leituras
terça-feira, 20 de maio de 2025“Assim, o capitalismo em poucas
palavras: você, o trabalhador, assa a torta. Então seu empregador, senhorio,
credores de hipotecas e empréstimos, seguradoras, agências fiscais do governo,
empresas de cartão de crédito e bancos; todos exigem e pegam sua fatia da torta
que você assou. Você fica com as migalhas chamadas de ‘salários’. Sim, o
capitalista lhe forneceu os ingredientes e ferramentas (os meios de produção)
para assar a torta, mas já que você fez todo o trabalho para fazê-la, você não
deveria pelo menos ter uma palavra a dizer, sobre como os lucros seriam
compartilhados com a venda da torta? Em vez disso, quando recebemos nossos
salários, que não refletem o valor de troca excedente (os lucros) das
mercadorias que produzimos, sentimos a necessidade de ser ‘gratos’ por ter um
emprego e um salário. ‘Obrigado, obrigado, mestre!’, de fato.” (Chun, pág. 9)
Christian W. Chun, professor universitário e escritor estadunidense em A world without capitalism? Alternative discourses, spaces and imaginaries (Um mundo sem capitalismo? Discursos alternativos, espaços e imaginários)
Oscar Niemeyer (1907-2012)
segunda-feira, 19 de maio de 2025https://www.youtube.com/watch?v=3LdoT-XDnLk
O documentário completo de "A vida é um sopro" encontra-se no link abaixo:
Leituras diárias
domingo, 18 de maio de 2025“As
consequências da crescente desigualdade são de longo alcance e têm implicações
sociais, políticas e econômicas significativas. Altos níveis de desigualdade
podem minar a coesão social e corroer a confiança nas instituições. Também
podem levar à polarização política e ao surgimento de movimentos populistas,
pois aqueles que se sentem deixados para trás pelo sistema econômico buscam
alternativas radicais ao status quo.
A concentração de riqueza nas mãos de poucos também pode distorcer a tomada de
decisões políticas, pois indivíduos e corporações ricos são capazes de exercer
influência desproporcional sobre a política por meio de contribuições de
campanha, lobby e outras formas de engajamento político.
A
crescente desigualdade também pode ter consequências negativas para o
crescimento econômico e a estabilidade. Alguns economistas argumentaram que
altos níveis de desigualdade podem levar a níveis mais baixos de demanda
agregada, pois os ricos tendem a economizar uma proporção maior de sua renda do
que os pobres e a classe média. Isso pode criar um obstáculo ao crescimento
econômico e contribuir para o tipo de estagnação que muitas economias avançadas
têm experimentado nos últimos anos. A desigualdade também pode prejudicar a
mobilidade social, já que o acesso à educação, à saúde e a outras oportunidades
se torna cada vez mais dependente da origem familiar e da riqueza.” (Bugeja,
págs. 133 e 134).
Alex Bugeja, A history of capitalism (Uma história do capitalismo)
Essa não poderia faltar
sábado, 17 de maio de 2025Depressão
sexta-feira, 16 de maio de 2025José Saramago (1922-2010)
quinta-feira, 15 de maio de 2025Veja curto depoimento do escritor português José Saramago, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 1998 e autor de clássicos da literatura mundial como Ensaio sobre a Cegueira, A Jangada de Pedra, O Evangelho segundo Jesus Cristo, entre outros.
O vídeo encontra-se no link abaixo:
A frase do dia
quarta-feira, 14 de maio de 2025“O humor é apenas outra defesa contra o universo.”
Mel Brooks, comediante, ator e cineasta americano, citado por Goodreads.
Outras leituras
terça-feira, 13 de maio de 2025Não há dúvida de que uma escolha é uma ação consciente do indivíduo. Aqueles que dizem que um homem pode escolher o que gosta, não estão fazendo uma declaração que conflite no menor grau com o determinismo. O determinista diz tão claramente quanto qualquer um, que eu ajo da maneira como escolhi fazer. A verdadeira questão é por que eu escolho isso em vez daquilo? Por que a ‘vontade’ se pronuncia a favor de um desejo em vez de outro? Ninguém pode acreditar que todos os desejos são de igual força ou valor para uma pessoa. Tal suposição seria absurda demais para ser um argumento sério. Mas se todos os desejos não são de igual força e valor, a única conclusão que resta é que certos desejos são concretizados pelo indivíduo porque são, para este indivíduo, de maior valor do que outros. E nesse caso, estamos simplesmente reafirmando o determinismo. A ação do ambiente é condicionada pela natureza do organismo. A reação do organismo é condicionada pelo caráter do ambiente.
