Dia Mundial do Meio Ambiente

quinta-feira, 5 de junho de 2025

"Agora, com o 'PL da Devastação', temos mais um motivo pra festejar!" 



 (Fonte: O Liberal / J Bosco)

A frase do dia


“O sol nasce para todos. A sombra, para quem é mais esperto.”

 

Stanislaw Ponte Preta (pseudônimo do jornalista, escritor e compositor Sérgio Marcus Rangel Porto – 1923-1968), citado pelo site Incrível.

Frases de Meio Ambiente

quarta-feira, 4 de junho de 2025


 

“É o mundo capitalista, regido pela lógica do dinheiro. E o que ocorre é que o mundo estabelecido pela lógica do lucro — que inclui de devastações ecológicas até a guerra — está totalmente alienado, separado dos desejos das pessoas, que prefeririam talvez coisas mais simples... Assim, as áreas verdes são entregues à especulação imobiliária, os índios perdem suas terras porque gado é melhor para a economia que índio, as terras vão-se transformando em desertos de cana, enquanto que rios e mares viram caldos venenosos, e os peixes bóiam, mortos...”

 

Rubem Alves (1933-2014), teólogo, psicanalista, escritor e educador brasileiro, citado no site Pensador

Só para o 1%

terça-feira, 3 de junho de 2025


 (Fonte: Diário Liberdade)

Essa não poderia faltar

segunda-feira, 2 de junho de 2025


 Rolling Stones

Gimme Shelter (1969)


https://www.youtube.com/watch?v=QeglgSWKSIY&list=RDMM&index=16

Antonio Poteiro (1920-2010)

Conheça mais sobre a vida e obra do artista no site do Instituto Antonio Poteiro abaixo:

https://www.antoniopoteiro.com.br/

Leituras diárias

domingo, 1 de junho de 2025

 

“O capital é uma formidável máquina de reificação. Desde a Grande Transformação de que fala (o sociólogo austro-húngaro) Karl Polanyi, isto é, desde que a economia capitalista de mercado se autonomizou, desde que ela, por assim dizer, se ‘desinseriu’ da sociedade, ela funciona unicamente segundo as suas próprias leis, as leis impessoais do lucro e da acumulação. Supõe, ressalta Polanyi, ‘ingenuamente a transformação da substância natural e humana da sociedade em mercadorias’, graças a um dispositivo, o mercado autorregulador, que tende, inevitavelmente, a ‘quebrar as relações humanas e a aniquilar o hábitat natural do homem’. Trata-se de um sistema impiedoso, que lança os indivíduos das camadas desfavorecidas ‘sob as rodas mortíferas do progresso, esse carro de Juguernaut’.   

Max Weber já havia admiravelmente captado a lógica ‘coisificada’ do capital na sua grande obra Economia e Sociedade: ‘A reificação (Versachlichung) da economia fundada na base da socialização do mercado segue totalmente a sua própria legalidade objetiva (sachlichen). O universo reificado (versachlichte Kosmos) do capitalismo não deixa espaço algum para uma orientação caritativa...’ Weber daí deduz que a economia capitalista é estruturalmente incompatível com critérios éticos: ‘Em contraste com qualquer outra forma de dominação econômica do capital, devido ao seu caráter impessoal, não poderia ser eticamente regulamentada. [...] A competição, o mercado, o mercado de trabalho, o mercado monetário, o mercado das mercadorias, numa palavra, considerações objetivas, nem éticas, nem antiéticas, mas simplesmente não éticas... ordenam o comportamento no ponto decisivo e introduzem instâncias impessoais entre os seres humanos referidos’. No seu estilo neutro e não engajado, Weber pôs o dedo no essencial: o capital é intrinsecamente, pela sua essência, ‘não ético’. 

Na raiz dessa incompatibilidade, encontramos o fenômeno da quantificação. Inspirado pela Rechenhaftigkeit — o espírito de cálculo racional de que fala Weber — o capital é uma formidável máquina de quantificação. Só reconhece o cálculo das perdas e dos lucros, as cifras da produção, a medida dos preços, dos custos e dos ganhos. Submete a economia, a sociedade e a vida humana à dominação do valor de troca da mercadoria, e da sua mais abstrata expressão, o dinheiro. Esses valores quantitativos, que se medem em 10, 100, 1.000 ou 1.000.000, não conhecem nem o justo, nem o injusto, nem o bem, nem o mal: dissolvem e destroem os valores qualitativos, e, em primeiro lugar, os valores éticos. Entre os dois, há a ‘antipatia’, no sentido antigo, alquímico, do termo: falta de afinidade entre duas substâncias.” (Löwy, págs. 57 e 58).

 

Michael Löwy (1938-), sociólogo e pensador marxista brasileiro em O que é ecossocialismo?