Grand Funk Railroad - People let's stop the war

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

 As melhores bandas de rock de todos os tempos 


Grand Funk Railroad

Album: E pluribus funk (1972)

Música: People let's stop the war



https://www.youtube.com/watch?v=oIHyQ5HNiqE&list=PLdgFk-dTMiRifWtuCwCZMdD1P6Tx6DWPG&index=2


O grupo Grand Funk Railroad nasceu em 1964, na cidade de Flint, Michigan, Estados Unidos, quando quatro amigos se juntaram para formar uma banda. Seu nome original era Jazzmasters e não tocavam jazz como o nome sugere, "mestres do Jazz", mas faziam um rock'n roll tão alto quanto seus amplificadores podiam suportar. Era formado por: Mark Farner, guitarra e vocal; Don Brewer, bateria e vocal; Craig Frost, órgão e piano e Mel Schacher, baixo elétrico.

Dois fatores foram claramente favoráveis ao sucesso do Grand Funk Railroad: sua participação no Festival de Altamont e, em termos de mercado musical, a separação dos Beatles, que acabou gerando novas oportunidades nas gravadoras, sequiosas para investir nas bandas promissoras, pois haviam testemunhado níveis nunca antes alcançados de lucro com os Beatles.


(Fonte do texto: Wikipedia) 

Leituras diárias

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

 


“(...) A filosofia é uma via por meio da qual o eu pensante perde os privilégios a ele outrora concedidos de ter ascendência sobre o mundo, de controla-lo e dominá-lo, curvando-se aos seus fins. A filosofia é uma espécie de caminho ascético de autossuperação e representa o momento preliminar que serve para se transportar além do eu. O uso desse tipo de eu transcendente kantiano em um sentido que remete ao budismo, ainda que em maneira um pouco genérica, passa através da rejeição das formulações opostas da substância e da função e visa afirmar uma dimensão de verdadeira subjetividade que é decididamente não kantiana.” (Cestari, pág. 69)

 

Matteo Cestari, Além da metafísica do conceito? Nada e negação na lógica do lugar em O Nada absoluto e a superação do niilismo: Os fundamentos filosóficos da Escola de Kyoto


Os grandes temas históricos do início do século XXI

sábado, 25 de setembro de 2021

"Os fatos só têm significado quando o historiador recorre a eles: é o historiador quem determina a que fato dará a palavra e em que sequência ou contexto."   -   Edward H. Carr   -   O que é história?    


A história da humanidade, incluindo a pré-história, sempre foi o relato de mudanças de todo tipo. Nenhum período na cronologia humana é igual ao outro. Sempre houve e haverá um fato inédito, ocorrendo a cada novo dia – uma complicada equação que finalmente é resolvida por um estudante, provocando uma revolução na ciência, um terremoto que ocorre em algum lugar da Ásia, ou a contaminação de aldeões africanos por um vírus ainda desconhecido. Até em nossa vida individual essa ideia de constante modificação está implícita: “nada como um dia depois do outro”, significando uma mudança de uma situação – ou, pelo menos, a expectativa disto.

Os historiadores do futuro muito provavelmente lembrarão das duas primeiras décadas do século XXI, como significativas na história humana moderna ou pós-moderna (seja lá o nome que darão ao período que vivemos). Mesmo para nós, leigos, contemporâneos deste período, é fácil apontar os três principais acontecimentos deste época: o ataque terrorista ao World Trade Center de Nova York, em setembro de 2001; a crise econômica, também conhecida como a “crise dos subprimes”, que começou 2008; e a sindemia da Covid-19, iniciada em 2019. Até o dia em que estamos escrevendo este artigo, 7 de maio de 2021, o mundo ainda está sob os efeito das guerras no Oriente Médio e da instabilidade política provocada pelos “ataques de 11 de setembro”, como são chamados pelo povo americano. Os países ainda se ressentem também do colapso econômico de 2008 e permanecem enredados em todas as consequências sanitárias, econômicas, políticas e culturais da disseminação do vírus.

Dirá o futuro a que outros acontecimentos na história da humanidade, estes três eventos – o primeiro, de características políticas, o outro, de origem econômica e o terceiro iniciado por uma crise sanitária – poderão ser comparados. Fatos que abalaram não apenas um país ou região do planeta, mas todas as nações; dependendo da maneira como cada Estado encontra-se inserido na comunidade mundial. É certo que já atualmente os historiadores e outros especialistas estão estudando o inter-relacionamento entre estes três acontecimentos históricos; suas origens no passado, a maneira como se influenciaram, e, como juntos, influirão nos próximos 10, 50 ou 100 anos da história humana.

