Miguel Nicolelis (1961-)
sexta-feira, 6 de junho de 2025Dia Mundial do Meio Ambiente
quinta-feira, 5 de junho de 2025A frase do dia
“O
sol nasce para todos. A sombra, para quem é mais esperto.”
Stanislaw Ponte Preta (pseudônimo do jornalista, escritor e compositor Sérgio Marcus Rangel Porto – 1923-1968), citado pelo site Incrível.
Frases de Meio Ambiente
quarta-feira, 4 de junho de 2025“É o mundo capitalista, regido pela
lógica do dinheiro. E o que ocorre é que o mundo estabelecido pela lógica do
lucro — que inclui de devastações ecológicas até a guerra — está totalmente
alienado, separado dos desejos das pessoas, que prefeririam talvez coisas mais
simples... Assim, as áreas verdes são entregues à especulação imobiliária, os
índios perdem suas terras porque gado é melhor para a economia que índio, as
terras vão-se transformando em desertos de cana, enquanto que rios e mares
viram caldos venenosos, e os peixes bóiam, mortos...”
Rubem Alves (1933-2014), teólogo, psicanalista, escritor e educador brasileiro, citado no site Pensador
Só para o 1%
terça-feira, 3 de junho de 2025Essa não poderia faltar
segunda-feira, 2 de junho de 2025Antonio Poteiro (1920-2010)
Conheça mais sobre a vida e obra do artista no site do Instituto Antonio Poteiro abaixo:
Leituras diárias
domingo, 1 de junho de 2025“O capital é uma formidável máquina de reificação. Desde a Grande Transformação de que fala (o sociólogo austro-húngaro) Karl Polanyi, isto é, desde que a economia capitalista de mercado se autonomizou, desde que ela, por assim dizer, se ‘desinseriu’ da sociedade, ela funciona unicamente segundo as suas próprias leis, as leis impessoais do lucro e da acumulação. Supõe, ressalta Polanyi, ‘ingenuamente a transformação da substância natural e humana da sociedade em mercadorias’, graças a um dispositivo, o mercado autorregulador, que tende, inevitavelmente, a ‘quebrar as relações humanas e a aniquilar o hábitat natural do homem’. Trata-se de um sistema impiedoso, que lança os indivíduos das camadas desfavorecidas ‘sob as rodas mortíferas do progresso, esse carro de Juguernaut’.
Max Weber já havia admiravelmente captado a lógica ‘coisificada’ do capital na sua grande obra Economia e Sociedade: ‘A reificação (Versachlichung) da economia fundada na base da socialização do mercado segue totalmente a sua própria legalidade objetiva (sachlichen). O universo reificado (versachlichte Kosmos) do capitalismo não deixa espaço algum para uma orientação caritativa...’ Weber daí deduz que a economia capitalista é estruturalmente incompatível com critérios éticos: ‘Em contraste com qualquer outra forma de dominação econômica do capital, devido ao seu caráter impessoal, não poderia ser eticamente regulamentada. [...] A competição, o mercado, o mercado de trabalho, o mercado monetário, o mercado das mercadorias, numa palavra, considerações objetivas, nem éticas, nem antiéticas, mas simplesmente não éticas... ordenam o comportamento no ponto decisivo e introduzem instâncias impessoais entre os seres humanos referidos’. No seu estilo neutro e não engajado, Weber pôs o dedo no essencial: o capital é intrinsecamente, pela sua essência, ‘não ético’.
Na raiz dessa incompatibilidade, encontramos o fenômeno da quantificação. Inspirado pela Rechenhaftigkeit — o espírito de cálculo racional de que fala Weber — o capital é uma formidável máquina de quantificação. Só reconhece o cálculo das perdas e dos lucros, as cifras da produção, a medida dos preços, dos custos e dos ganhos. Submete a economia, a sociedade e a vida humana à dominação do valor de troca da mercadoria, e da sua mais abstrata expressão, o dinheiro. Esses valores quantitativos, que se medem em 10, 100, 1.000 ou 1.000.000, não conhecem nem o justo, nem o injusto, nem o bem, nem o mal: dissolvem e destroem os valores qualitativos, e, em primeiro lugar, os valores éticos. Entre os dois, há a ‘antipatia’, no sentido antigo, alquímico, do termo: falta de afinidade entre duas substâncias.” (Löwy, págs. 57 e 58).