O resultante é um composto dos dois. É, além disso, um absurdo falar da ‘vontade’ ou do eu como se isso fosse algo à parte das várias fases da consciência. Na disputa de sentimentos e desejos que evocam deliberação, o indivíduo está igualmente envolvido em todos os aspectos do processo. Como o professor (William) James (psicólogo e filósofo americano) aponta, ‘tanto o esforço quanto a resistência são nossos, e a identificação do nosso eu com um desses fatores é uma ilusão e um truque de fala’. Meu ‘eu’ e meus estados mentais não são duas coisas distintas; eles constituem a mim mesmo, e se estes forem eliminados, não restará um ‘eu’.” (Cohen, págs. 39 e 40).
Champman Cohen (1868-1954), pensador, escritor e palestrante inglês em Determinism or Free Will? (Determinismo ou livre-arbítrio?)
Georgina de Albuquerque (1885-1962)
segunda-feira, 12 de maio de 2025Albert Camus
“É essencial que saibamos se o homem, sem a ajuda de pensamentos metafísicos ou racionalistas, pode criar seus próprios valores. A inquietação que nos preocupa pertence a toda uma época da qual não queremos nos dissociar. Sabemos que nem tudo se resume à negação e ao absurdo. Mas primeiro precisamos definir a negação e o absurdo, porque são o que a nossa geração encontrou e o que devemos levar em conta.”
Albert Camus (1913-1960), filósofo francês em Le Pessimisme et le Courage (Pessimismo e coragem), Jornal Combate, 3 de novembro de 1944, citado por John Foley em Albert Camus
Leituras diárias
domingo, 11 de maio de 2025“A
ausência de capitais restringia muito as satisfações da vida coletiva: não
havia fontes, nem pontes, nem estradas; se por alguma circunstância favorável,
construía-se alguma, à falta de conservação estragava-se ou ficava de todo
arruinada. Como não havia dinheiro, os impostos eram levados à praça, e o contratador
pagava-se em gêneros. Só as casas de misericórdia eram até certo ponto devidas
à ação incorporada. As sedes das capitanias, mesmo as mais prósperas, reduziam–se
a meros lugarejos; a gente abastada possuía prédios nas vilas, mas só os
ocupava no tempo das festas; a população permanente constava de funcionários,
mecânicos, regulares ou gente de vida pouco edificante. Ajunte-se a isto a
natural desafeição pela terra, fácil de compreender se nos transportamos às
condições dos primeiros colonos, abafados pela mata virgem, picados por insetos,
envenenados por ofídios, expostos às feras, ameaçados pelos índios, indefesos
contra os piratas, que começaram a surgir apenas souberam de alguma coisa digna
de roubar. Mesmo se sobejassem meios, não havia pendor a meter mãos a obras destinadas
aos vindouros; tratava-se de ganhar fortuna o mais depressa possível para ir
desfrutá-la no além mar. Informa-nos Gandavo que os velhos acostumados ao país
não queriam sair mais. Seriam estes seus primeiros entusiastas.” (Abreu, pág.
85).
Capistrano de Abreu (1853-1927), historiador brasileiro em Capítulos da História Colonial 1500-1800
Paulo Moura e Raphael Rabello - Tempos felizes
sábado, 10 de maio de 2025Música brasileira
Paulo Moura e Raphael Rabello
Álbum: Dois Irmãos (1992)
Música: Tempos felizes
https://www.youtube.com/watch?v=NlD1BwtSL24&list=PLrZ0alkydgYlfwb5EWw2VencRY6m3Lznl&index=6
Paulo Moura (São José do Rio Preto, 15 de julho de 1932 – Rio de Janeiro, 12 de julho de 2010) foi maestro, compositor, arranjador, saxofonista e clarinetista brasileiro de choro, samba e jazz. Moura era considerado um dos principais nomes da música instrumental do Brasil.
Rafael Baptista Rabello (Petrópolis, 31 de outubro de 1962 — Rio de Janeiro, 27 de abril de 1995) foi um violonista e compositor brasileiro, ligado ao choro e à música popular brasileira. Um virtuoso deste instrumento, ele é considerado um dos maiores violonistas brasileiros de todos os tempos, sobretudo em sua especialidade, o violão de sete cordas.
(Fonte dos textos: Wikipedia)
Todo ano é o "Ano do Rato"
sexta-feira, 9 de maio de 2025Enquanto isso, no Congresso...
quinta-feira, 8 de maio de 2025Estaria o Congresso preparando uma "festa da pizza" em relação ao julgamento dos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8/1?
