"A divisa geral da história deveria ser: Eadem, sed aliter - as mesmas coisas, mas de outra maneira." - Arthur Schopenhauer - O mundo como vontade e representação
O
que é a história? O senso comum refere-se a ela como sendo uma sequência de
acontecimentos, ao longo de um determinado período de tempo. Fatos que levaram
a outros, numa sequência que parece pressupor determinado objetivo, que denominamos
“progresso”. Mas, existirá realmente algum tipo de aperfeiçoamento ao longo da
história? Somos uma espécie cada vez melhor adaptada ao ambiente em que
vivemos, materialmente e espiritualmente, considerando o desenvolvimento como
uma crescente capacidade de sobreviver, como o entende a moderna teoria da
evolução das espécies?
A
ideia de mudança das condições materiais e culturais, o chamado progresso, é
relativamente recente na cultura. Falamos aqui exclusivamente no âmbito da
tradição ocidental, já que o conhecimento que temos da história das ideias de
outras culturas como a chinesa, a indiana ou a africana ainda é bastante
limitado. Assim, o conceito de progresso, a noção de que as sociedades mudam em
seus aspectos tecnológicos, culturais, religiosos, morais, etc., aparece nitidamente
no século XVIII, no ambiente cultural que se convencionou chamar de Iluminismo.
O mercantilismo europeu e o começo da revolução industrial na Inglaterra,
associados ao início de um processo de globalização, proporcionaram aos
intelectuais iluministas um conhecimento mais amplo da cultura e da história de
outros povos. A estudo de suas línguas, tradições religiosas e de sua história
política, contribuiu para que os eruditos europeus desse período elaborassem
uma perspectiva mais ampla do mundo e da história humana. Não por acaso, foi
também no século XVIII que os naturalistas iniciaram a classificação biológica
das diversas espécies e estruturaram as primeiras ideias sobre a evolução geológica
da Terra e dos seres vivos.
O
sociólogo americano Robert Nisbet (1913-1993), em seu famoso ensaio Idea of Progress: a bibliographical essay (Ideia
de progresso: um ensaio bibliográfico), mais tarde transformado em livro, assinala
que a ideia de evolução na história humana já existia na Antiguidade. Nisbet
aponta o fato de que o conceito de progresso, na acepção de mudança, já aparece
nos autores gregos, como o poeta Hesíodo (século VIII a.C.), o dramaturgo Ésquilo
(séc. V a.C.), o historiador Tucídides (se. V a.C.) e os filósofos Platão e
Aristóteles (século IV a.C.). O filósofo e poeta romano Lucrécio (séc. I a.C.) fala
em progresso em seu poema “Da Natureza”. Escreve Lucrécio no livro V de seu
poema:
(...)
“As armas antigas eram as mãos, as unhas
e os dentes, e as pedras, os pedaços de ramos dos bosques, as chamas e o fogo,
logo que foram descobertos. Mais tarde se encontrou a força do ferro, e a do
bronze” (...) (...) “Depois, a pouco e pouco apareceu a foice de ferro e caiu
em desonra a foice de bronze; com ferro principiaram a fender o chão da terra e
a tornar iguais os combates de guerra.” (Lucrécio, pág. 113)
Também
o filósofo estoico romano Sêneca (séc. I), escreve em suas cartas aos
discípulos que até sua época a humanidade já havia progredido bastante
culturalmente e que ainda haveria de avançar muito no futuro.
O
primeiro pensador, no entanto, a colocar toda a história humana em perspectiva
teleológica, segundo Nisbet, foi o filósofo e bispo católico Agostinho de
Hipona (354-430). Considerado um dos principais pensadores da igreja, sistematizou
grande parte do que mais tarde viria a ser conhecido como teologia cristã. Agostinho
foi, efetivamente, o criador da filosofia da história, fazendo uma junção,
segundo Nisbet, “da ideia de crescimento e desenvolvimento grego com a ideia
judaica de uma história sagrada”. Em sua obra A cidade de Deus o filósofo de Hipona faz a primeira tentativa de
uma interpretação cristã da história, representando-a como arena de combate
entre duas cidades: a cidade de Deus e a cidade terrestre. Não se trata apenas de
um trabalho de filosofia da história, mas antes uma teologia da humanidade; uma
interpretação cristã do destino do homem e do mundo. O filósofo francês Etienne
Gilson (1884-1978), escreve com relação à Cidade
de Deus:
(...)