Michael Löwy (1938-), sociólogo e pensador marxista brasileiro em O que é ecossocialismo?
Outras leituras
sábado, 31 de maio de 2025“Deste
retrato podemos tirar importantes lições filosóficas que são de relevância e
valor para nós, que, apesar de tantos séculos de evolução cultural e apesar de inúmeros
avanços na ciência e tecnologia, permanecemos em grande parte tão
intelectualmente densos e moralmente corruptos quanto as criaturas ‘menos que
humanas’ entre as quais Diógenes viveu, e para quem ele reservou alguns de seus
comentários mais cáusticos e devastadores. Nem no reino das ideias, nem no
tecido moral da sociedade, nem em assuntos nacionais ou internacionais, nem, de
fato, em qualquer área da existência humana, fizemos qualquer progresso além do
mundo em que ele viveu. Podemos até dizer que a estagnação cultural e moral é a
maneira correta de descrever o curso da história humana desde a época em que,
carregando uma lâmpada acesa em plena luz do dia, ele andou de costas pelas
ruas de Atenas em busca de um verdadeiro ser humano.”
“Assim,
fora de si mesmo, o desejo de Diógenes era empreender a demolição do mundo com
relação às suas leis, costumes, tradições e normas morais, porque ele também,
como Schopenhauer (filósofo alemão do século XIX), deve ter chegado em um ponto
ou outro à conclusão inquietante de que ‘o mundo está falido em todos os lados
e que a vida é um negócio que não cobre seus custos’. Se Diógenes tivesse
conhecimento da avaliação pessimista de Schopenhauer sobre o mundo, ele não
teria discordado. Ele poderia ter abraçado a conclusão de Schopenhauer, de que
mesmo que o mal do mundo fosse cem vezes menor do que é, sua própria existência
seria suficiente para convencer qualquer pessoa de mente aberta de que sua
inexistência seria preferível à sua existência, pois é, sem dúvida, ‘algo que
no fundo não deveria ser’. Aqueles que acham o mundo algo digno de louvor ou
que se felicitam por terem nascido nele são intelectualmente cegos ou
moralmente perversos. O pessimismo de Diógenes e o de Schopenhauer derivam, no
entanto, de diferentes raízes filosóficas e revelam duas orientações
ideológicas diferentes, embora, em suas manifestações externas, fossem
igualmente intensas e cáusticas.”
“Nem
convenções, nem tradições, nem crenças religiosas, nem normas socialmente
sancionadas tinham qualquer valor para os sofistas, nem, podemos acrescentar,
para Sócrates. Com eles, surgiu a necessidade de fazer uma distinção nítida
entre o nomos - o domínio
transitório e mutável dos costumes humanos - e o logos — a racionalidade que distingue ou deveria distinguir
os seres humanos de todas as outras criaturas terrestres. Essa distinção, já
reconhecida por alguns dos pré-socráticos como (o filósofo) Heráclito, compeliu
os sofistas a questionar a santidade e a infalibilidade tanto das leis
positivas promulgadas pelos governos, seja em tiranias ou em democracias,
quanto das convenções pelas quais as pessoas se guiam. Normas e valores sociais
— nomisma (moeda de ouro grega) que o oráculo de Delfos ordenou que Diógenes
desfigurasse — eram, do ponto de vista dos sofistas, apenas invenções
convenientes fabricadas pelas classes dominantes para manter as pessoas sob
sujeição. Elas não eram nada além de regras artificiais convertidas pela
inércia da falta de pensamento humano em princípios naturais imutáveis, como
aprendemos com os fragmentos de Crítias. Para ele, até mesmo a crença em deuses
se enquadra nessa categoria. As leis humanas, portanto, tinham pouco valor para
os sofistas, e a obediência cega a tais leis revelava, segundo eles, o estado
de sonolência e inconsciência que caracteriza, como (o filósofo) Herátomo e os
cínicos insistiam, a maioria das pessoas. O ponto para eles era, então, ser
despertado desse sono e recuperar a posse da própria mente individual como a
única fonte de seus valores — uma ideia socialmente perigosa, sem dúvida, e um
prelúdio político ao anarquismo, como o Sócrates platônico sugere no (diálogo
de Platão) Críton. Em última análise, é a única solução disponível para
qualquer um que tenha contemplado, mesmo por um momento, como Diógenes poderia
ter dito, a insanidade do mundo humano. Assim, os sofistas eram rebeldes
filosóficos que reconheciam a vacuidade de seu mundo e que propunham soluções,
talvez extravagantes, levando a uma postura de individualismo hedonista, ou,
como com (o filósofo) Trasímaco, a uma rejeição de todos os valores morais, ou
simplesmente a uma retirada do mundo social e político, que foi precisamente a
influência que eventualmente afetou (o filósofo) Pirro e os céticos, e, através
de Antístenes, também Diógenes.”
