"Nietzsche, filósofo do devir, não vê o ser de outra maneira que pontuações de um continuum deveniente. Ser ou seres não passam de um flash na eternidade do devir." Mauro Araujo de Souza - Nietzsche - para uma crítica à ciência
A questão energética é um dos grandes temas no Brasil e no mundo, nos próximos anos. Isto porque, há uma tendência crescente de aumento do consumo de energia, devido à expansão da automatização em toda a nossa moderna sociedade capitalista. Quantos e quantos aparelhos que usamos no nosso dia-a-dia eram mecânicos e, agora automatizados, se tornaram elétricos? Exemplos simples como a faca de cortar carne, a escova de dente, e vários outros implementos eletrodomésticos. Tudo isto traz mais conforto, mas também aumenta o consumo de eletricidade. O mesmo acontece na indústria. Nos últimos trinta anos linhas completas de produção foram automatizadas, até com o uso de robôs, substituindo milhares de trabalhadores e requerendo quantidades cada vez maiores de energia. Os próprios escritórios, bancos, lojas e supermercados sofreram uma verdadeira revolução depois da chegada da informática, substituindo caixas registradoras, calculadoras e máquinas de escrever mecânicas por equipamentos automatizados. Aqueles com mais de quarenta anos sabem exatamente do que estamos falando.
Ficou tudo mais fácil, mas ao mesmo tempo aumentou o consumo de energia, em suas variadas formas: eletricidade e diversos tipos combustíveis. Com isso, todas as sociedades são forçadas a gerarem mais energia, ou seja, construir mais usinas hidrelétricas, usinas termelétricas a óleo ou carvão, usinas nucleares; não esquecendo as modernas e não poluentes energias renováveis (cujas fontes são o sol, o vento, a água e resíduos orgânicos).
A equação, no entanto, não é tão simples; não basta aumentar o consumo e na outra ponta apenas gerar mais energia. É preciso gerenciar melhor a energia. Neste campo, alguns países como o Japão, a Alemanha e a Inglaterra - coincidentemente países com poucos recursos naturais capazes de gerar energia - fazem grandes investimentos no uso eficiente da energia. No Brasil, ainda estamos engatinhando nesta área; o alto desperdício de recursos energéticos ainda nos força a fazer vultosos investimentos na geração, construindo grandes hidrelétricas e termelétricas.
Recentemente, porém, a Organização Internacional de Normalização (ISO - International Organization for Standardization), depois de um longo trabalho de preparação com a participação de representantes de vários países, inclusive o Brasil, lançou a ISO 50.001, a norma para gestão de energia. Trata-se de um sistema de gerenciamento da energia nas empresas, possibilitando controlar melhor o consumo e introduzir medidas que possibilitem uma real economia do insumo, sem comprometer a qualidade dos serviços e produtos oferecidos pela organização. O foco principal da norma ISO 50.001 é o setor industrial, devendo ser adotada também pelo comércio e pelo segmento de logística.Ficou tudo mais fácil, mas ao mesmo tempo aumentou o consumo de energia, em suas variadas formas: eletricidade e diversos tipos combustíveis. Com isso, todas as sociedades são forçadas a gerarem mais energia, ou seja, construir mais usinas hidrelétricas, usinas termelétricas a óleo ou carvão, usinas nucleares; não esquecendo as modernas e não poluentes energias renováveis (cujas fontes são o sol, o vento, a água e resíduos orgânicos).
A equação, no entanto, não é tão simples; não basta aumentar o consumo e na outra ponta apenas gerar mais energia. É preciso gerenciar melhor a energia. Neste campo, alguns países como o Japão, a Alemanha e a Inglaterra - coincidentemente países com poucos recursos naturais capazes de gerar energia - fazem grandes investimentos no uso eficiente da energia. No Brasil, ainda estamos engatinhando nesta área; o alto desperdício de recursos energéticos ainda nos força a fazer vultosos investimentos na geração, construindo grandes hidrelétricas e termelétricas.
A implantação do sistema de gestão de energia - para posterior certificação na norma ISO 50.001 - segue a mesma sequência lógica das outras normas. A primeira fase é a identificação dos problemas, para dai passar para a definição de soluções. Estas implantadas, procede-se a um monitoramento constante do sistema, corrigindo as falhas e fazendo reajustes. Trata-se basicamente do sistema PDCA, abreviação do inglês plan, do, check, act (planejar, executar o que se planejou, checar as eventuais falhas e agir de maneira nova). O objetivo final é reduzir o consumo de energia (seja eletricidade, óleo, gás, vapor, ou outras fontes), para tornar o sistema mais eficiente e econômico, contribuindo para a economia de recursos naturais.
(imagem: Heitor dos Prazeres)
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