O registro da história, ensinam os próprios especialistas, é dinâmico e depende do ponto de vista e das condições históricas daqueles que a estão registrando. Muito provavelmente, os escribas do império asteca no México dos séculos XV e XVI, se os houve, escreveram a história daquele período de maneira bem diferente, daquela que nos foi relatada pelos letrados espanhóis daquele período. Enquanto que para a história da cultura ocidental, a “conquista” ou invasão do México foi uma etapa na história do império espanhol ou da expansão europeia, para os astecas e outros povos de seu império, foi o final de sua organização social, política, econômica, de sua cultura, enfim, de sua civilização. Comparativamente, seria a dominação de nossa civilização planetária por alienígenas, que nos matassem, roubassem nossas riquezas, eliminassem nossa cultura e nos impusessem suas crenças. Ao longo dos séculos seríamos incorporados por essa cultura alienígena, nos transformando em apenas mais um povo que, privado de suas tradições, formaria mais uma etnia (ou espécie), inserida em um império que dominasse nosso canto da via Láctea.

Mencionaremos ainda outro acontecimento – o qual, aliás, já vem ocorrendo há décadas – que sob uma perspectiva histórica, será considerado muito importante pelos futuros estudiosos. Trata-se da questão ambiental. Há tanto tempo vimos degradando o meio ambiente, nos adaptando às condições de uma natureza cada vez mais descaracterizada, sem sentirmos as consequências de nossas ações? A espécie humana vem alterando seu ambiente, aqui e ali, cada civilização e cultura em seu local de florescimento, praticamente desde que inventamos a agricultura, há cerca de dez mil anos. No período Paleolítico e no Neolítico, grupos humanos talvez chegaram a eliminar espécies através do excesso de caça, mas, desde que praticam a agricultura, as comunidades humanas afetam áreas cada vez maiores e aumentam consideravelmente em número de indivíduos. Assim, durante milhares de anos, nossos antepassados vêm derrubando florestas, construindo canais, aterrando pântanos, cada vez mais ocupando áreas virgens com a agricultura.

O grande salto qualitativo veio com a industrialização (a partir do final do século XVIII) e suas consequências, na forma como os humanos passaram a se apropriar dos recursos naturais. Nos últimos 50 anos o ritmo de expansão das atividades humanas – agricultura, pesca, indústria, urbanização e crescimento populacional – vem se acelerando ainda mais, com sua correspondente degradação da natureza. As decorrências desta deterioração já são perceptíveis, mas ainda encaradas como “fatos naturais”, “fatos sem importância” ou “inevitáveis consequências do progresso”, pela maior parte da população do planeta. Cientistas nos alertam sobre as lentas, graduais, mas inexoráveis mudanças que estamos provocando na natureza. Escassez de água potável, contaminação de solos, rareamento de matérias primas, diminuição de terras agricultáveis, poluição do ar, redução de florestas naturais, poluição dos oceanos. Além disso, estamos extinguindo milhares de espécies vivas a cada década; elos de ligação no complexo ecossistema da vida na Terra, os quais, uma vez rompidos, farão todo o sistema gradativamente desabar, não sem antes provocar uma sequência de crises econômicas de menor ou maior impacto.   Em todo este processo, muito provavelmente, surgirão novas pandemias provocadas por vírus ou bactérias, desalojadas de seu habitat natural pelas atividades humanas. 

As maiores mudanças na área ambiental ocorrerão durante este século, segundo vários cientistas. Ou mudamos a maneira como vivemos no planeta, ou seja, a maneira como a economia funciona, ou sofreremos os efeitos cada vez mais graves de nossas ações, dificultando em muito a sobrevivência de nossa espécie. Comparada ao “11 de setembro”, à “crise dos subprimes” ou à “sindemia da Covid”, a crise ambiental terá consequência mais demoradas, mais impactantes e, talvez, irreversíveis. A maneira como nossa civilização aprendeu (ou não) a lidar com os escassos recursos naturais, talvez será o mais importante tema histórico do século XXI para os historiadores do futuro.  


