Sem precipitações!

quinta-feira, 16 de maio de 2024


 (Fonte: filosofiahoje.com)

O sacrifício

quarta-feira, 15 de maio de 2024


(Fonte: Prefeitura de Gioania / Conexão História)
 

Heloisa Hariadne (1998- )

 

Conheça mais sobre a vida e obra do artista no site GALERIA LEME abaixo:

https://galerialeme.com/artist/heloisa-hariadne/

Outras leituras

terça-feira, 14 de maio de 2024

 

“Para minha surpresa, durante os capítulos recentes dessa batalha, a visão aqui proposta do cérebro como um verdadeiro simulador da realidade tem recebido cada vez mais apoio fora da comunidade de neurocientistas. Em seu clássico livro O gene egoísta, o biólogo evolucionista britânico Richard Dawkins claramente declara sua concordância com a teoria de que o cérebro, especialmente o humano, desenvolveu a capacidade de criar simulações elaboradas e detalhadas da realidade. Cantando no mesmo tom, o físico israelense David Deutsch vai ainda mais longe, ao propor em seu livro A essência da realidade, que tudo que ‘experimentamos diretamente não passa de uma construção virtual, convenientemente gerada para nosso usufruto, por nossa mente inconsciente, a partir de dados sensoriais somados a complexas teorias adquiridas e congênitas sobre como interpretar novas informações.’”

 

Miguel Nicolelis (1961-) médico e cientista brasileiro em Muito além do nosso eu. A nova neurociência que une cérebro e máquinas – como ela pode mudar nossas vidas

Por que rico paga menos imposto do que pobre no Brasil?

segunda-feira, 13 de maio de 2024

Sistema de tributação no Brasil sempre foi extremamente injusto. Os que menos ganham pagam proporcionalmente muito mais imposto do que os ricos ou super-ricos.

(Imagens: Crescent International)

A coisa é desta maneira porque aqueles que deveriam votar novas leis, os congressistas, atuam em sua maioria em benefício do poder econômico - que em muitos casos ajudou a financiar as campanhas destes políticos e apoia seus partidos.  

O atual governo tentou fazer algumas mudanças, mas pouco alcançou. Grupos de interesse, setores da imprensa e muitos deputados se colocaram contra o aumento de impostos para os ricos. Por que será? 

Veja artigo "Super-ricos não pagam... vão pagar?" no jornal eletrônico Brasil de Fato, abaixo:

https://www.brasildefators.com.br/2023/09/13/super-ricos-nao-pagam-vao-pagar 

Heroes (David Bowie): Uma canção e suas interpretações

domingo, 12 de maio de 2024

A canção Heroes, lançada em 1977 pelo cantor e compositor inglês David Bowie (1947-2016), fez tanto sucesso que também foi regravada por grandes bandas ao longo dos últimos quarenta anos.

Heroes em sua versão original (disco compacto simples), lançado em 1977 por David Bowie:

https://www.youtube.com/watch?v=GIKehChI__k

A mesma música na versão do supergrupo de rock progressivo inglês King Crimson (2016):

https://www.youtube.com/watch?v=2JywkrIiXW8

Na interpretação da banda inglêsa de música eletrônica Depeche Mode (2017):

https://www.youtube.com/watch?v=q6yzrZfgQvI 

Heroes interpretada pelo grupo inglês de hard rock/heavy metal Mötorhead (2017):

https://www.youtube.com/watch?v=J06yQb4lbPk

Sobre a música Heroes:

"Heroes" é uma canção do músico britânico David Bowie, escrita por Bowie e Brian Eno. Produzida por Bowie e Tony Visconti, a faixa foi gravada em julho e agosto de 1977, e lançada em 23 de setembro daquele ano. Produto da chamada Trilogia de Berlim de Bowie, o single não alcançou grande sucesso nem no Reino Unido nem nos Estados Unidos, mas acabou se tornando uma das canções mais reconhecidas do cantor.

