“De
uma perspectiva socrática, o niilismo pode ser superado pela iluminação. De uma
perspectiva cartesiana, o niilismo pode ser superado pela autocontenção. Mas de
uma perspectiva humeana, o niilismo não pode ser superado. É simplesmente um
produto da psicologia humana. Hume, encontrando-se na caverna, na ‘escuridão
mais profunda’, não tenta debater ou raciocinar para sair, mas em vez disso
joga gamão. Como Descartes, Hume descobre o niilismo dentro de si. Ao contrário
de Descartes, ele não luta contra o seu niilismo, ele o abraça. O niilismo é,
como descreveu Descartes, um conforto, uma forma de permanecer seguro, uma
forma de ‘destruir todas estas quimeras’, mesmo que apenas ajudando-nos a
tentar ignorá-las.”
Nolen Gertz, Niilismo (original inglês Nihilism)
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