“A mensagem que o bispo de Hipona trazia,
pois, aos homens, era que o mundo inteiro, de sua origem a seu termo, tem por
único fim a constituição de uma sociedade santa, em vista da qual tudo foi
feito, inclusive o próprio universo.” (Gilson apud Riolando Azzi, pag. 33)
Em
seu texto, Agostinho insere ideias de progresso colhidas em autores gregos e
romanos, que séculos depois serão retomadas pelos pensadores iluministas. No
entanto, o cerne da visão da história humana e do mundo de Agostinho tem suas
raízes no cristianismo. Para o bispo, a criação dos astros, do mundo, dos seres
vivos incluindo o homem; o estabelecimento de leis e de um destino final para a
história humana e do mundo – a parusia – são obras de um Deus que dá uma sentido
à história humana e à do universo. A história do cosmos e humana, nesta
compreensão, tem uma introdução, uma ação principal e um final; um drama
cósmico, centrado na relação da humanidade com Deus. Ao final, os justos
passarão a habitar eternamente na Cidade de Deus, enquanto que os injustos povoarão
a Cidade Terrestre. Evidentemente, não são fenômenos históricos, como escreveu
o teólogo Riolando Azzi, mas entidades místicas. A primeira, a Cidade de Deus,
representa a solidariedade no bem, a outra, a Cidade Terrestre ou do demônio, a
solidariedade no mal.
Essa
visão de um tempo linear, uma história da humanidade e do universo, tendo
início e se desenvolvendo em determinada direção, foi retomada, como já
dissemos, pelos filósofos iluministas. Foi, aliás, o filósofo iluminista
francês Voltaire (1694-1778), quem criou o termo “filosofia da história”. Muito
do que se produziu neste período na literatura, teatro, filosofia, política,
economia, ciências e na história, está eivado de conceitos e ideias associados à
evolução e ao progresso, mas não sob uma ótica cristã. Para o filósofo
idealista alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831), influenciado pelos
iluministas e considerado um dos maiores filósofos da modernidade, o processo
da história é a realização do “Espírito” em direção à liberdade. Em suas aulas
sobre filosofia da história, Hegel afirma que existe razão (racionalidade) na
história, porque “a razão governa o mundo”; a história do mundo é o contínuo progresso
da razão. Lawrence Edwards, filósofo e pesquisador do departamento de filosofia
da University College de Londres, escreve em artigo na revista Philosophy Now (Filosofia agora):
“O que Hegel quer dizer com “razão na história”?
Ele tinha em mente uma explicação teleológica – a ideia de que a história se
adapta a uma proposta específica ou desígnio (a ideia também é chamada de
historicismo). Hegel compara isto com a noção cristã de providência. A análise
histórica, a partir da perspectiva cristã, revela o governo do mundo por Deus e
a história mundial é compreendida como a realização de Seu plano. Hegel tem uma
ideia bastante particular de Deus, o qual chama de Geist (Espírito), significando espírito ou mente. Uma
compreensão filosófica do progresso da história do mundo nos capacita a
conhecer este Deus; compreender a natureza e o objetivo do Geist.”
(Edwards, 2018).
Ainda
sobre o conceito de história em Hegel, completa o filósofo brasileiro Jadir
Nunes:
“A filosofia da história universal é,
para Hegel, nada mais que a descrição do desenvolvimento do conceito de
liberdade e racionalidade desde o interior do estado de natureza e selvageria
até o estado civil moderno, passando por uma série de estágios que se sucedem
no tempo.” (Nunes, pág. 25)
A
filosofia da história de Hegel teve forte influência em todo o pensamento
histórico e filosófico posterior. Suas ideias inspiraram pensadores como Ludwig
Feuerbach (1804-1872), Karl Marx (1818-1883), Friedrich Engels (1820-1895) e influenciaram
praticamente toda a filosofia marxista e não marxista dos séculos XIX e XX. As
grandes exceções, são o dinamarquês Sören Kierkegaard (1813-1855) e os alemães
Arthur Schopenhauer (1788-1860) e Friedrich Nietzsche (1844-1900).
