Céu canino

sábado, 31 de dezembro de 2022

 


"Adulo os que dão, ladro para os que não dão e mordo os que são maus"   -   Diógenes de Sinope (Diógenes, o Cínico)    


Dedicado aos meus irmãos e irmãs Molly, Jerry, Nina, Chiquita, Pupi, Pepê, Molly II e Lilly

 

 

Há muito a humanidade se indaga sobre o que nos acontece depois da morte. Tanto a nossa espécie, o homo sapiens, como os nossos primos, os homo neadertalensis, – os neandertais – também, de alguma maneira, se colocavam esta questão. Já foram encontrados túmulos feitos por neandertais há mais de cem mil anos. Ainda não sabemos, entretanto, se os nossos antepassados mais longínquos, o homo habilis e o homo erectus tinham alguma preocupação com o que se passava com seus semelhantes e consigo depois de morrerem, há um 1 ou 1,5 milhão de anos.

Sabemos que a maioria dos grupos humanos da pré-história tinham algum tipo de crença sobre uma vida além túmulo. Os indígenas americanos, os povos indo-europeus, os povos africanos e os orientais; todos desenvolveram relatos, mais ou menos elaborados, de locais onde continuariam a viver depois de mortos. Alguns, como os antigos egípcios, imaginaram um outro mundo bastante complexo, onde as pessoas continuavam a desempenhar as mesmas funções sociais que tinham durante a vida desse lado. Os hindus acreditavam na existência de mundos diferentes para deuses, demônios e humanos, divididos de acordo com a conduta na vida anterior – o hinduísmo, assim como o budismo, crê na sucessão de várias vidas. Já os antigos babilônios, judeus, gregos e romanos, imaginavam o além-túmulo como um local escuro, onde as almas se reduziam a espectros, que aos poucos desapareceriam.

Foi aproximadamente entre os séculos VII e III AEC que a cultura humana passou por uma transformação, que influenciaria todo o seu posterior desenvolvimento. O filósofo alemão Karl Jaspers (1883-1969) chamou este período de Era Axial, caracterizado por uma nova visão de mundo, notadamente nas civilizações mediterrâneas, na Índia e na China. É o período do surgimento e desenvolvimento da filosofia entre os gregos, do aparecimento dos profetas hebreus e suas críticas contra a sociedade judaica da época. Na Índia, surgem diversas correntes de pensamento filosófico e religioso, que dariam origem a uma reformulação da religião hindu – a redação dos livros religiosos dos Upanishads e a estruturação do bramanismo – e o surgimento do jainismo e do budismo. A China aprofundaria e desenvolveria antigas crenças, desenvolvendo as ideias que posteriormente ficaram conhecidas como o taoísmo e o confucionismo. A Era Axial traria aos humanos destas culturas um novo tipo de consciência, que posteriormente seria difundida pelo resto do planeta.

Na Pérsia, atual Irã, o mítico profeta Zoroastro (ou um grupo de religiosos que mais tarde foi identificado sob este nome) criaria o zoroastrismo, elaborando conceitos como o Deus bom, Ahura Masda e do Deus mau, Ahriman, que estariam em constante luta. No final dos tempos, segundo esta crença, haveria uma batalha entre as duas divindades, da qual deveriam participar os humanos. O conflito seria seguido por um juízo final, durante o qual seriam separados os aliados de Ahura Masda, os bons, e os de Ahriman, os maus. A estes últimos estaria reservada uma condenação eterna em um fogo inextinguível. Anjos, demônios e até a vinda de um messias ao final dos tempos, segundo alguns autores, também faziam parte destes relatos. A religião de Zoroastro influenciou a religião judaica, quando do cativeiro das elites judaicas na Babilônia (587 AEC). Posteriormente, o nascente cristianismo incorporou grande parte desta mitologia e a transmitiu também ao islamismo.       

Todas essas ideias, de diversas fontes, alteradas e adaptadas às tradições de diversos povos ao longo dos milênios, contribuíram para formar as crenças sobre o além, o “outro mundo” das religiões dominantes, assim como de interpretações de religiões menores, seitas e pequenos grupos filosófico-religiosos. Uma coisa em especial chama a atenção quanto às visões do além, compartilhadas pela maioria dos credos religiosos. Em todos os relatos ocorre sempre a situação em que a alma, o espírito ou princípio vital (seja lá como queiram chama-lo) é colocada em local ou situação em que deve expiar seus erros, suas transgressões, seus pecados, suas ilusões e apegos (dependendo da visão de cada religião particular).