JUROS A 14,75%
LEMBRA QUANDO EM 2023 O GOVERNO RECLAMAVA DOS JUROS ALTOS?
E AGORA, COM JUROS MAIS ALTOS AINDA, A 14,75%? O QUE DIZEM, LULA, HADDAD E GALÍPOLO?
ESPECULADORES, RENTISTAS, BANCOS, "APLICADORES"; TODOS AQUELES QUE GANHAM COM "JOGADAS FINANCEIRAS" ESTÃO GOSTANDO.
INDÚSTRIA, COMÉRCIO, TRABALHADORES, NÃO!
Cícero D'Ávila
Conheça mais sobre a vida e obra do artista no site Cícero D'Ávila Institucional abaixo:
Essa não poderia faltar
quarta-feira, 7 de maio de 2025A frase do dia
“Ele pode parecer um idiota e falar como um idiota, mas não deixe que isso o engane. Ele realmente é um idiota.”
Julius Henry “Groucho” Marx (1890-1977), comediante, escritor, ator e cantor estadunidense, que atuou no cinema, televisão, rádio e teatro, citado por Goodreads.
Outras leituras
terça-feira, 6 de maio de 2025“A
humanidade foi punida longa e pesadamente por ter criado seus deuses; nada além
de dor e perseguição tem sido o destino do homem desde que os deuses começaram.
Só há uma maneira de sair desse erro: o homem deve quebrar seus grilhões que o
acorrentaram aos portões do céu e do inferno, para que ele possa começar a
moldar a partir de sua consciência desperta e iluminada um novo mundo na Terra.”
Emma Goldman (1869-1940) escritora e
ativista política lituana, citada em Atheist’s
Bible de Joan Konner
Leituras diárias
segunda-feira, 5 de maio de 2025“Revolução? Hoje, o que isso significa? Certamente não a tomada do poder, pois o poder não é tomável. Ele está por toda parte, está nas máquinas, está nos cérebros. Ademais, o conceito de revolução implica uma primazia da vontade, uma eficácia da ação política que não existe mais na sociedade hipercomplexa, até mesmo caótica, produzida pela grande aceleração tecno-informática.
Não se trata de tomar o lugar de um poder político vazio, trata-se de afastá-lo. É preciso se distanciar do território da economia capitalista, é preciso criar ilhas de sobrevida igualitária e precária. É preciso sabotar a rede tecno-informática, é preciso retomar o funcionamento das máquinas, especialmente das infomáquinas.” (Guattari, Bifo & Bertetto, pág. 92)
Felix Guattari, Franco Berardi e Paolo Bertetto em Desejo e revolução
Milton Hatoum (1952-)
domingo, 4 de maio de 2025Veja a entrevista com o escritor, professor e tradutor brasileiro Milton Hatoum, autor entre outras obras de Relato de um certo Oriente e Dois Irmãos. A entrevista, ocorrida há 5 anos e cujo tema principal é a Amazônia, foi feita para o programa Metrópolis da TV Cultura. O vídeo está disponível no link abaixo:
Labels: arte, Autores, Cultura, Jornalistas/Escritores
Essa não poderia faltar
sábado, 3 de maio de 2025Vale até assaltar idoso!
sexta-feira, 2 de maio de 2025DIA DO TRABALHO E LUTA
quinta-feira, 1 de maio de 2025Maria Helena Vieira da Silva (1908-1922)
quarta-feira, 30 de abril de 2025Conheça mais sobre a vida e obra do artista no site do Centro de Arte Moderna Gulbekian abaixo:
https://gulbenkian.pt/cam/artist/maria-helena-vieira-da-silva/
Leituras diárias
terça-feira, 29 de abril de 2025“Mas
Marx explicou que as ideias não caem do céu, mas refletem mais ou menos com
precisão, situações objetivas, pressões sociais e contradições além do controle
de homens e mulheres. Mas a história não se desenrola como resultado do livre
arbítrio ou desejos conscientes do ‘grande homem’, reis, políticos ou
filósofos. Pelo contrário, o progresso da sociedade depende do desenvolvimento
das forças produtivas, que não é o produto de um planejamento consciente, mas
se desenvolve nas costas de homens e mulheres. Pela primeira vez, Marx colocou
o socialismo em uma base teórica firme. Uma compreensão científica da história
não pode ser baseada nas imagens distorcidas da realidade flutuando como
fantasmas pálidos e fantásticos nas mentes de homens e mulheres, mas em
relações sociais reais. Isso significa começar com um esclarecimento da relação
entre formas sociais e políticas e o modo de produção em um determinado estágio
da história. Isso é precisamente o que é chamado de método de análise
materialista histórico.