(Imagens: arte de Lygia Pape)    

Rush - Lakeside Park

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

 As melhores bandas de rock de todos os tempos 


Rush

Album: Caress of steel (1975)

Música: Lakeside park 



https://www.youtube.com/watch?v=O5_rwkCGKN4


Rush foi uma banda canadense de rock formada em agosto de 1968 na cidade de TorontoOntário. A banda era composta pelo baixistatecladista e vocalista principal Geddy Lee, pelo guitarrista e backing vocal Alex Lifeson e pelo bateristapercussionista e letrista Neil Peart. A formação original da banda passou por algumas modificações entre 1968 e 1974, alcançando sua formação definitiva com Peart em julho de 1974, duas semanas antes da primeira turnê nos Estados Unidos, devido a problemas de saúde de John Rutsey, antigo baterista da banda.

Desde o lançamento do seu álbum de estreia em março de 1974, Rush tornou-se conhecido pelas habilidades instrumentais de seus membros, composições complexas e letras ecléticas, que abordam pesadamente a ficção-científicafantasia e filosofia, dirigindo-se a assuntos humanitários, sociais, emocionais, e ambientais. Musicalmente, o estilo evoluiu ao longo dos anos, iniciando-se na inspiração do blues no rock em seus primeiros álbuns e, em seguida passando por fases em que predominaram as influências do hard rockrock progressivo e sintetizadores. A banda e sua musicalidade têm sido citadas como influência por vários artistas musicais, incluindo Metallica, The Smashing Pumpkins e Primus, bem como as bandas de metal progressivo como Dream Theater e Symphony X.

A banda ganhou um número considerável de Juno Awards, e foi adicionada ao Canadian Music Hall of Fame em 1994. Ao longo de sua carreira, os membros foram reconhecidos como sendo alguns dos melhores em seus respectivos instrumentos, com cada membro ganhando vários prêmios em diversas publicações especializadas. A banda terminou a turnê mundial que promoveu o seu álbum Snakes & Arrows em 2007 e a Time Machine Tour em 2011, turnê na qual tocaram o álbum Moving Pictures inteiro e estiveram no Brasil. Em julho de 2012, a banda lançou o seu mais recente álbum, chamado Clockwork Angels, que recebeu aclamação mundial de críticos e fãs. Clockwork Angels Tour, sua mais recente turnê, começou no dia 7 de setembro de 2012, e o seu setlist foi surpreendente. A novidade foi a execução de muitas músicas dos álbuns Power Windows e Clockwork Angels. Em dezembro de 2012 foi anunciado que a banda seria induzida ao Rock and Roll Hall of Fame.


(Fonte do texto: Wikipedia) 

Leituras diárias

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

 



“Mestre Graça não teve o que merecia da vida. Sendo um escritor de primeira ordem, um clássico da sua língua, um mestre da arte de escrever, ocupou sempre posições inferiores a seus dons de estilista e criador. Os homens do seu tempo não lhe deram a situação social que o grande homem realmente merecia.” (Villaça, pág. 14)

 

Antonio Carlos Villaça, Encontros – Graciliano Ramos

Escrever um ensaio de filosofia

sábado, 18 de setembro de 2021

Faça download do texto Como se escreve um ensaio de filosofia de James Pryor, da Universidade de Princeton, publicado em Crítica na Rede (https://criticanarede.com/):

https://filosofia.ufsc.br/files/2013/04/JamesPryor.pdf

AGORA!

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

 


Steppenwolf - The pusher

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

 As melhores bandas de rock de todos os tempos 


Steppenwolf

Album: Steppenwolf (1968)

Música: The pusher



https://www.youtube.com/watch?v=Np7x0KgLet0


Steppenwolf é uma banda de rock americana formada em São Francisco em 1967 por antigos membros da banda canadense The Sparrows. O nome da banda Steppenwolf foi influenciado pelo nome do livro O Lobo da Estepe (do original Der Steppenwolf), escrito por Hermann Hesse. A formação inicial da banda contava com três ex-membros do The Sparrows −o vocalista John Kay, o tecladista Goldy McJohn e o baterista Jerry Edmonton−, além do guitarrista Michael Monarch e do baixista Rushton Moreve.

O grupo foi o intérprete de um dos maiores hinos do rock'n'roll, dos motociclistas de todo o mundo, e de uma atitude durante aquele período musical "Born to Be Wild", a canção de maior sucesso da banda, que foi usada como tema do filme Sem Destino (Easy Rider).