A literatura religiosa e mística é bastante profusa em descrições de tais ambientes. É de causar espanto o quanto autores religiosos de todos os tipos e de todas as religiões e seitas, se deram ao trabalho de elaborar as mais terríveis, estranhas, desumanas, grotescas, repulsivas e sádicas descrições dos suplícios aos quais eram submetidos as desgraçadas criaturas que findavam nestas infernais paragens. Além de todo tipo de suplício a que eram submetidos estas almas – sempre com o forte argumento de que eram grandes pecadores contra uma divindade ou com o objetivo de expiar suas faltas – ainda precisavam compartilhar a companhia de todo tipo de criaturas monstruosas que habitavam tais locais de tortura, e cuja função era aplicar eficientemente os flagelos, passageiros ou eternos, – dependendo da religião a que pertencesse cada desgraçado. Fogos, chamas, gelo, lamaçais, pântanos, rios, completa escuridão, frio, isolamento total; as condições são as mais diferentes e apavorantes, dependendo do tipo das transgressões, pecados ou crimes cometidos pelo infeliz durante sua vida.

Basta consultar os livros religiosos de diversas religiões de quase todo o mundo; do taoísmo ao bramanismo, passando pelo islamismo e, especialmente, o cristianismo, que talvez seja a religião que mais se esmerou nestas descrições escabrosas e aterrorizantes. Um exemplo clássico, apesar de não ser caracteristicamente um relato religioso, é a Divina Comédia, do escritor e poeta florentino Dante Alighieri. Nessa obra clássica o autor conseguiu fazer uma síntese do que a teologia da igreja católica do século XIII professava como sendo a estrutura do mundo do além – se, no entanto, a maioria dos crentes acreditava em tais relatos já é outra discussão. Uma louvável exceção que encontramos foi na religião dos indígenas americanos do povo Pueblo, descrita pela antropóloga americana Elsie Clews Parsons, que escreve: “(...) a ideia do povo Pueblo da vida depois da morte como uma mera continuação desta vida é incompatível com os dogmas do inferno ou céu. Nesta vida terrestre os Espíritos (deuses) não premiam ou punem, por que então o fariam depois da morte?”

Um fato interessante, assinalado por vários estudiosos das religiões e por historiadores, é que enquanto as descrições dos ambientes, das torturas e dos torturadores das regiões infernais são bastante detalhados, diversificados, elaborados e, por vezes, até muito inventivos, as descrições do céu, do paraíso, do seio de Deus, da morada dos deuses (ou como queiram chamá-lo) são bastante frugais. Existem poucos relatos sobre o meio celeste, seus habitantes, suas atividades, se comparadas aos milhares de volumes que nos relatam as atividades diárias no mundo de baixo. Enquanto que são bastante comuns as descrições de místicos e santos em suas viagens (físicas ou em espírito) aos reinos infernais desde o começo do cristianismo, rareiam as visões do céu espiritual, que geralmente são de períodos históricos mais recentes, como as de São João Bosco (1815-1888) e Santa Faustina Kowlaska (1905-1938), entre alguns outros. Parece que com relação às atividades no céu, seus habitantes e sua dinâmica, não há muito que contar. Discursos sobre punições e sofrimentos são mais ameaçadores e efetivos do que relatos sobre o céu, onde “(...) uma multidão de pessoas que se encontrava naqueles jardins e se regozijava alegre e contente. Uns tocavam, outros cantavam”, segundo São João Bosco. 

Outro dia, caminhando e passando na frente de uma casa, revi um cão que já conheço de vista há muito tempo. Vira-lata, de cor caramelo e semblante simpático, sempre abana alegre o rabo quando passo pela rua. Tive e ainda tenho cães. Pra mim não são os melhores amigos do homem; são nossos melhores irmãos na vida. Arthur Schopenhauer (1788-1860), talvez o filósofo mais pessimista da tradição filosófica moderna ocidental, julgava o caráter de uma pessoa por sua capacidade de ser bom com os animais. Nem sempre simpático e receptivo aos seus contemporâneos, Schopenhauer teve uma série de cães da raça poodle, aos quais sempre dava o nome de Atman, significando “alma” em sânscrito antigo. Ao morrer, deixou recursos suficientes para que seu amigo canino pudesse viver tranquilamente pelo resto de sua vida.