Luis E. Navia, filósofo e professor estadunidense em Diogenes the Cynic: The war against the world (Diógenes o Cínico: a guerra contra o mundo)
Enquanto isso, no país que é um dos maiores produtores de alimentos do planeta...
sexta-feira, 30 de maio de 2025Essa não poderia faltar
quinta-feira, 29 de maio de 2025A frase do dia
quarta-feira, 28 de maio de 2025“A
vida é uma tragédia quando vista de perto, mas uma comédia quando vista de
longe.”
Charles (Spencer) Chaplin (1889-1977), ator, cineasta e compositor inglês citado por Goodreads
Moda do Bonde Camarão - Inezita Barroso
terça-feira, 27 de maio de 2025Música brasileira
Inezita Barroso
Álbum: Clássicos da Música Caipira Vol. 2 (1972)
Música: Moda do Bonde Camarão
https://www.youtube.com/watch?v=HC7HvjHmIXA&list=RDHC7HvjHmIXA&start_radio=1
Inezita
Barroso, nome artístico de Ignez Magdalena
Aranha de Lima (São Paulo, 4 de março de 1925 – São Paulo, 8 de março de 2015), foi cantora,
atriz, instrumentista, bibliotecária, folclorista, professora e apresentadora
de rádio e televisão. Em 1950, ingressou na Rádio Bandeirantes e apresentava-se
em recitais no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), Cultura Artística e Colombo.
No mesmo ano gravou a célebre interpretação da música Moda da Pinga,
de Ochelsis
Laureano e Raul
Torres. Em 1954 gravou os sambas Ronda,
de Paulo
Vanzolini e Estatutos da Gafieira, de Billy Blanco.
Foi premiada com o Troféu Roquette-Pinto de melhor
cantora de música popular brasileira e o prêmio Guarani,
como melhor cantora em disco.
Inezita
ultrapassou a marca de cinquenta anos de carreira e de oitenta discos gravados,
entre 78 rpm, vinil e CDs. Apresentou por 35
anos, de 1980 até a sua morte em 2015, o programa Viola, Minha Viola, dedicado à música
caipira e transmitido pela TV Cultura.
Apresentou também, no SBT, um programa musical
que levava seu nome e era exibido aos domingos pela manhã.
A música "Moda do Bonde Camarão" (1929) é de autoria de Cornélio Pires, folclorista, escritor, pioneiro e incentivador da música caipira (bem claro: da verdadeira música caipira, que não existe mais). Mais informações sobre este período da cidade de São Paulo no link abaixo:
(Fonte do texto: Wikipedias)
O que eles pensam
segunda-feira, 26 de maio de 2025(Sobre
o novo PL que flexibiliza o licenciamento ambiental)
“Trata-se de texto que implode o
licenciamento ambiental no Brasil, ignorando a crise climática, tratados
internacionais e a Constituição Federal, esvaziando o papel dos órgãos
ambientais e a transparência dos processos públicos e abrindo precedente que
amplia risco imenso de proliferação de casos de corrupção no licenciamento
ambiental”.