Born to be Wild também recebe o crédito com a frase, "heavy metal thunder", contido no segundo verso da terceira estrofe da letra do clássico, o qual serviria mais tarde para denominar o estilo heavy metal. A canção foi escrita por Mars Bonfire (Dennis Edmonton), antigo membro da Sparrow e irmão de Jerry, baterista da banda. Esta foi a primeira menção do termo heavy metal associado com a música rock.


(Fonte do texto: Wikipedia) 


Leituras diárias

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

 


“A falência da tradição cartesiana e o absurdo de supor que há dois tipos de substâncias ou propriedades no mundo, ‘mental’ e ‘física’, são tão ameaçadores para nós e têm uma história tão execrável que relutamos em admitir qualquer coisa que possa cheirar a cartesianismo.” (Searle, pág. 23)

 

John R. Searle, A descoberta da mente


Produtos ecologicamente corretos

sábado, 11 de setembro de 2021

 

"Duas coisas bem opostas nos predispõem igualmente: o hábito e a novidade."   -   La Bruyère   -   Caracteres  

De tempos em tempos aparecem novas pesquisas sobre os hábitos de consumo dos brasileiros. Na maior parte destas enquetes conclui-se que os consumidores são em grande parte conscientes, preferindo comprar produtos que sejam menos prejudiciais ao meio ambiente, mesmo sendo mais caros. Pessoalmente, sempre duvidei dos resultados deste tipo de pesquisa, já que na prática diária vemos que não é isto que acontece. Além disso, essas pesquisas por vezes interpretam os dados de forma capciosa, colocando diferentes produtos, de diferentes classificações – ecológicos, verdes e sustentáveis – todos na categoria de “produtos verdes.” Assim, de alguma forma as pesquisas, muitas delas encomendadas por grandes empresas, dão a entender que significativa parte do compradores está relativamente conscientizada em relação à sustentabilidade.

Procura-se assim sugerir que efetivamente a economia está se tornando mais sustentável, que os consumidores estão comprando mais produtos “verdes”, e que as empresas – principalmente aquelas que apoiam este tipo de pesquisa – estão contribuindo para tal avanço.  (Muito provavelmente com o intuito de melhorarem sua imagem perante os consumidores). Fato é que ainda existe muito desconhecimento por parte dos consumidores, em relação ao que sejam produtos sustentáveis.

Também há que se levar em conta que o cidadão brasileiro, comparado ao europeu ou americano, tem renda muito baixa – ainda mais nos últimos anos, quando o país está sendo afetado por uma (aparentemente) insuperável crise da economia. Para cerca de 15 milhões de desempregados, 33 milhões de subutilizados e 6 milhões de desalentados – 54 milhões de pessoas ou 25% da população brasileira – a maior preocupação é sobreviver, comprando os produtos mais baratos, sustentáveis ou não. Além disso, há o fato de que a maior parte dos produtos de consumo - pelo menos nos últimos cinco anos - tornou-se tão cara, que ultrapassa os preços dos mesmos produtos vendidos na Europa ou nos Estados Unidos. Já é comum, estrangeiros virem para cá, ou mesmo brasileiros voltarem ao Brasil, comentando que o custo dos produtos de consumo em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, são mais altos do que em Nova York, Londres ou Berlim. Sendo assim, é pouco provável que o cidadão comum – não me refiro às elites abonadas – vá gastar mais dinheiro com produtos verdes, que via de regra são ainda mais custosos do que os comuns. 

Pouco informado e com poucos recursos, o consumidor se confunde mais ainda com a rotulagem incorreta de muitas embalagens, que com afirmações dúbias podem induzir o comprador a pensar que se trata de um produto sustentável, quando na realidade não é. Para este tipo de conduta, segundo os especialistas da área, ainda não há nenhum tipo de punição. Para colocar um pouco de coerência no processo, a agência de controle ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), a Associação Brasileira de Embalagem (ABRE) e o Centro de Tecnologia de Embalagem do Instituto de Tecnologia de Alimentos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (CETEA/ITAL) elaboraram uma apostila com recomendações, a fim de orientar as empresas com relação às embalagens, no que se refere à questão da sustentabilidade do produto. (https://www.cetesb.sp.gov.br/media/embalagem_sustentabilidade.pdf).