Quem já teve ou tem um cão sabe como eles são amorosos e fiéis amigos.  Não julgam, não reclamam, não ficam ressentidos e não nos abandonam; estão sempre conosco. Os sem-teto e os catadores, que com seus 4, 5, 6 ou mais cães percorrem com suas carroças as ruas de nossas cidades sabem bem disso. A nossa longa convivência, de quase 30 mil anos, com estes animais, fez com nos afeiçoássemos cada vez mais a eles e eles a nós. Foram os primeiros animais, que domesticados, passaram a conviver conosco quando ainda éramos caçadores, não plantávamos e não vivíamos em agrupamentos humanos fixos – as cidades.

Não acredito no inferno; trata-se de uma invenção para assustar, dominar e manipular as pessoas, criada em períodos históricos mais violentos do que o nosso – talvez isso explique um pouco o sadismo e a total desumanidade das imagens. Quanto ao céu, é pouco provável que exista. Mas caso exista, não deve ser habitado por deuses, anjos, arcanjos, santos, mártires, almas e coisas do tipo. O céu é dos cães. Lá encontraremos nossos antigos amigos de quatro patas. Todos aqueles que tivemos e que nos acompanharam por parte de nossa vida. Lá, com eles, voltaremos a correr e a rolar. Jogaremos uma bola e eles correrão contentes para pegá-la. Nos lamberão o rosto e dirão (sim, no céu os cães falam!): “fico feliz em revê-lo aqui, meu irmão!”  


(Imagens: pinturas de Fritz Bleyel)

Vida das elites

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022


 (Charge: Andre Dahmer na revista Continente) 

Vida de cachorro?

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

 



(Charge: Andre Dahmer na revista Continente)


God only knows - The Beach Boys

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

 As melhores músicas do rock


The Beach Boys

Álbum: Pet Sounds (1966)

Música: God only knows




https://www.youtube.com/watch?v=M0lj3WX_5ps



The Beach Boys é uma banda de rock dos Estados Unidos formada em HawthorneCalifórnia, em 1961, e é tida como uma das mais influentes da história do rock. Emplacou dúzias de canções nas paradas de sucesso (também emplacou quatro compactos no primeiro lugar entre os mais vendidos nos Estados Unidos), além de álbuns recordistas de venda. Foi incluída no Hall da Fama do Rock and Roll em 1988. Seu álbum Pet Sounds, de 1966, que contém clássicos como "Wouldn't It Be Nice", "Sloop John B", e "God Only Knows", e é considerado umas das maiores obras primas da história da música pop.

O grupo original consistia do cantor-músico-compositor Brian Wilson, seus irmãos Carl e Dennis, o primo Mike Love e o amigo Alan Jardine. Inúmeras mudanças tanto no estilo musical quanto na formação ocorreram durante a turbulenta existência da banda: os problemas psicológicos, abuso de drogas e o eventual afastamento de Brian; as mortes de Dennis em 1983 e Carl em 1998 e as batalhas legais entre os integrantes do grupo.

Beach Boys está em um dos mais inovadores da história do rock, possuindo em seu repertório uma grande variedade de estilos e influencias musicais; surf rock (primeira metade dos anos 60), música eruditafolkcountrybluessoulbossa nova, música havaiana, até hard rock como a All I Want To Do do álbum 20/20 de 1969, entre outros estilos. Contribuiu na sofisticação e experimentação do pop e rock.


