“A
partir da análise da mercadoria-sujeito como objeto físico-metafísico, Marx
chega à formulação de sua crítica da religião. Já não se trata da crítica
feuerbachiana de sua juventude, que parte dos conteúdos religiosos para
descobrir neles os elementos da vida real humana de forma transformada. Parte
agora da vida real para explicar o aparecimento das imagens de um mundo
religioso. O elo entre vida real e mundo religioso é a própria mercadoria vista
como sujeito. Marx interpreta, portanto, essa aparente subjetividade dos
objetos como o verdadeiro conteúdo das imagens religiosas. Por detrás das
mercadorias, cujo mundo decide sobre a vida e morte do homem, descobre portanto
as imagens religiosas como projeções dessa subjetividade das mercadorias.”
(Hinkelammert, págs. 28 e 29)
Franz Hinkelammert, As armas ideológicas da morte
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