Nota sobre a “Lei Geral do Licenciamento Ambiental (LGLA), PL 2/.159/2021”, aprovada pelo Senado em 21/5/2025. A nota foi assinada pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade, Inesc, Instituto Ethos e Conservatório do Clima. Matéria publicada no jornal Valor em 22/5/2025.
Leituras diárias
domingo, 25 de maio de 2025Martin Buber (1878-1965), filósofo austríaco-israelita em Qué es el hombre? (O que é o homem?)
Ler!
sábado, 24 de maio de 2025Caminhando resolutamente para o passado!
sexta-feira, 23 de maio de 2025Labels: Assim se vive no Brasil, Gestão Ambiental, Gestão Pública, Meio Ambiente, Política
O Batráquio - Zimbo Trio
quinta-feira, 22 de maio de 2025Música brasileira
Zimbo Trio
Álbum: Zimbo Trio (1978)
Música: O batráquio
https://www.youtube.com/watch?v=388B9Pb1IFU
O Zimbo
Trio foi formado em março de 1964 em São Paulo por Luís Chaves Oliveira
da Paz ‘Luís Chaves’ (contrabaixo),
Rubens Alberto Barsotti ‘Rubinho’ (bateria) e Amilton Godói (piano).
A
primeira apresentação como Zimbo Trio foi na Boate Oásis, em 17
de março de 1964, acompanhando a cantora Norma Bengell.
O show foi produzido por Aloysio de Oliveira. Uma das músicas tocadas
foi ‘Consolação’ de Baden Powell e Vinicius de Moraes. Em 1965, o Zimbo
Trio passou a fazer acompanhamento fixo do programa O Fino da
Bossa, da TV Record, apresentado por Elis Regina e Jair
Rodrigues, um dos mais importantes na divulgação de novos talentos
musicais. Em 1968, participou de um show antológico no Teatro João Caetano que reuniu Elizeth
Cardoso, Jacob do
Bandolim e o conjunto Época de Ouro.
O fruto deste encontro foi o registro de dois volumes gravados ao vivo.
(Fonte do texto: Wikipedia)
A frase do dia
quarta-feira, 21 de maio de 2025“Quando eu era criança, eu disse ao meu
pai uma tarde, ‘Papai, você me leva ao zoológico?’ Ele respondeu, ‘Se o
zoológico quer você, deixe que eles venham e te peguem.’”
Jerry Lewis (1926-2017) comediante, cineasta, cantor estadunidense citado por A-Z Quotes.
15 anos
Nesta data o blog Da Natureza e da Cultura completa 15 anos de existência. Agradecemos a todos pela visita!
Se gostar de nossas postagens, divulgue.
Obrigado!
Outras leituras
terça-feira, 20 de maio de 2025“Assim, o capitalismo em poucas
palavras: você, o trabalhador, assa a torta. Então seu empregador, senhorio,
credores de hipotecas e empréstimos, seguradoras, agências fiscais do governo,
empresas de cartão de crédito e bancos; todos exigem e pegam sua fatia da torta
que você assou. Você fica com as migalhas chamadas de ‘salários’. Sim, o
capitalista lhe forneceu os ingredientes e ferramentas (os meios de produção)
para assar a torta, mas já que você fez todo o trabalho para fazê-la, você não
deveria pelo menos ter uma palavra a dizer, sobre como os lucros seriam
compartilhados com a venda da torta? Em vez disso, quando recebemos nossos
salários, que não refletem o valor de troca excedente (os lucros) das
mercadorias que produzimos, sentimos a necessidade de ser ‘gratos’ por ter um
emprego e um salário. ‘Obrigado, obrigado, mestre!’, de fato.” (Chun, pág. 9)
Christian W. Chun, professor universitário e escritor estadunidense em A world without capitalism? Alternative discourses, spaces and imaginaries (Um mundo sem capitalismo? Discursos alternativos, espaços e imaginários)
Oscar Niemeyer (1907-2012)
segunda-feira, 19 de maio de 2025https://www.youtube.com/watch?v=3LdoT-XDnLk
O documentário completo de "A vida é um sopro" encontra-se no link abaixo:
Leituras diárias
domingo, 18 de maio de 2025“As
consequências da crescente desigualdade são de longo alcance e têm implicações
sociais, políticas e econômicas significativas. Altos níveis de desigualdade
podem minar a coesão social e corroer a confiança nas instituições. Também
podem levar à polarização política e ao surgimento de movimentos populistas,
pois aqueles que se sentem deixados para trás pelo sistema econômico buscam
alternativas radicais ao status quo.