(Fonte do texto: Wikipedia)

Mario Zanini (1907-1971)

terça-feira, 27 de dezembro de 2022

 


Conheça mais sobre a vida e obra do artista no link GUIA DAS ARTES abaixo:

https://www.guiadasartes.com.br/mario-zanini/obras-e-biografia

Leituras diárias

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

 


“Não confio muito na suave curva ascendente da temperatura que os criadores de modelos predizem para os próximos noventa anos. A história da Terra e os modelos climáticos simples baseados na noção de uma Terra viva e reativa sugerem que são mais prováveis mudanças súbitas e surpresas. Meu pessimismo é compartilhado por outros cientistas e abertamente pelo eminente climatologista James Hansen, que, assim como eu, acredita que as evidências sobre a Terra que estão agora surgindo, com o conhecimento de sua história, são gravemente perturbadoras. Acima de tudo, estou pessimista porque as empresas e os governos parecem estar aceitando cegamente uma crença de que a mudança climática é fácil e lucrativamente reversível.” (Lovelock, pág. 15)

“Está na hora de despertar e perceber que Gaia não é nenhuma mãe acolhedora que acalenta os seres humanos e que pode ser aplacada por gestos como comércio de carbono ou desenvolvimento sustentável. Gaia, mesmo que façamos parte dela, sempre dita os termos da paz.” (Lovelock, pág. 34)

 

James Lovelock, Gaia: alerta final

Humberto de Campos (1886-1934)

domingo, 25 de dezembro de 2022

 



Humberto de Campos Veras (Miritiba25 de outubro de 1886 — Rio de Janeiro5 de dezembro de 1934) foi um jornalistapolítico e escritor brasileiro.

De origem humilde, era filho de Joaquim Gomes de Farias Veras e Ana de Campos Veras. Nasceu no então município maranhense de Miritiba (hoje batizado com o seu nome). Com a morte do pai, aos seis anos, mudou-se para São Luís, onde começou a trabalhar no comércio local para auxiliar na subsistência da família. Aos dezessete muda-se, novamente, para o Pará, onde começa a exercer atividade jornalística na “Folha do Norte” e n' “A Província do Pará”.

Em 1910, quando contava 24 anos, publica seu primeiro livro de versos, intitulado Poeira (1.ª série), que lhe dá razoável reconhecimento. Dois anos depois, muda-se para o Rio de Janeiro, onde prossegue sua carreira jornalística e passa a ganhar destaque no meio literário da Capital Federal, angariando a amizade de escritores como Coelho NetoEmílio de Menezes e Olavo Bilac. Começa a trabalhar no jornal "O Imparcial", ao lado de figuras ilustres como Rui BarbosaJosé VeríssimoVicente de Carvalho e João Ribeiro. Torna-se cada vez mais conhecido em âmbito nacional por suas crônicas, publicadas em diversos jornais do Rio de Janeiro, São Paulo e outras capitais brasileiras, inclusive sob o pseudônimo "Conselheiro XX".

Em 1919 ingressa na Academia Brasileira de Letras, sucedendo Emílio de Menezes na cadeira n.º 20. Um ano depois ingressa na política, elegendo-se deputado federal pelo seu Estado natal, tendo seus mandatos sucessivamente renovados até a eclosão da Revolução de 1930, quando é cassado. Após passar por um período de dificuldades financeiras, é nomeado, graças à admiração que lhe votavam figuras de destaque do Governo Provisório, Inspetor de Ensino no Rio de Janeiro e, posteriormente, diretor da Fundação Casa de Rui Barbosa.

Em 1933, com a saúde já debilitada, Humberto de Campos publicou suas Memórias (1886-1900), na qual descreve suas lembranças dos tempos da infância e juventude. A obra obteve imediato sucesso de público e de crítica, sendo objeto de sucessivas edições nas décadas seguintes. Uma segunda parte da obra estava sendo escrita por Humberto de Campos quando de seu falecimento, vindo à lume postumamente sob o título de Memórias Inacabadas.

Após vários anos de enfermidade, que lhe provocou a perda quase total da visão e graves problemas no sistema urinário, Humberto de Campos faleceu no Rio de Janeiro, em 5 de dezembro de 1934, aos 48 anos, por uma síncope ocorrida durante uma cirurgia. Deixou viúva, D. Catarina Vergolina de Campos e três filhos, Henrique, Humberto (que depois tornou-se profissional de televisão) e Maria de Lourdes.