Algumas pessoas se sentirão irritadas com essa
teoria que parece privar a humanidade do papel de protagonistas no processo
histórico. Da mesma forma, a Igreja e seus apologistas filosóficos ficaram
profundamente ofendidos pelas alegações de Galileu de que o Sol, não a Terra,
estava no centro do Universo. Mais tarde, as mesmas pessoas atacaram Darwin por
sugerir que os humanos não eram a criação especial de Deus, mas o produto da
seleção natural. Na verdade, o marxismo não nega de forma alguma a importância
do fator subjetivo na história, o papel consciente da humanidade no desenvolvimento
da sociedade. Homens e mulheres fazem história, mas não o fazem inteiramente de
acordo com seu livre arbítrio e intenções conscientes. Nas palavras de Marx: ‘A
história não faz nada’, ela ‘não possui riqueza imensa’, ela ‘não trava
batalhas’. É o homem, o homem real e vivo que faz tudo isso, que possui e luta;
a ‘história’ não é, por assim dizer, uma pessoa à parte, usando o homem como um
meio para atingir seus próprios objetivos; a história nada mais é do que a
atividade do homem perseguindo seus objetivos.’ (Marx e Engels, A Sagrada
Família, Capítulo VI).
Tudo
o que o marxismo faz é explicar o papel do indivíduo como parte de uma dada
sociedade, sujeito a certas leis objetivas e, em última análise, como
representante dos interesses de uma classe específica. As ideias não têm
existência independente, nem desenvolvimento histórico próprio. ‘A vida não é
determinada pela consciência’, escreve Marx em A Ideologia Alemã, ‘mas a
consciência pela vida’. As ideias e ações das pessoas são condicionadas por relações
sociais, cujo desenvolvimento não depende da vontade subjetiva de homens e
mulheres mas ocorre de acordo com leis definidas que, em última análise,
refletem as necessidades do desenvolvimento das forças produtivas. As
inter-relações entre esses fatores constituem uma teia complexa que muitas
vezes é difícil de ver. O estudo dessas relações é a base da teoria marxista da
história.” (Woods & Sewell, pág. 28 e 29).
Outras leituras
segunda-feira, 28 de abril de 2025“Obediência e docilidade são
induzidas hoje através dos hábitos cotidianos de consumo e comunicação. O
sujeito contemporâneo é um sujeito constantemente distraído. Muito foi escrito
sobre os efeitos chocantes e desorientadores das informações e imagens
supérfluas com as quais somos sobrecarregados hoje, e a dissonância cognitiva e
infelicidade subjetiva produzida por nossa total imersão nos circuitos do
capitalismo comunicativo. Sofremos de um tipo de transtorno de déficit de
atenção tecnologicamente induzido. Não apenas somos sobreestimulados pela
constante ativação semiótica, através de tecnologias comunicativas invasivas e
onipresentes – além dos limites do que nosso organismo pode suportar (Berardi,
2009) – mas também, somos atraídos, por meio da participação em mídias sociais
e blogs, para circuitos de gozo capitalístico acompanhado por redes de vigilância.”
(Newman, pág. 46).
“O que também podemos tirar disso é o poder potencial que reside em uma atitude ascética em relação à vida. Embora essa possa ser uma atitude imposta a muitos de nós pela necessidade econômica, pode, no entanto, formar a base de uma nova sensibilidade e ethos. Um novo modo de subjetividade, para o qual se torna central a recusa de consumo desnecessário e o desejo por um modo de vida mais simples. A única maneira que podemos nos libertar, em última instância, do sistema econômico que nos escraviza – através da dívida e do trabalho sem fim e sem sentido – é deixando de desejá-lo, recusando o fetichismo da mercadoria e desinvestindo nossos desejos no modo de vida capitalista e na economia psíquica de culpa que surge com o constante endividamento. Parte disso seria repensar toda a ideologia do crescimento econômico e afirmar as prioridades da sustentabilidade humana e ecológica, até mesmo abraçando a ideia de decrescimento (décroissance). Franco Berardi fala sobre a importância da ‘lentidão’ como uma resposta ao constante imperativo capitalista de crescimento e aceleração, particularmente no contexto europeu: ‘a vindoura insurreição europeia não será uma insurreição de energia, mas uma insurreição de lentidão, afastamento e exaustão. Será a autonomização do corpo e alma coletivos com relação à exploração da velocidade e da competição.” (Newman, pág. 77).
Saul Newman (1972-) professor de teoria política na Universidade de Londres, escreve sobre o pós-anarquismo. O trecho acima faz parte do livro Do anarquismo ao pós-anarquismo.