Estes fatos também foram confirmados pela pesquisa "Sustentabilidade: Aqui e Agora", realizada em 2010 – portanto ainda antes do início da crise econômica – contratada pelo Ministério do Meio Ambiente e pela empresa Wal-mart (atualmente BIG). A análise foi realizada pela empresa Synovate, e tinha como objetivo principal esclarecer os hábitos dos consumidores brasileiros, em relação ao consumo verde e aos problemas ambientais. Responderam à enquete 1,1 mil pessoas de 11 capitais e apesar do tempo decorrido, os resultados não devem ter mudado significativamente.              

A primeira constatação da pesquisa foi que 74% das pessoas entrevistadas declararam estar motivadas para comprar produtos ambientalmente corretos. O fator limitante, no entanto, seria o custo do produto, o que fez com que 93% das pessoas não estivessem dispostas a gastar mais dinheiro em um eletrodoméstico econômico, por exemplo. O mesmo ocorria com o item alimentação, para o qual 91% dos entrevistados afirmaram que não gastariam mais por um alimento cultivado sem produtos químicos, e apenas 27% haviam comprado produtos orgânicos nos últimos 12 meses anteriores à pesquisa. Estes percentuais, dada a pior situação econômica do país atualmente, podem ser ainda menores, agora em 2021.    

Com relação aos resíduos, 53% não fazem qualquer tipo de separação do lixo, mas 66% aceitariam reciclar mais. A pesquisa também identificou grande desconhecimento com relação à maneira correta de descartar determinado tipo de resíduos: 70% dos consumidores jogam baterias e pilhas no lixo comum; 39% descartam óleo de fritura na pia da cozinha. Aqui também os números não devem ter melhorado, já que a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), implantada em 2010, quase não avançou nestes últimos dez anos. Na área do transporte, ainda segundo a pesquisa, é baixo o percentual de cidadãos que estavam dispostos a abrir mão do veículo particular em benefício do transporte público. Esta situação deve persistir ainda hoje, dada a presença da epidemia da Covid-19 e o perigo de contaminação pelo vírus no transporte público.

Uma outra pesquisa realizada pela empresa Mercado Livre entre junho de 2019 e maio de 2020 mostra que aumentou a procura por produtos sustentáveis. Durante o período observado cresceu muito a procura por tal tipo de mercadoria, chegando a 1,4 milhões de consumidores segundo a Mercado Livre. Novamente, cabe apontar que a maior parte dos consumidores que faz uso do comércio eletrônico situa-se nas classes A e B, que atualmente perfazem cerca de 14% da população. (Classe A: renda acima de 20 salários mínimos; classe B: entre 10 e 20 salários mínimos; classe C: R$ 2.238,00 a R$ 4.206,00; Classe D: R$ 981,00 a R$ 1.585,00 – dados de abril de 2021). Com isso, por terem um poder aquisitivo e geralmente nível educacional mais altos, estes consumidores costumam dar preferência a produtos sustentáveis. 

Os dados coletados em um estudo realizado pelo Instituto Akatu em 2018, também indicam isso. A pesquisa (www.akatu.org.br/pesquisa-akatu2018/) pesquisou hábitos dos consumidores brasileiros, utilizando como base de avaliação 13 práticas tidas como sustentáveis. A investigação procurou determinar o número de práticas sustentáveis de cada pessoa, para depois incluí-la em categorias de comportamento sustentável. Os critérios de avaliação do estudo foram:

  1. Ler o rótulo dos produtos as serem adquiridos;
  2. Pedir a Nota Fiscal da compra;
  3. Fazer a separação do lixo na residência, mesmo na falta de coleta seletiva;
  4. Usar o verso das folhas para fazer anotações;
  5. Fechar a torneira, enquanto escova os dentes;
  6. Esperar os alimentos esfriarem, antes de colocá-los na geladeira;
  7. Não deixar lâmpadas acesas em cômodos vazios;
  8. Desligar aparelhos eletrônicos sem uso;
  9. Divulgar suas ações e seus sucessos no uso sustentável de recursos, entre conhecidos;
  10. Planejar as compras de alimentos;
  11. Planejar a compra de roupas;
  12. Comprar produtos de materiais reciclados;
  13. Comprar alimentos orgânicos.

Na pesquisa os entrevistados também foram classificados em quatro categorias:

a)   O indiferente, aquele que tem de 0 a 4 dos comportamentos listados acima;

b)    O iniciante, com 5 a 7 destas práticas;

c)    O engajado, com 8 a 10; e

d)   O consciente, com 11 a 13 dos comportamentos sustentáveis listados.