Inspirada em um beijo entre Tony Visconti e sua namorada nas proximidades do Muro de Berlim, a canção, diferentemente da comum interpretação sobre otimismo em sua letra, tem como essência um tom "obscuro" e "traumático", segundo estudiosos da obra de Bowie. Em 6 de junho de 1987, Bowie tocou "Heroes" no Reichstag, em Berlim Ocidental, o que foi considerado um catalisador para a queda do Muro. Após a morte de Bowie, em janeiro de 2016, o governo alemão agradeceu o músico por "ajudar a derrubar o Muro", acrescentando que "você está entre os Heróis".

 

(Fonte do texto: Wikipedia)

Leituras diárias

sábado, 11 de maio de 2024

 

“Num estado de democracia, educação universal e abundância geral estas desculpas anteriores para a atrocidade humana fracassam miseravelmente. Contemplando a história contemporânea no próprio ato de se desenrolar, é difícil atribuir o que nela há de irracionalidade e bestialidade unicamente aos indivíduos (a não ser concedendo-lhes uma capacidade sobre-humana – ou subhumana – de malícia e estupidez). Ao contrário, parece que somos vítimas de ‘forças históricas’, qualquer que seja o significado deste termo. Os acontecimentos parecem implicar mais do que unicamente as decisões individuais, sendo determinados mais por ‘sistemas’ socioculturais, quer sejam preconceitos, ideologias, grupos de pressão, tendências sociais, crescimento e declínio de civilizações ou seja lá o que for. Conhecemos precisa e cientificamente quais vão ser os efeitos da poluição, da devastação dos recursos naturais, da explosão populacional, da corrida armamentista, etc. Todos os dias um incontável número de críticos diz-nos isto, citando argumentos irrefutáveis. Mas nem os dirigentes nacionais nem as sociedades em totalidade parecem ser capazes de fazer alguma coisa a respeito desta situação.” (von Bertalanffy, pág. 27).

 

Ludwig von Bertalanffy, Teoria Geral dos Sistemas

Liev Tolstoi - De quanta terra precisa um homem

sexta-feira, 10 de maio de 2024


Leia o conto "De quanta terra precisa um homem", do escritor russo Lev Nikolaevitch (Liev) Tolstoi (1862-1910), um dos maiores da literatura mundial. Tolstoi também foi reformador social e pacifista, tendo influenciado líderes como Mahatma Gandhi e Martin Luther King Jr. 

Acesse o texto através do link Docero Brasil abaixo:



Mudanças climáticas e a tragédia no Rio Grande do Sul

quinta-feira, 9 de maio de 2024


 

O que está acontecendo no estado do Rio Grande do Sul é, em grande parte, resultado do processo que a ciência chama de “mudanças climáticas”. Se, por um lado, a alteração do clima é fato global, seus efeitos se fazem sentir localmente; chuvas fortes e prolongadas no Rio Grande do Sul, nevascas na costa Leste dos Estados Unidos, secas no Noroeste da Índia, etc. Ações locais que afetam o meio ambiente, como redução de áreas de floresta nativa e campos, construção de barragens, ampliação de áreas agrícolas até às margens dos rios, reduzindo ou eliminando completamente a mata ciliar, têm contribuído ainda mais para acentuar os efeitos da mudança do clima, no caso do Rio Grande do Sul. Falta de investimentos em infraestrutura preventiva, principalmente no caso da cidade de Porto Alegre, segundo a imprensa, também foram aspectos que contribuíram para agravar o efeito das águas.

As consequências de tal situação são as que vêm afetando a população gaúcha nos últimos dias (dados de 8/5/2024): 95 mortos, 128 desaparecidos, 1,4 milhão de pessoas afetadas, mais de 320 municípios atingidos, cerca de 200 mil desabrigados, dezenas de milhares de casas, pequenas propriedades, empresas e comércios destruídos. Prejuízos para o estado já chegam a mais R$ 1 bilhão. Calcula-se hoje, que serão necessários cerca de R$ 6 bilhões para reconstruir tudo o que foi destruído.