Assim,
temos que o conceito de história foi influenciado principalmente pela religião
e teologia cristã, começando com Agostinho de Hipona com sua obra Cidade de Deus, escrita no ano 410. No
século XVIII, ainda sob a influência da tradição filosófica cristã, mas já
incorporando novos conhecimentos das ciências que se desenvolviam, filósofos
como Voltaire, Condorcet, Rousseau, Lessing, Herder e Adam Smith, entre outros,
contribuíram para a criação de uma filosofia da história moderna. O marco
seguinte foi a filosofia da história de Hegel, a partir da qual os estudos de
história não puderam mais prescindir do conceito de progresso; todavia sem a
influência da religião cristã. Depois de Hegel, as ideias que orientariam a
história humana no imaginário das classes ilustradas europeias, refletiriam o
resultado da ação humana e não mais a interferência de uma divindade. Paz,
Progresso e Liberdade, seriam os ideais históricos – quase nunca realizados –
que figurariam nos programas de governos, partidos políticos, associações, sindicatos
de trabalhadores e sistemas filosóficos dos séculos XIX e XX.
A
ideia de uma constante evolução – ou aprimoramento – ao longo do processo
histórico, não é, todavia hegemônica. Pensadores como os já citados Schopenhauer
e Nietzsche e historiadores como suíço Jacob Burckhardt (1818-1897), o inglês
Arnold Toynbee (1889-1975) e o alemão Oswald Spengler (1880-1936) não
partilhavam da ideia de um progresso histórico. Spengler, mais radical, afirma
que as civilizações têm fases de nascimento, crescimento, declínio e morte. A
historiadora inglesa Marnie Hugues-Warrington escreve em seu estudo 50 grandes pensadores da história:
“Os historiadores, afirma Spengler na
introdução de Der Untergang des Abendlandes (A decadência do ocidente), em
geral vêem a história ‘como um tipo de solitária que acrescenta
industriosamente em si mesma uma época após a outra’ (vol I, p. 21). Para eles
a história é linear e culminaria na civilização moderna ocidental. A Europa,
portanto, é o centro da história e todas as outras culturas têm de girar em
torno dela.” (Hugues-Warrington, pag. 319/320)
Mais
recentemente, o filósofo político inglês John Gray (1948), é mais um dos que se
colocam contra a ideia de progresso na história. Escreve Gray em Seven types of atheism (Sete tipos de
ateísmo):
“A acumulação de conhecimentos na ciência não
tem paralelos na ética, na política, na filosofia e nas artes. O conhecimento
aumenta em velocidade acelerada, mas os seres humanos não são mais razoáveis do
que sempre foram. Ganhos em civilização, ocorrem de tempos em tempos, mas são
perdidos depois de algumas gerações.” (Gray, 2018 – tradução nossa)
Atualmente são poucos os historiadores ou filósofos que ainda propõe um “sentido ou objetivo da história humana”. Excetuando os pensadores de orientação político-partidária ou religiosa, a maior parte dos especialistas não considera que o devir humano coletivo, assim como o individual, tenha qualquer propósito predeterminado. A história da humanidade e a do indivíduo concreto “de carne, sangue e ossos”, como escrevia o filósofo espanhol Miguel de Unamuno, é construída a partir das condições históricas em que se desenrolam. Os objetivos, sejam quais forem, só podem ser imaginados e buscados pelos próprios atores. Outro aspecto é que nos últimos trinta anos se generalizou entre os intelectuais a percepção de que a era das “metanarrativas”, aquelas que tentam explicar e dar uma solução integral à história humana, como o cristianismo, o marxismo-leninismo, o positivismo, o cientificismo, etc., acabou junto com a crença nestes discursos, ao longo do século XX. Como escreveu o filósofo contemporâneo italiano Gianni Vattimo:
“Não há uma história singular, somente
imagens do passado projetadas de diferentes pontos de vista. É ilusório pensar
que exista um ponto de vista supremo e onisciente, capaz de unificar o
restante.” (Vattimo, pág. 43 – tradução nossa)
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No
ocidente, a visão da história humana e a do universo foi e é linear. Tanto para
Agostinho, quanto para Hegel, Marx, as elites culturais europeias do século XIX
e a esmagadora maioria dos filósofos, historiadores, teólogos e cientistas
contemporâneos, o universo – e com ele a história da humanidade – tiveram um
início, um desenvolvimento e terão um fim. Para este fim existem várias versões.
Há o fim escatológico da religião, com uma batalha final entre Deus e o
Demônio, o Armagedon bíblico, seguido do Julgamento Final e a separação entre
salvos e danados. Os detalhes deste drama variam de acordo com as diversas
correntes religiosas – judaísmo, cristianismo e islamismo – cada uma com seus
grupos sectários, interpretando a narrativa à sua maneira.
