Eduardo Prado (Eduardo Paulo da Silva Prado, 1860-1901) nasceu a 27 de fevereiro de 1860 em São Paulo, SP. Era filho de Martinho da Silva Prado e de Veridiana da Silva Prado, de tradicional família paulista. Ocupou-se desde a mocidade com estudos históricos e formou-se na Faculdade de Direito de São Paulo. Na época era colaborador assíduo do Correio Paulistano onde assinava artigos de crítica literária e política internacional.
Durante
algum tempo trabalhou como adido na delegação brasileira em Londres. Conheceu
diversos países europeus e também o Egito. Dessas viagens daria observações no
livro Viagens, publicado em Paris em 1886. Monarquista convicto, era amigo
do Barão do Rio Branco, colaborando da edição de Le Brésil en 1889, obra publicada por ocasião da Exposição
Internacional de Paris, comemorativa do centenário da Revolução Francesa. Travou
amizade com os escritores portugueses Eça de Queirós, Ramalho Ortigão e
Oliveira Martins, que pertenciam ao famoso grupo dos Vencidos da Vida.
Com
a proclamação da República no Brasil em 15 de novembro de 1889 passou a
combater, em livros e jornais, os atos praticados pelo governo republicano. Eça
de Queirós, diretor da Revista de Portugal, abriu-lhe as páginas da
publicação, para uma série de artigos com o pseudônimo de Frederico de S. e que
seriam reunidos em livro com o título de “Fatos da Ditadura Militar no
Brasil”. Colaborou, também, em A
Década Republicana, obra em que colaboraram os mais destacados monarquistas
brasileiros.
Foi
Eduardo Prado um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, na qual
ocupou a cadeira nº 40, cujo patrono é o Visconde do Rio Branco. Pertenceu,
igualmente, ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, na qualidade de
sócio correspondente e à Academia Paulista de Letras. Combateu a ingerência dos
Estados Unidos na América Latina, lançando um livro polêmico, “A ilusão
americana”, cuja primeira edição, de 1895, foi apreendida pelo Governo brasileiro.
Severas críticas às alterações feitas pelos republicanos na bandeira do país,
fazem parte de seu livro “Bandeira Nacional”.
Dedicou-se
a estudos históricos, tendo publicado estudos sobre Anchieta. Ronald de
Carvalho, na sua “Pequena História da Literatura Brasileira” considerou
Eduardo Prado “um dos publicistas que melhor compreenderam esta situação de
pequenas tiranias organizadas, a que ficou reduzido o nosso país, depois que a
República o dividiu em vários Estados interligados”. Viveu em Paris, primeiro
na Rue Casimir Perrier e depois na Rue de Rivoli, e nos últimos anos de vida
morou na Fazenda do Brejão, no interior paulista. Alguns amigos indicam a
figura de Eduardo Prado como modelo do Jacinto, personagem de “A Cidade e
as Serras”, de Eça de Queirós, o milionário enfastiado pelos confortos da
civilização e que vai terminar os seus dias na quietude das serranias
portuguesas de Tormes.
Eduardo
Prado faleceu a 30 de agosto de 1901, em São Paulo, vítima de febre amarela.
Frases
de Eduardo Prado
“Dizer
a verdade ao opressor é defender o oprimido e acelerar a era da sua
libertação.";
“O
que constitui a tirania não é a efusão do sangue; é a usurpação do direito.";
“Quem
garante ao Brasil que a revolução de 15 de novembro será a última?";
“O
regime republicano que depôs uma dinastia vai insensivelmente criando
outra.";
“O
povo brasileiro só tem uma certeza: a de estar vivendo sob o domínio de
militares que não ouviram o povo para mudar o governo do país.";
“A
ditadura pode suster a execução das leis, deixar de lado o código. Não pode,
porém, conter a risada universal".
(Fontes:
Academia Brasileira de Letras, Wikipedia,
Pensador)
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