Leituras diárias

segunda-feira, 4 de abril de 2022

 


“A partir da análise da mercadoria-sujeito como objeto físico-metafísico, Marx chega à formulação de sua crítica da religião. Já não se trata da crítica feuerbachiana de sua juventude, que parte dos conteúdos religiosos para descobrir neles os elementos da vida real humana de forma transformada. Parte agora da vida real para explicar o aparecimento das imagens de um mundo religioso. O elo entre vida real e mundo religioso é a própria mercadoria vista como sujeito. Marx interpreta, portanto, essa aparente subjetividade dos objetos como o verdadeiro conteúdo das imagens religiosas. Por detrás das mercadorias, cujo mundo decide sobre a vida e morte do homem, descobre portanto as imagens religiosas como projeções dessa subjetividade das mercadorias.” (Hinkelammert, págs. 28 e 29)

 

Franz Hinkelammert, As armas ideológicas da morte


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