Os resultados da pesquisa, realizada através de entrevistas individuais com 1090 pessoas de todas as regiões do país, foi o seguinte: 38% dos entrevistas incluem-se na categoria dos indiferentes, 38% na dos iniciantes, 20% são engajados e 4% consumidores conscientes. Outros dados levantados pelo estudo indicam que, a grosso modo, os consumidores mais sustentáveis são aqueles com grau de instrução e renda mais altos, mulheres e pessoas acima de 60 anos.

A propaganda sobre a sustentabilidade de certos produtos é, geralmente, dirigida aos seus consumidores alvo. Em muitos casos, são pessoas com renda mais alta e todos os seus corolários. Por outro lado, constata-se que o mercado consumidor brasileiro ainda não está suficientemente evoluído em termos de conscientização ambiental, de modo que mesmo os fabricantes e comerciantes de produtos mais “populares” ainda não precisam focar na questão da sustentabilidade para realizar as vendas. O Estado, que deveria ser o indutor da melhoria do nível de conscientização ambiental da população através de seus diferentes aparelhos públicos (escolas, mídia, bibliotecas, atividades culturais, etc.), permanece inerte. Assim, a demanda por produtos, ideias e práticas mais sustentáveis fica de certo modo restrita àqueles que têm maior poder aquisitivo e conhecimentos. Como quase tudo no Brasil.


(Imagens: fotografias de Charles Marville)

The Band - The weight

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

 As melhores bandas de rock de todos os tempos 


The Band

Album: Music from Big Pink (1969)

Música: The weight 



https://www.youtube.com/watch?v=FFqb1I-hiHE


The Band foi um conjunto de rock ativo de 1967 a 1976 e de 1983 a 1999. O grupo original era formado por quatro canadenses, Robbie Robertson (guitarrapianovocais), Richard Manuel (piano, gaitabateriasaxofoneórgão, vocais), Garth Hudson (órgão, piano, clavineteacordeãosintetizador, saxofone) e Rick Danko (baixoviolinotrombone, vocais)—e um estadunidenseLevon Helm (bateria, bandolim, guitarra, baixo, vocais).

Os integrantes do The Band reuniram-se originalmente como músicos do The Hawks, banda de apoio do cantor de rockabilly Ronnie Hawkins, entre 1958 e 1963. Ao separarem-se de Hawkins em 1964, adotaram o nome The Levon Helm Sextet (sendo o sexto integrante o saxofonista Jerry Penfound), e posteriormente Levon and the Hawks (sem Penfound). Em 1965, lançaram um single pela Ware Records sob o nome Canadian Squires, retornando como Levon and the Hawks para uma sessão de gravação para a Atco no final de 65. Na mesma época, Bob Dylan recrutou Helm e Robertson para dois shows, e então a banda completa para uma turnê pelos Estados Unidos em 1965 e uma turnê mundial em 1966. Eles também juntaram-se a Dylan para uma série de gravações informais que mais tarde seriam conhecidas como The Basement Tapes.

Por ser sempre "a banda" de vários cantores, Helm declarou que o nome "The Band" funcionou bem quando o grupo decidiu seguir carreira própria, deixando a cidade de Saugerties, em Nova York, para começar a trabalhar em seu próprio material. Eles gravaram dois dos mais aclamados álbuns do final da década de 1960: seu disco de estreia Music from Big Pink de 1968 e The Band, de 1969. O grupo separou-se em 1976, reunindo-se novamente em 1983 sem o guitarrista Robertson.

Embora mais populares entre jornalistas e músicos do que entre o público em geral, o The Band permaneceu como um dos grupos mais admirados e influentes de sua época. Eles foram incluídos no Hall da Fama da Música Canadense em 1989 e no Hall da Fama do Rock and Roll em 1994. Em 2004, a revista Rolling Stone listou-os na 50ª posição entre os "100 Maiores Artistas de Todos os Tempos", e em 2008 o grupo foi premiado com um Grammy pelo conjunto da obra.