As mudanças climáticas são um fenômeno que já vem sendo estudado pela ciência desde os anos 1980. A partir dos anos 1990 cientistas, instituições governamentais e ONGs passaram ativamente a divulgar detalhadas informações e dados sobre este fenômeno climático. A redução das emissões de gases de efeito estufa, resultantes da queima de combustível fóssil, teria que ser iniciada imediatamente. Outra ação preventiva era a manutenção e ampliação de áreas verdes, que através do processo de fotossíntese fixam o carbono nas plantas – o carbono, contido no gás carbônico (CO²), é o principal poluidor da atmosfera e causador do aumento da temperatura da Terra (mudança climática).

Ao mesmo tempo, companhias petrolíferas, setores empresariais e até governamentais iniciaram uma forte campanha para desacreditar pesquisas e cientistas, com o objetivo de negar a realidade das mudanças climáticas. Estes setores temiam que caso a adoção de medidas para reduzir o impacto do fenômeno fossem mandatórias, teriam que fazer grandes investimentos na redução ou eliminação de emissões de gases de efeito estufa, gerados por suas atividades econômicas (leia-se poluição).

Ao longo dos anos, a veracidade da teoria das mudanças climáticas foi se impondo como fato. Mesmo assim, durante os últimos dez anos, não foram poucos os think tanks mantidos por grupos privados, principalmente nos Estados Unidos, que sistematicamente divulgavam supostas pesquisas que tentavam colocar em questão as mudanças do clima. Ainda numa declaração em 2018, o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump dizia não acreditar no fenômeno das mudanças climáticas. No Brasil, o ex-presidente Bolsonaro, declarou em 2019 “que a pressão por mudanças (climáticas) é jogo comercial”. Seu governo cortou em 93% os gastos para estudos e projetos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, segundo o jornal BBC Online.

O ex-ministro das Relações Exteriores do governo Bolsonaro, Ernesto Araújo (que em 2021 pediu demissão do cargo), afirmou pouco antes de assumir o ministério em 2018 que “as mudanças climáticas são uma ideologia criada pela esquerda”. No ano seguinte, durante uma palestra em Washington na conservadora Fundação Heritage, declarou que “... o ponto principal da ditadura do clima, do climatismo, é o fim do debate político normal." Ainda em 2019, em viagem a Roma, informa: “Não acredito em aquecimento global. Vejam que fui a Roma em maio e estava tendo uma onda de frio enorme. Isso mostra como as teorias do aquecimento global estão erradas.”. Logo no início do governo, o ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro, Ricardo Salles, acabou com Secretaria de Mudanças do Clima e Florestas, transferindo a agenda climática para uma assessoria. 


É desta maneira que até há pouco tempo ainda pensavam pessoas que estavam em cargos de comando nos governos e no setor privado (e ainda há alguns por aí, escondidos). E não há desculpa para isso. Um estudo da Universidade Cornell mostrou que 99,9% de todos os cientistas concordam que a crise climática existe e de que esta é provocada pelas atividades econômicas do homem. Ou seja, não há mais o que discutir sobre a existência ou não do fenômeno, como se ainda fazia anos atrás nas comunidades cientificamente mais atrasadas. O que importa agora é implantar medidas que possam reduzir as emissões, cujo maior volume é gerado por queima de combustível (transporte e geração de energia) e derrubada de vegetação nativa (expansão agrícola, pecuária, grilagem de terras).

As medidas para redução do impacto das mudanças climáticas (enchentes, secas e suas consequências para as sociedades) afetarão necessariamente os interesses de setores da economia. Isto vale tanto para o Brasil em sua situação atual, quanto para o mundo todo. É então que as mudanças climáticas deixam de ser apenas um fenômeno natural, “desígnio de Deus”, ao qual é preciso fazer frente com diversas medidas práticas atenuando seu impacto, e se tornam um problema político; conflito de interesses de grupos sociais.

Aqui cabe perguntar: como ficam os defensores do discurso do "Estado mínimo", tão elogiado pelos neoliberais durante o governo Bolsonaro e ainda com forte influência no atual governo do Rio Grande do Sul, defendendo a privatização de grande parte da infraestrutura e a mínima participação do Estado na administração. Como o setor privado poderia fazer frente aos gastos desta monta, como os que serão necessários no Rio Grande do Sul (e possivelmente em outras regiões do país no futuro)? A quem até os neoliberais são forçados a recorrer nesta hora de tragédia, senão aos recursos do Estado, já que o capital privado não é suficiente ou está (seguramente) aplicado em algum fundo de investimentos?  