A concentração de riqueza nas mãos de poucos também pode distorcer a tomada de
decisões políticas, pois indivíduos e corporações ricos são capazes de exercer
influência desproporcional sobre a política por meio de contribuições de
campanha, lobby e outras formas de engajamento político.
A
crescente desigualdade também pode ter consequências negativas para o
crescimento econômico e a estabilidade. Alguns economistas argumentaram que
altos níveis de desigualdade podem levar a níveis mais baixos de demanda
agregada, pois os ricos tendem a economizar uma proporção maior de sua renda do
que os pobres e a classe média. Isso pode criar um obstáculo ao crescimento
econômico e contribuir para o tipo de estagnação que muitas economias avançadas
têm experimentado nos últimos anos. A desigualdade também pode prejudicar a
mobilidade social, já que o acesso à educação, à saúde e a outras oportunidades
se torna cada vez mais dependente da origem familiar e da riqueza.” (Bugeja,
págs. 133 e 134).
Alex Bugeja, A history of capitalism (Uma história do capitalismo)
Essa não poderia faltar
sábado, 17 de maio de 2025Depressão
sexta-feira, 16 de maio de 2025José Saramago (1922-2010)
quinta-feira, 15 de maio de 2025Veja curto depoimento do escritor português José Saramago, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 1998 e autor de clássicos da literatura mundial como Ensaio sobre a Cegueira, A Jangada de Pedra, O Evangelho segundo Jesus Cristo, entre outros.
O vídeo encontra-se no link abaixo:
A frase do dia
quarta-feira, 14 de maio de 2025“O humor é apenas outra defesa contra o universo.”
Mel Brooks, comediante, ator e cineasta americano, citado por Goodreads.
Outras leituras
terça-feira, 13 de maio de 2025Não há dúvida de que uma escolha é uma ação consciente do indivíduo. Aqueles que dizem que um homem pode escolher o que gosta, não estão fazendo uma declaração que conflite no menor grau com o determinismo. O determinista diz tão claramente quanto qualquer um, que eu ajo da maneira como escolhi fazer. A verdadeira questão é por que eu escolho isso em vez daquilo? Por que a ‘vontade’ se pronuncia a favor de um desejo em vez de outro? Ninguém pode acreditar que todos os desejos são de igual força ou valor para uma pessoa. Tal suposição seria absurda demais para ser um argumento sério. Mas se todos os desejos não são de igual força e valor, a única conclusão que resta é que certos desejos são concretizados pelo indivíduo porque são, para este indivíduo, de maior valor do que outros. E nesse caso, estamos simplesmente reafirmando o determinismo. A ação do ambiente é condicionada pela natureza do organismo. A reação do organismo é condicionada pelo caráter do ambiente.
O resultante é um composto dos dois. É, além disso, um absurdo falar da ‘vontade’ ou do eu como se isso fosse algo à parte das várias fases da consciência. Na disputa de sentimentos e desejos que evocam deliberação, o indivíduo está igualmente envolvido em todos os aspectos do processo. Como o professor (William) James (psicólogo e filósofo americano) aponta, ‘tanto o esforço quanto a resistência são nossos, e a identificação do nosso eu com um desses fatores é uma ilusão e um truque de fala’. Meu ‘eu’ e meus estados mentais não são duas coisas distintas; eles constituem a mim mesmo, e se estes forem eliminados, não restará um ‘eu’.” (Cohen, págs. 39 e 40).
Champman Cohen (1868-1954), pensador, escritor e palestrante inglês em Determinism or Free Will? (Determinismo ou livre-arbítrio?)
Georgina de Albuquerque (1885-1962)
segunda-feira, 12 de maio de 2025Albert Camus
“É essencial que saibamos se o homem, sem a ajuda de pensamentos metafísicos ou racionalistas, pode criar seus próprios valores. A inquietação que nos preocupa pertence a toda uma época da qual não queremos nos dissociar. Sabemos que nem tudo se resume à negação e ao absurdo. Mas primeiro precisamos definir a negação e o absurdo, porque são o que a nossa geração encontrou e o que devemos levar em conta.”