Autodidata, grande leitor, acumulou erudição, que utilizava nas crônicas. Poeta neoparnasiano, fez parte do grupo da fase de transição anterior a 1922. Poeira é um dos últimos livros da escola parnasiana no Brasil.  Além de Poeira, publicou, Da seara de Booz - crônicas – 1918; Vale de Josaphat - contos – 1918; Tonel de Diógenes - contos – 1920; A serpente de bronze - contos – 1921 Mealheiro de Agripa – 1921; Carvalhos e roseiras - crítica – 1923; A bacia de Pilatos - contos – 1924; Pombos de Maomé - contos – 1925; Antologia dos humoristas galantes – 1926; Grãos de mostarda - contos – 1926; Alcova e salão - contos – 1927; O Brasil anedótico - anedotas – 1927; Antologia da Academia Brasileira de Letras - participação – 1928; O monstro e outros contos – 1932; Memórias 1886-1900 – 1933; Crítica (4 séries) - 1933, 1935, 1936; Os países – 1933; Poesias completas - reedição poética – 1933; Fatos e feitos – 1949; Diário secreto (2 vols.) - memórias – 1954, entre outros.

 

Frases de Humberto Campos

 

“Na infância o que se ouve ou que se vê não sobe para o cérebro. Desce para o coração ou fica escondido.”;

“A natureza é sábia e justa. O vento sacode as árvores, move os galhos, para que todas as folhas tenham o seu momento de ver o sol.”;

“Prefira afrontar o mundo servindo à sua consciência, a afrontar sua consciência para ser agradável ao mundo!”;

“O coração do homem de luta é como o cardo do deserto, que desafia o sol durante o dia, mas pede o orvalho durante a noite.”;

“Agradar a todos é marchar pelo caminho largo, onde estão as mentiras da convenção.”;

“Servir a Deus é tarefa que deve estar acima de tudo e, por vezes, nesse serviço divino, é natural que desagrademos aos mesquinhos interesses humanos.”.

 

 

(Fontes consultadas: Wikipedia, Academia Brasileira de Letras, Pensador)

Maxim Gorky (1868-1936)

sábado, 24 de dezembro de 2022

Leia o romance A Mãe, do escritor russo Maxim Gorky, um dos autores mais famosos da literatura russa do século XX.


Baixe a obra no link www.marxists.org abaixo:

https://www.marxists.org/portugues/gorki/1907/mes/a-mae.pdf

Privatização, não!


 

(Fonte: Sintect/SE)

Acabou o pesadelo das privatizações!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

 




Taxar grandes fortunas!

 


(Fonte: Gleisi)

Mais de 70% da população brasileira usa o SUS!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

 


(Fonte: PT) 

Brown eyed girl - Van Morrison

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

 As melhores musicas do rock


Vam Morrison

Álbum: Blowing your mind (1967)

Música: Brown eyed girl



 

https://www.youtube.com/watch?v=UfmkgQRmmeE



Sir George Ivan "Van" Morrison, (Belfast31 de Agosto1945) é um cantor e compositor britânico, natural da Irlanda do Norte.

Dedicou-se desde muito cedo à música porque o seu pai colecionava discos de jazz, e a mãe era cantora. Atingiu a maturidade à frente dos “Them”, banda formada em 1964, e com a qual obteve uma série de êxitos. Em 1966 Morrison abandonou a banda e iniciou uma tourné solo  pelos Estados Unidos. Regressou a Belfast com a intenção de deixar o mundo da música, mas o produtor Bert Berns convenceu-o a regressar a Nova Iorque e a gravar a solo. Destas primeiras sessões de gravação saiu uma das suas músicas mais conhecidas, "Brown Eyed Girl".

Em 1968, é editado o álbum Astral Weeks, considerado por muitos o seu melhor trabalho, muito aclamado pela crítica, mas não tendo grande aceitação por parte do público. Morrison geralmente mostra algum desdém pelas opiniões da imprensa e da crítica. O seu trabalho é, muitas vezes, de natureza espiritual, combinando elementos do jazz, R&B e música celta.

Em 1990, participou no show de Roger Waters (Pink Floyd), The Wall in Berlin, com outros convidados, entre os quais Bryan Adams e Scorpions.

 

(Fonte do texto: Wikipedia e editor do blog)

Alfredo Rizzotti (1909-1972)

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

 



Alfredo Rullo Rizzotti (Serrana15 de agosto de 1909 — São Paulo12 de maio de 1972) foi um pintordesenhista e decorador brasileiro.

Filho dos imigrantes italianos Luigi Rizzotti e Celeste Bortolozzo, nasceu no então distrito de Serrinha no município de Cravinhos, atual Serrana, no interior de São Paulo. Antes de se dedicar à pintura, foi torneiro mecânico, mecânico de automóveis e fresador. Viveu em Turim, na Itália, de 1924 a 1935, onde cursou a Academia Albertina de Belas Artes de Turim.