A
moderna cosmologia, ramo da astronomia reunindo diversas áreas de conhecimento,
prevê uma morte térmica (ou energética, segundo a segunda Lei da Termodinâmica)
para o universo. A hipótese data do final do século XIX, foi atualizada pelas
novas pesquisas e permanece atual. De acordo com os dados mais recentes colhidos
pela astrofísica, é bastante provável que todo o universo continuará se
expandindo “para sempre”. Neste instante, todas as partes do cosmos estão se
afastando umas das outras, devido a uma força chamada de “energia escura”,
descoberta nos anos 1990. Não se conhece ainda a origem desta atividade, mas já
existem algumas teorias sobre ela. Com isso, ao longo de centenas de bilhões ou
trilhões de anos (lembrando que nosso universo tem cerca de 13,7 bilhões de
anos) as galáxias, as estrelas e os planetas continuarão afastando-se uns dos
outros. Em um futuro bem distante, os próprios planetas se desintegrarão, até
que a matéria se desfaça em partículas e estas, por final, também desaparecerão.
Seria, segundo alguns astrônomos, como se o universo evaporasse.
Desaparece
o nosso universo, mas poderá surgir um outro; ou outros, segundo as mais
recentes teorias da astronomia. Somente baseados nessas conjecturas científicas
é que podemos aventurar a hipótese de que o processo de criação, desenvolvimento
e destruição do universo – ou de prováveis outros universos, de acordo com a
hipótese dos multiversos (múltiplos universos) – possa ser um processo cíclico,
que nunca começou e que nunca terminará. As teorias do universo cíclico ou dos
multiversos têm sido elaboradas e estudadas por um número considerável de
cientistas durante os últimos vinte e cinco anos. A popular teoria do
“big-bang” da formação do universo, apesar de ainda bastante aceita e com
considerável número de defensores, já encontra muitos detratores, que se
perguntam pelo antes e pelo depois.
Os
antigos povos da Mesoamérica, como os maias e os astecas, também compartilhavam
de uma visão cíclica do universo, com constantes ciclos de criação e
destruição. Os sacrifícios rituais humanos eram, segunda sua crença, necessários
para manter o ciclo em operação. Também os antigos chineses, os hindus e os gregos,
cada cultura com suas características particulares, tinham uma visão cíclica do
universo. Esta interpretação do universo também era compartilhada pelos antigos
hebreus, pelo menos até antes do Cativeiro Babilônico (até 537 a.C). Durante o
exílio, os judeus tiveram contato com a religião de Zoroastro ou Zaratustra
(século VII a.C.), de origem persa, bastante disseminada na Babilônia naquele
período. O zoroastrismo foi o primeiro monoteísmo ético da história, tendo
elaborado conceitos como o livre arbítrio, Céu, Inferno, Julgamento Final e o Fim
do Mundo. Estas ideias tiveram grande influência na teologia do judaísmo pós-exílio
e, mais tarde, no cristianismo e no islamismo. Ainda hoje, bilhões de pessoas em
todo o mundo compartilham crenças concebidas há quase três mil anos na antiga
Pérsia, atual Irã. O zoroastrismo ou masdeísmo, foi provavelmente, a primeira
religião a engendrar uma perspectiva linear da história humana e do universo. Apesar
desta influência, a literatura religiosa judaica guardou por muito tempo uma
concepção cíclica da vida, como escreve o Eclesiastes (Kohélet) (ca. Século III a.C.):
“Reconheci que tudo o que Deus faz dura para
sempre, sem que se possa ajuntar nada, nem para suprimir. Deus procede dessa
maneira para ser temido. Aquilo que é, já existia, e aquilo que há de ser, já
existiu: Deus chama de novo o que passou.” (Eclesiastes 3, 14-15)
A
cosmologia religiosa que parece mais se aproximar da moderna cosmologia
científica é a budista. O físico teórico americano Michio Kaku, em recente
entrevista ao jornalista Michael Shermer, da revista Sceptic, afirmou que a
visão do tempo linear do universo cristão, é compatível com a visão cíclica do
universo budista. Kaku, filho de japoneses budistas, foi educado no
cristianismo em uma escola presbiteriana. “Nosso universo, segundo a tradição
cristã”, diz Kaku, “teve um início”. “Mas, provavelmente, existem inúmeros
outros universos, como diz a cosmologia budista.”
Ateu,
o budismo, a religião de aproximadamente 500 milhões de pessoas em todo o
mundo, afirma que o universo não foi criado; sempre existiu e existirá. Não houve
uma divindade que, em alguma época tenha colocado todo o cosmos em
funcionamento a partir do nada, como diz a tradição judaico-cristã, ou a partir
de um caos preexistente, como acreditavam os babilônios, egípcios, gregos e muitos
outros povos. Para os budistas existem infinitos universos, que se sucedem
interminavelmente, evoluindo e decaindo, em ciclos chamados pelos budistas de kappa. Com relação ao kappa, reproduzimos abaixo um discurso
atribuído ao Buda (as palavras não são literais):
“Certa vez, perguntaram ao Buda qual a
duração de um kappa. Buda respondeu:
Imagine uma cidade, cujas ruas são
cobertas com grãos de mostarda. A cada cem anos, um homem vai à cidade,
recolher um grão de mostarda. Quando todos os grãos de mostarda da cidade
tiverem sido recolhidos, terá passado um kappa.
Imagine uma grande rocha. A cada cem anos, um homem raspa esta rocha com um pedaço de tecido. Depois que a rocha tiver desaparecido, completamente desgastada, terá passado um kappa.” (Baseado em Punnadhammo Mahāthero, The buddhist cosmos)
Muitos conceitos relacionados com o tempo, os ciclos e a duração do universo – os hindus referem-se a este processo como o “Dia de Brahma” – o budismo herdou da tradição religiosa hinduísta, ambiente cultural no qual nasceu. Tema constante de estudo de mitólogos, pesquisadores das religiões, filósofos e cientistas, as cosmologias da Índia atraem e maravilham pela grandiosidade de suas ideias e conceitos, diferentes dos antropomorfismos das outras tradições. Esta a razão pela qual tantos filósofos, escritores, artistas e cientistas ocidentais foram atraídos pelas cosmologias orientais, notadamente a budista. Escreveu o filósofo, escritor e monge budista inglês Allan Watts (1915-1973):
“Você é uma expressão do que todo o universo está fazendo, da mesma maneira que uma onda é uma expressão do que todo o oceano está fazendo.” (Watts, s/d - tradução nossa)
Referências
Nisbet,
Robert. The idea of progresso: a bibliographical essay. Disponível em: (https://oll.libertyfund.org/page/idea-of-progress-a-bibliographical-essay-by-robert-nisbet).
Acesso em 13/04/2021.
Os
Pensadores. Epicuro, Lucrécio, Cícero, Sêneca, Marco Aurélio. São Paulo. Abril
Cultural e Industrial. 1973: 319 p.
Santo
Agostinho. A Cidade de Deus – Vol I – Prefácio de Riolando Rizzi. São Paulo.
Editora da Américas S.A. 1964: 446 p.
Lawrence
Edwards. Hegel on history. Disponível
em: (https://philosophynow.org/issues/129/Hegel_on_History).
Acesso em 21/04/2021.
Jadir
Antunes. História e filosofia da história em Hegel. Disponível em: (http://e-revista.unioeste.br/index.php/temasematizes/article/view/536#:~:text=A%20filosofia%20da%20hist%C3%B3ria%2C%20ao,de%20sua%20realiza%C3%A7%C3%A3o%20no%20tempo).
Acesso em 21/04/2021.
Marnie
Hughes-Warrington. 50 grandes pensadores da história. São Paulo. Editora
Contexto. 2008: 399 p.
John
Gray. Seven types of atheism. London. Penguin Books. 2018: 228 p.
John
D. Caputo y Gianni Vattimo. Después de la muerte de Dios – Conversaciones sobre
religión, política y cultura. Buenos Aires. Editorial Paidós. 2010: 271 p.
Eclesiastes.
São Paulo. Editora Ave-Maria. 2013: 39 p.
The
quest for a theory of everything (Michael Shermer with Michio Kaku). Disponível
em: (https://www.youtube.com/watch?v=cDiN1JSdirs&t=13s).
Acesso em 14/042021.
Punnadhammo
Mahāthero. The buddhist cosmos – A comprehensive survey of the early buddhist
worldview, according to Theravada and Sarvastivada sources. Neebing, Canada.
Arrow River Forest Hermitage. 2018: 728 p.
Allan
Watts quotes. Goodreads. Disponível em: (https://www.goodreads.com/author/quotes/1501668.Alan_W_Watts).
Acesso em 23/04/2021
(Imagens: fotografias de Susan Weiss Rose)
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