“Não
confio muito na suave curva ascendente da temperatura que os criadores de
modelos predizem para os próximos noventa anos. A história da Terra e os
modelos climáticos simples baseados na noção de uma Terra viva e reativa
sugerem que são mais prováveis mudanças súbitas e surpresas. Meu pessimismo é
compartilhado por outros cientistas e abertamente pelo eminente climatologista
James Hansen, que, assim como eu, acredita que as evidências sobre a Terra que
estão agora surgindo, com o conhecimento de sua história, são gravemente
perturbadoras. Acima de tudo, estou pessimista porque as empresas e os governos
parecem estar aceitando cegamente uma crença de que a mudança climática é fácil
e lucrativamente reversível.” (Lovelock, pág. 15)
“Está
na hora de despertar e perceber que Gaia não é nenhuma mãe acolhedora que
acalenta os seres humanos e que pode ser aplacada por gestos como comércio de
carbono ou desenvolvimento sustentável. Gaia, mesmo que façamos parte dela,
sempre dita os termos da paz.” (Lovelock, pág. 34)
James Lovelock, Gaia: alerta final
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