Albert Camus (1913-1960), filósofo francês em Le Pessimisme et le Courage (Pessimismo e coragem), Jornal Combate, 3 de novembro de 1944, citado por John Foley em Albert Camus
Leituras diárias
domingo, 11 de maio de 2025“A
ausência de capitais restringia muito as satisfações da vida coletiva: não
havia fontes, nem pontes, nem estradas; se por alguma circunstância favorável,
construía-se alguma, à falta de conservação estragava-se ou ficava de todo
arruinada. Como não havia dinheiro, os impostos eram levados à praça, e o contratador
pagava-se em gêneros. Só as casas de misericórdia eram até certo ponto devidas
à ação incorporada. As sedes das capitanias, mesmo as mais prósperas, reduziam–se
a meros lugarejos; a gente abastada possuía prédios nas vilas, mas só os
ocupava no tempo das festas; a população permanente constava de funcionários,
mecânicos, regulares ou gente de vida pouco edificante. Ajunte-se a isto a
natural desafeição pela terra, fácil de compreender se nos transportamos às
condições dos primeiros colonos, abafados pela mata virgem, picados por insetos,
envenenados por ofídios, expostos às feras, ameaçados pelos índios, indefesos
contra os piratas, que começaram a surgir apenas souberam de alguma coisa digna
de roubar. Mesmo se sobejassem meios, não havia pendor a meter mãos a obras destinadas
aos vindouros; tratava-se de ganhar fortuna o mais depressa possível para ir
desfrutá-la no além mar. Informa-nos Gandavo que os velhos acostumados ao país
não queriam sair mais. Seriam estes seus primeiros entusiastas.” (Abreu, pág.
85).
Capistrano de Abreu (1853-1927), historiador brasileiro em Capítulos da História Colonial 1500-1800
Paulo Moura e Raphael Rabello - Tempos felizes
sábado, 10 de maio de 2025Música brasileira
Paulo Moura e Raphael Rabello
Álbum: Dois Irmãos (1992)
Música: Tempos felizes
https://www.youtube.com/watch?v=NlD1BwtSL24&list=PLrZ0alkydgYlfwb5EWw2VencRY6m3Lznl&index=6
Paulo Moura (São José do Rio Preto, 15 de julho de 1932 – Rio de Janeiro, 12 de julho de 2010) foi maestro, compositor, arranjador, saxofonista e clarinetista brasileiro de choro, samba e jazz. Moura era considerado um dos principais nomes da música instrumental do Brasil.
Rafael Baptista Rabello (Petrópolis, 31 de outubro de 1962 — Rio de Janeiro, 27 de abril de 1995) foi um violonista e compositor brasileiro, ligado ao choro e à música popular brasileira. Um virtuoso deste instrumento, ele é considerado um dos maiores violonistas brasileiros de todos os tempos, sobretudo em sua especialidade, o violão de sete cordas.
(Fonte dos textos: Wikipedia)
Todo ano é o "Ano do Rato"
sexta-feira, 9 de maio de 2025Enquanto isso, no Congresso...
quinta-feira, 8 de maio de 2025Estaria o Congresso preparando uma "festa da pizza" em relação ao julgamento dos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8/1?
JUROS A 14,75%
LEMBRA QUANDO EM 2023 O GOVERNO RECLAMAVA DOS JUROS ALTOS?
E AGORA, COM JUROS MAIS ALTOS AINDA, A 14,75%? O QUE DIZEM, LULA, HADDAD E GALÍPOLO?
ESPECULADORES, RENTISTAS, BANCOS, "APLICADORES"; TODOS AQUELES QUE GANHAM COM "JOGADAS FINANCEIRAS" ESTÃO GOSTANDO.
INDÚSTRIA, COMÉRCIO, TRABALHADORES, NÃO!
Cícero D'Ávila
Conheça mais sobre a vida e obra do artista no site Cícero D'Ávila Institucional abaixo: