(publicado originalmente na página da Academia Peruibense de Letras no Facebook)
Em sua última peça, A Tempestade, no Ato IV, o grande escritor dá a seguinte fala ao personagem principal da peça, Próspero. Uma reflexão sobre o vida humana:
"Anime-se, senhor. Nossa diversão chegou ao fim. Esses nossos atores, como lhe antecipei, eram todos espíritos e dissolveram-se no ar, em pleno ar, e, tal qual a construção infundada dessa visão, as torres, cujos topos deixam-se cobrir de nuvens, e os palácios, maravilhosos, e os templos, solenes, e o próprio Globo, grandioso, e também todos os que nele aqui estão e todos os que o receberam por herança se desvanecerão e, assim como se foi terminando e desaparecendo essa apresentação insubstancial, nada deixará para trás um sinal, um vestígio. Nós somos esta matéria de que se fabricam os sonhos e nossa vidas pequenas têm por acabamento o sono."
(imagem: gravura representando William Shakespeare)
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