“Os
homens fazem a sua própria história; contudo, não a fazem de livre e espontânea
vontade, pois não são eles quem escolhem as circunstâncias sob as quais ela é feita,
mas estas lhes foram transmitidas assim como se encontram. A tradição de todas
as gerações passadas é como um pesadelo que comprime o cérebro dos vivos. E
justamente quando parecem estar empenhados em transformar a si mesmos e as
coisas, em criar algo nunca antes visto, exatamente nessas épocas de crise
revolucionária, eles conjuram temerosamente a ajuda dos espíritos do passado,
tomam emprestados os seus nomes, as suas palavras de ordem, o seu figurino, a
fim de representar, com essa venerável roupagem tradicional e essa linguagem
tomada de empréstimo, as novas cenas da história mundial.” (Marx, pág. 62)
Karl Marx, O 18 de Brumário de Luís Bonaparte
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