(Publicado originalmente na página da Academia Peruibense de Letras no Facebook)
Quinto Horácio Flaco (em latim Quintus Horatius Flaccus), ou simplesmente Horácio (65 a.C. - 8 a.C.) foi poeta lírico e satírico romano, além de filósofo. Filho de um escravo liberto que se tornou rico, Horácio teve uma educação primorosa, estudando em Roma e Atenas. Com a morte do pai perdeu a fortuna e começou a trabalhar como escriturário. A amizade com o poeta Virgílio (autor do poema épico sobre a fundação de Roma Eneida) fez com que conhecesse o rico Mecenas, cidadão romano protetor das artes e dos artistas. Além de escritor e poeta, Horácio também se envolveu na política de seu tempo, apoiando o imperador Augusto (63 a.C. - 14 d.C.). Foi seguidor da filosofia epicurista (do filósofo grego Epicuro - 341 a.C. - 270 a.C.) e muitas de suas obras refletem esta influência. Horácio foi autor de sátiras, odes, epístolas e epodos. Do poeta escolhemos a famosa Ode a Leucónoe, na qual o último verso tem a famosa expressão latina carpe diem, aproveita o dia:
Tu não perguntes ( é-nos
proibido pelos deuses saber) que fim a mim, a ti,
os
deuses deram, Leucónoe, nem ensaies cálculos babilónicos.
Como
é melhor suportar o que quer que o futuro reserve,
quer
Júpiter muitos invernos nos tenha concedido, quer um último,
este que agora o Tirreno mar
quebranta ante os rochedos que se lhe opõem.
Sê
sensata, decanta o vinho, e faz de uma longa esperança
um
breve momento. Enquanto falamos, já invejoso terá fugido o tempo:
colhe
cada dia, confiando o menos possível no amanhã.
(Versão de Pedro Braga Falcão, publicado no blog Vício da poesia -
https://viciodapoesia.com/2013/02/03/carpe-diem-odes-livro-1-11-dehoracio-no-500o-artigo-do-blog/)
(Imagem: pintura de De Chirico retratando o poeta Horácio)
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