Em resumo, as mudanças climáticas estão aí com seus efeitos. Custará caro controlá-las e se adaptar a elas - é o que veremos mais claramente ao longo dos próximos meses no Rio Grande do Sul. Quem vai pagar esta conta? Em outras palavras, quem vai se apoderar da maior parte dos recursos públicos?

 

Fotos: (ABC do ABC e RFI)

Quem coloca comida no seu prato?

quarta-feira, 8 de maio de 2024

(Fonte da imagem: CompreRural)

Não é o "agro é pop" quem coloca comida na mesa do brasileiro. As  exportações do agronegócio são destinadas principalmente para alimentar o gado em todo o mundo.

Veja no artigo abaixo, "De onde vem a comida do seu prato", publicado no jornal eletrônico O Joio e o Trigo, quem efetivamente produz a maior parte dos alimentos:

https://ojoioeotrigo.com.br/2023/06/saiba-de-onde-vem-sua-comida/ 

Essa não poderia faltar!

terça-feira, 7 de maio de 2024


Beatles

She came in through the bathroom window (1969)


https://www.youtube.com/watch?v=NVv7IzEVf3M

Por que muitos produtos e serviços são tão ruins no Brasil?

A baixa qualidade de parte dos produtos e serviços no Brasil é pouco discutida. Não porque não haja produtos e serviços ruins; basta ver nas páginas de reclamações da rede. Mas, infelizmente, existe em grande parte uma mentalidade de "é assim mesmo".

Um estudo mais aprofundado sobre o assunto poderia ajudar o consumidor brasileiro a exercer mais pressão sobre fabricantes e prestadores de serviço. É preciso reivindicar mais e pressionar. ("Se ninguém reclama, a gente não precisa mudar", pensam fabricantes e fornecedores).

(Fonte: Prefeitura de Fortaleza)

Leia artigo sobre o tema de autoria do jornalista Alexander Busch, do jornal eletrônico DW-Deutsche Welle:

https://www.dw.com/pt-br/por-que-o-consumidor-brasileiro-se-contenta-com-pouco/a-43343399

Goin' Easy - Dust

segunda-feira, 6 de maio de 2024

 As melhores músicas do rock


Dust

Álbum: Dust (1971)

Música: Goin' Easy



https://www.youtube.com/watch?v=ZHD3DfaJMwo


Dust foi uma banda americana de hard rock formada no final dos anos 60. É também conhecida como uma banda de pré-punk. A banda foi formada em1968, com o guitarrista e vocalista Richie Wise, o baixista Kenny Aaronson e o baterista Marc Bell.


(Fonte do texto: Wikipedia)

Tem que ajudar!

domingo, 5 de maio de 2024

(Fonte: Gama Livre)

Modesto Brocos (1852-1936)

Conheça mais sobre a vida e obra da artista no site Wikipediaarteref.com abaixo:

Outras leituras

sábado, 4 de maio de 2024


 

Como diabos uma pessoa pode gostar de ser acordada às 6h30 por um despertador, pular da cama, vestir-se, alimentar-se à força, cagar, mijar, escovar os dentes e o cabelo e enfrentar o trânsito para chegar a um lugar onde essencialmente ganha muito dinheiro para outra pessoa e é solicitada a ficar grata pela oportunidade de fazê-lo.”;

 

As pessoas são estranhas: ficam constantemente irritadas com coisas triviais, mas com um assunto importante como desperdiçar totalmente as suas vidas, elas nem parecem se importar.”;

 