A partir de 1937 passou a integrar o Grupo Santa Helena, do qual faziam parte outros artistas de origem proletária como Francisco ReboloMario ZaniniHumberto RosaFulvio PenacchiClóvis GracianoManuel Martins e Alfredo Volpi.

Em 1942 recebeu medalha de bronze no Salão Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Participou em 1946 no Chile de uma exposição de artistas brasileiros, onde se destacou por retratar paisagens bucólicas e tipos humanos populares. Em 1947 ganhou medalha de prata no Salão Nacional de Belas Artes e em 1963 foi medalha de bronze no Salão Paulista de Arte Moderna. 




 

(Fonte do texto: Wikipedia)

Leituras diárias

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

 



“Tal como preconizado pelo jovem Jean - Paul Sartre, o existencialismo era a ideia de que os seres humanos não possuem uma natureza, mas, apenas histórias que eles criam para si mesmos. Os românticos queriam que cada vida humana fosse uma obra de arte, criada — como as melhores obras de arte, segundo acreditavam — a partir de nada. Mas, se os humanos foram, como os outros seres vivos, gerados aleatoriamente pela evolução, como poderiam criar suas próprias naturezas? É verdade que o animal humano configura uma natureza artificial para si mesmo. Isso é parte do que Pascal quer dizer quando escreve: “O hábito é uma segunda natureza que destrói a primeira. Mas o que é a natureza? Por que o hábito não seria natural? Temo seriamente que a própria natureza seja apenas um primeiro hábito, assim como o hábito é uma segunda natureza.” (Gray, págs. 117 e 118)

 

John Gray, Filosofia Felina

Eduardo Prado (1860-1961)

domingo, 18 de dezembro de 2022

 


Eduardo Prado (Eduardo Paulo da Silva Prado, 1860-1901) nasceu a 27 de fevereiro de 1860 em São Paulo, SP. Era filho de Martinho da Silva Prado e de Veridiana da Silva Prado, de tradicional família paulista. Ocupou-se desde a mocidade com estudos históricos e formou-se na Faculdade de Direito de São Paulo. Na época era colaborador assíduo do Correio Paulistano onde assinava artigos de crítica literária e política internacional.

Durante algum tempo trabalhou como adido na delegação brasileira em Londres. Conheceu diversos países europeus e também o Egito. Dessas viagens daria observações no livro Viagens, publicado em Paris em 1886. Monarquista convicto, era amigo do Barão do Rio Branco, colaborando da edição de Le Brésil en 1889, obra publicada por ocasião da Exposição Internacional de Paris, comemorativa do centenário da Revolução Francesa. Travou amizade com os escritores portugueses Eça de Queirós, Ramalho Ortigão e Oliveira Martins, que pertenciam ao famoso grupo dos Vencidos da Vida.

Com a proclamação da República no Brasil em 15 de novembro de 1889 passou a combater, em livros e jornais, os atos praticados pelo governo republicano. Eça de Queirós, diretor da Revista de Portugal, abriu-lhe as páginas da publicação, para uma série de artigos com o pseudônimo de Frederico de S. e que seriam reunidos em livro com o título de “Fatos da Ditadura Militar no Brasil”. Colaborou, também, em A Década Republicana, obra em que colaboraram os mais destacados monarquistas brasileiros.

Foi Eduardo Prado um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, na qual ocupou a cadeira nº 40, cujo patrono é o Visconde do Rio Branco. Pertenceu, igualmente, ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, na qualidade de sócio correspondente e à Academia Paulista de Letras. Combateu a ingerência dos Estados Unidos na América Latina, lançando um livro polêmico, “A ilusão americana”, cuja primeira edição, de 1895, foi apreendida pelo Governo brasileiro. Severas críticas às alterações feitas pelos republicanos na bandeira do país, fazem parte de seu livro “Bandeira Nacional”.