(Fonte do texto: Wikipedia)  

Leituras diárias

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

 


“Tese e antítese, verdades apenas parciais e, nesse sentido, inverdades, são partes constituintes do Todo; elas são, assim, parte legítima e importante do sistema. É sobre a inverdade (=verdade apenas parcial) de tese e antítese que se constrói a verdade da síntese. E cada nova síntese, ao mostrar-se apenas verdade parcial, torna-se novamente uma tese, que é falsa, e nos impulsiona de novo para o sistema como um todo. Só o sistema como um todo apresenta a Totalidade, só ele se constitui como a Verdade que é o Todo. Surge aqui o núcleo duro positivo mas também o maior problema de todo e qualquer sistema dialético, a saber, o problema da Totalidade.” (Cirne-Lima, pág. 126)

 

Eduardo Luft e Carlos Cirne-Lima, Ideia e movimento


Mudanças climáticas

sábado, 4 de setembro de 2021

 Livro "Mudanças do Clima" de Sergio Margulis

Tudo que você queria e não queria saber!

Publicado pela instituição alemã Konrad Adenauer Stiftung, este livro explica os principais tópicos sobre a ciência do clima, os efeitos e impactos das mudanças climáticas e o que podemos fazer para mitigá-los. Você vai se surpreender, não temos muito tempo!

Faça download gratuito no link abaixo:

Greenslade - Newsworth

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

 As melhores bandas de rock de todos os tempos


Greenslade

Album: Time and Tide (1975)

Música: Newsworth 



https://www.youtube.com/watch?v=IuWAk1Soeyw&list=OLAK5uy_mqXdw-xi7F93T-RWu3qyyQ-oLcMZVJ2Kw&index=2


Greenslade é uma banda inglesa de rock progressivo. Ela foi formada originalmente no outono de 1972 (fazendo a sua estreia ao vivo no Zoom Club de Frankfurt em novembro) com a seguinte formação:

Dave Greenslade - teclado e vocais (nascido em 18 de janeiro de 1943WokingSurrey)

Tony Reeves - baixista (nascido Anthony Reeves, 18 de abril de 1943Lee GreenSudeste de Londres)

Dave Lawson – teclados e vocais (nascido David Lawson, 25 de abril de 1945Hampshire)

Andrew McCulloch - bateria (nascido em 19 de novembro de 1945BournemouthDorset)

Parceiros musicais de longo tempo, com uma origem comum no jazz, Greenslade e Reeves foram membros originais do Colosseum. Lawson foi anteriormente um membro do Alan Bown Set, Web e Samurai, enquanto que McCulloch foi brevemente um membro do King Crimson, tocando bateria no terceiro álbum da banda, Lizard (1970), e Fields, a banda formada pelo ex-tecladista do Rare Bird, Graham Field.

Dave Clempson (ex-Humble Pie e Colosseum) atuou como convidado no terceiro álbum do Greenslade, tocando guitarra em duas faixas. Reeves deixou a banda naquela época e foi substituído na turnê estadunidense posterior e no quarto álbum, Time And Tide, por Martin Briley, que também tocava guitarra.

O Greenslade anunciou o final de suas atividades em 1976. Após isso, Dave Greenslade gravou o seu álbum de estreia solo, Cactus Choir, e no final de 1976 e começo de 1977 ele criou e estabeleceu a formação de uma nova banda com o ex-frontman da Manfred Mann's Earth Band Mick Rogers. Inicialmente a “cozinha” da banda consistia de Dave Markee e Simon Phillips, mas eles foram substituídos por Tony Reeves (que havia nesse meio-tempo juntado-se a última formação do Curved Air) e Jon Hiseman (que simultaneamente liderava o seu próprio Colosseum II) para os shows de 1977.

Em 2000, Greenslade e Reeves, após considerarem uma reunião com a formação original completa, juntaram-se ao baterista John Trotter e ao tecladista e vocalista John Young e gravaram um novo álbum de estúdio do Greenslade: Large Afternoon. Ele foi seguido de uma turnê, que teve seus shows gravados e um álbum posteriormente lançado em 2002 sob o título de Greenslade 2001 - Live: The Full Edition.


Fonte do texto: Wikipedia) 

Leituras diárias

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

 


“A esta altura, o que está claro é que os animais são claramente capazes de sofrimento e possivelmente também dotados de muitas das emoções e experiências que fazem parte de nossa vida. Para mim é incrível que humanos e outros primatas possam travar conversas rudimentares por meio de linguagem por meio de sinais, que elefantes reconheçam seu próprio reflexo no espelho – e que golfinhos apresentem comportamentos tão claramente inteligentes mesmo num ambiente tão diferente do nosso como o oceano.” (Nogueira, pág.160)

 

Salvador Nogueira, Ciência proibida