Para aqueles que acreditam em Deus, a maioria das grandes questões estão respondidas. Mas para aqueles de nós que não conseguem aceitar prontamente a fórmula de Deus, as grandes respostas não permanecem escritas em pedra. Nós nos adaptamos às novas condições e descobertas. Somos flexíveis. O amor não precisa ser uma ordem nem a fé uma máxima. Eu sou meu próprio deus. Estamos aqui para desaprender os ensinamentos da igreja, do estado e do nosso sistema educacional. Estamos aqui para beber cerveja. Estamos aqui para matar a guerra. Estamos aqui para rir das adversidades e viver nossas vidas tão bem que a Morte tremerá quando vier nos levar.”;

 

Vamos todos morrer, todos nós, que bagunça! Só isso deveria fazer com que nos amássemos, mas não acontece. Ficamos aterrorizados e arrasados por trivialidades, gastamos tempo com nada.”;

 

O problema do mundo é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas, enquanto as estúpidas estão cheias de confiança.”.

 

 

Charles Bukowski (1920-1994) poeta e escritor americano


(Fonte: Blog de Cole Schafer e Blog Goodreads)

Número de professores diminui no Brasil

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Enquanto em outros países a valorização do professor só aumenta, no Brasil, apesar dos discursos de vários governos, aqueles que ensinam continuam desvalorizados.

(Fonte: Sudoeste Hoje)

Num país onde youtubers, influencers, coaches, "empresários e investidores de internet" e espécimes assemelhados têm a fórmula para "ficar rico" sem precisar aprender muito (ou nada), os professores são esquecidos. 

A Educação, que deveria ser assunto urgentíssimo num país com tantos problemas como o Brasil, não faz parte das prioridades imediatas dos governos. É apenas mais um item a ser citado nas campanhas eleitorais. Há pouco houve até um presidente, que planejava fechar universidades federais. Não é, pois, de se admirar, que o nível educacional e cultural do país esteja ficando pior a cada década.  

Por essas e outras o "apagão de professores" está à porta do nosso país. Veja o artigo do jornal eletrônico "Outras Mídias":

https://outraspalavras.net/outrasmidias/o-apagao-de-professores-no-brasil/

Eliseu Visconti (1866-1944)

 

Conheça mais sobre a vida e obra do artista no site Projeto Eliseu Visconti abaixo:

https://eliseuvisconti.com.br/

Outras leituras

quinta-feira, 2 de maio de 2024


 

“Este trabalho revela que neste nosso Brasil republicano e pós-moderno, esperar numa fila ainda é algo desagradável e, quase sempre, ofensivo. Quem se percebe como superior exige atenção imediata. E como todos são superiores, posto que a superioridade é sempre relativa a múltiplos critérios subjetivos e objetivos de classificação, há um sentimento de indizível mal-estar e até mesmo de recusa quando nos deparamos com a fila. Nesse sentido, vale mencionar a velha piada que um americano, mas filho de um inglês moldado no mais acabado estilo britânico, gostava de contar na frente do pai. “Você sabe – dizia ele para mim com um sorriso malicioso – como se descobre um inglês? Fácil... Ele é descoberto porque, ao encontrar duas pessoas paradas uma atrás da outra, ele imediatamente forma uma fila!”

Já no Brasil, ficamos decepcionados, ansiosos ou até mesmo irritados quando nos deparamos com uma fila. A reação exprime a autovisão de que não merecemos uma espera; a qual cabe sempre aos outros. Vocês são feitos para a fila (e para a espera igualitária e subordinada), eu não! No Brasil, temos um problema com o tratamento impessoal e automático, denotativo de que seriamos “pessoas comuns”. Tal como ocorre no trânsito, conforme demonstrei no meu livro Fé em Deus e pé na tábua (Rio de Janeiro: Rocco, 2010), essa reação revela uma alergia a situações igualitárias e a nossa saudade de um velho mundo hierarquizado no qual todos sabiam com quem falavam. Aquele universo dos nossos ancestrais e de algumas áreas de nosso sistema, pois as mudanças não são lineares e muito menos uniformes e gerais.”

 

Roberto DaMatta e Alberto Junqueira, Fila e democracia

1º de maio - Dia do Trabalho

quarta-feira, 1 de maio de 2024


                        (Fonte: Blog do Chicó/Sinfrônio)