Dedicou-se a estudos históricos, tendo publicado estudos sobre Anchieta. Ronald de Carvalho, na sua “Pequena História da Literatura Brasileira” considerou Eduardo Prado “um dos publicistas que melhor compreenderam esta situação de pequenas tiranias organizadas, a que ficou reduzido o nosso país, depois que a República o dividiu em vários Estados interligados”. Viveu em Paris, primeiro na Rue Casimir Perrier e depois na Rue de Rivoli, e nos últimos anos de vida morou na Fazenda do Brejão, no interior paulista. Alguns amigos indicam a figura de Eduardo Prado como modelo do Jacinto, personagem de “A Cidade e as Serras”, de Eça de Queirós, o milionário enfastiado pelos confortos da civilização e que vai terminar os seus dias na quietude das serranias portuguesas de Tormes.

Eduardo Prado faleceu a 30 de agosto de 1901, em São Paulo, vítima de febre amarela.

 

Frases de Eduardo Prado

 

Dizer a verdade ao opressor é defender o oprimido e acelerar a era da sua libertação.";

“O que constitui a tirania não é a efusão do sangue; é a usurpação do direito.";

“Quem garante ao Brasil que a revolução de 15 de novembro será a última?";

“O regime republicano que depôs uma dinastia vai insensivelmente criando outra.";

“O povo brasileiro só tem uma certeza: a de estar vivendo sob o domínio de militares que não ouviram o povo para mudar o governo do país.";

“A ditadura pode suster a execução das leis, deixar de lado o código. Não pode, porém, conter a risada universal".

 

 

(Fontes: Academia Brasileira de Letras, Wikipedia, Pensador)


Pesca e impacto ambiental

sábado, 17 de dezembro de 2022

 

"A condição dos comediantes era infame entre os romanos e honrosa entre os gregos. E entre nós, o que é? Pensa-se deles como os romanos, vive-se com eles como os gregos."   -   La Bruyère   -   Caracteres 


O Brasil possui aproximadamente 8.000 quilômetros de praias, costões, enseadas e restingas, bastante propícios à atividade pesqueira. Pelo menos era assim até a algumas décadas. Atualmente, o que se percebe é que a quantidade de peixes vem diminuindo. A sobrepesca, ou seja, a captura em excesso de peixes e outras espécies marinhas, tem se tornado prática constante em nosso litoral e alto mar. Se, por um lado, existe pouco controle sobre a atividade pesqueira costeira, a fiscalização da atividade em alto mar é ainda menor. Não sabemos quantos barcos e de que nacionalidades estão pescando neste momento em águas territoriais brasileiras, a 100 ou 150 quilômetros do litoral. De acordo com relatório elaborado pela ong Greenpeace Brasil, cerca de 80% das espécies economicamente exploradas no país estão correndo risco devido ao excesso de pesca. 

Os problemas que afetam os ecossistemas marinhos são vários. Ainda é comum a pesca com redes de malhas finas (redes de arrasto), o que faz com que também os filhotes de peixes sejam capturados e mortos, além de destruir outras espécies sem valor comercial, mas importantes para a cadeia de alimentação da vida marinha. Outro fato que ainda ocorre é a pesca na época do defeso, período da desova de certas espécies de peixes, o que provoca a morte das fêmeas e a consequente diminuição das espécies. Os grandes aglomerados urbanos situados à beira-mar – cidades e balneários – também contribuem para a destruição dos ecossistemas marinhos, com o lançamento de lixo, esgoto, pesca amadora descontrolada e efluentes industriais nas águas dos oceanos.

O problema, todavia, não afeta só o Brasil, pois a quantidade de pescado em todo o mundo vem caindo a cada ano. Segundo matéria publicada pelo site da revista National Geographic em fevereiro de 2022, os “subsídios governamentais à indústria pesqueira continuam a ser um desafio significativo para reverter essa tendência preocupante. Uma pesquisa global descobriu que, em 2018, as nações gastaram cerca de R$ 114 bilhões com os chamados 'subsídios nocivos', que alimentam a pesca excessiva – um aumento de 6% em relação a 2009”. Aumenta a capacidade dos barcos e sofisticam-se cada vez mais os equipamentos. As frotas pesqueiras estão cada vez melhor aparelhadas, dispondo de instrumentação eletrônica capaz de localizar cardumes de peixes a dezenas de quilômetros de distância. Segundo um estudo realizado em 2006 e publicado na revista Science, a previsão é de que se os atuais volumes de pesca continuarem, os estoques mundiais de pescados entrarão em colapso até 2048. Na realidade, no entanto, os volumes de peixes e outros frutos do mar capturados só vem aumentando nos últimos dez anos. 

Em lugares onde o manejo da pesca não está em vigor ou é ineficiente, segundo relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), as quantidades de pescado vai continuar diminuindo. Assim, de uma maneira geral, a não ser que os países que mais atuam na pesca – Noruega, Rússia, China, Estados Unidos, Taiwan e Japão, entre os principais – implantem medidas de ordenação e controle de suas frotas pesqueiras, a tendência é uma gradual diminuição no volume de pescado em todo o planeta. Outra medida importante, seria o aumento das áreas marinhas de proteção nos mares territoriais dos países, que no momento perfazem apenas 7,7% da áreas marinhas totais, e a implantação de áreas de proteção internacional – já que as áreas internacionais comportam 61% da áreas dos oceanos terrestres. 

No Brasil o Ministério da Pesca e da Aquicultura foi criado em 2009 e extinto em 2015, sem que tivesse realizado projetos importantes. Falta ainda ao país um órgão que possa munir os profissionais do setor da pesca com informação e capacitação, além de incentivar e diversificar as atividades de aquicultura, com uma estreita colaboração com outros ministérios, como o do Meio Ambiente e o (futuro) Ministério das Cidades.  


(Imagens: pinturas de Maria Caspar-Filser)

Linha divisória

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

 



(Fonte: www.pressenza.com)

Só no Face

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

 


(Fonte: Andre Dahmer no Pinterest)

Arrepiado - Patrulha do Espaço

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

 As melhores músicas do rock


Patrulha do Espaço

Álbum: Patrulha do Espaço (1980)

Música: Arrepiado




https://www.youtube.com/watch?v=pDzMq3evlVU&list=RDEMWPdKXo1ugCotMc5y1DhGTg&start_radio=1&rv=zV_ElZzsQIg


Patrulha do Espaço foi criado em 1977 por Arnaldo Baptista (ex-Mutantes), juntamente com o baterista Rolando Castello Júnior (que já havia tocado com o Made in Brazil e com o Aeroblus, da Argentina), o baixista Oswaldo "Cokinho" Gennari e o guitarrista irlandês John Flavin (ex-Secos & Molhados).

Patrulha do Espaço, subtítulo da música instrumental "Honky Tonky" do disco Lóki de Arnaldo, estreou no 1° Concerto Latino Americano de Rock, no Ginásio Ibirapuera em São Paulo, em setembro de 1977, tornando-se uma das principais expressões do rock paulistano e brasileiro das últimas décadas. Desse período ficou o registro do disco "Elo Perdido", que só iria chegar ao conhecimento do público mais de uma década depois.

Com a saída de Arnaldo Baptista, em 28 de maio de 1978, a banda passou a contar com a participação de Percy Weiss nos vocais e realizou a gravação de seu álbum de estreia, que foi o primeiro disco independente de rock do Brasil, conhecido como Disco Preto, de onde os hits "Arrepiado" e "Vamos Curtir uma Juntos" marcaram o sucesso das oito faixas lançadas em vinil. No dia 8 de julho de 1978, a nova "Patrulha" fez sua estreia no Ginásio de Esportes de Sorocaba (SP).

No dia 16 de abril de 1979, o grupo fez seu último show com Percy e Walter Baillot (ex-Joelho de Porco), no teatro Pixinguinha. De 1979 a 1985, a banda consolidou-se como o primeiro trio de hard rock brasileiro, realizando centenas de shows. Durante esse período, gravaram três álbuns e um EP, contendo canções como "Columbia", "Festa do Rock" e "Não Tenha Medo".

Em 1983, abre para a banda Van Halen em São Paulo, quando recebeu elogios pessoais de Eddie Van Halen. Durante esta fase, a banda contou com a participação do guitarrista argentino Pappo (Pappo's BluesRiff e Aeroblus), que resultou na gravação do álbum Patrulha 85, lançado em 1985 no formato 12" EP, editado inclusive na Argentina, com as canções "Olho Animal" e "Robot".

Em 1997 e 1998, foram lançados os três primeiros volumes da série de compilações Dossiê que apresentou a obra da banda em formato CD, contando cronologicamente a história da banda.



(Fonte: Wikipedia)