"A democracia é a pior forma de governo, exceto todas as outras que têm sido tentadas de tempos em tempos." - Winston Churchill
O ator Leonardo DiCaprio acaba
de lançar o filme “Before the Flood” (Antes da enchente). O documentário, que
está disponível na internet (https://www.youtube.com/watch?v=90CkXVF-Q8M),
trata do fenômeno do aquecimento global e traz entrevistados de peso, como o
papa Francisco e o presidente Barak Obama. DiCaprio viaja por vários países, conversando
com pessoas comuns e cientistas, discutindo os principais aspectos ambientais
relacionado com as mudanças do clima.
Com a película DiCaprio quer
alertar um maior número de pessoas sobre o impacto da nossa civilização sobre o
planeta e o clima. Anteriormente, em 2006, o ex-vice presidente dos Estados
Unidos, Al Gore, havia lançado o documentário “Uma verdade inconveniente”
(2006), a primeira grande reportagem sobre o aquecimento global transformada em
filme e dirigida para um público ainda alheio ao tema.
Nestes dez anos que
transcorreram entre os dois filmes algumas coisas mudaram. Os países
oficialmente se posicionaram a favor de medidas de redução de emissões,
chegando a assinar um acordo de compromissos durante a COP21, em Paris, em
dezembro de 2015. A utilização das energias renováveis tornou-se mais comum inclusive
no Brasil, aonde o setor de energia eólica vem crescendo rapidamente e a
energia solar começa a ganhar força. Em todo o mundo, segundo dados mais
recentes, vem caindo a utilização de combustíveis fósseis em novos projetos de
geração de energia.
Ainda com relação à geração
de energia, que nos países do hemisfério Norte ocorre basicamente com a queima
de carvão mineral, a Europa vem criando leis e padrões para tornar as
construções energeticamente mais eficientes. Quase 50% da eletricidade gerada
no Velho Mundo são consumidos pelas residências e uma significativa parcela
desta energia vai para o aquecimento. Novos prédios já estão sendo construídos
com técnicas e materiais diferentes, a fim de alcançarem um melhor isolamento
térmico e reduzir o consumo de energia. Os imóveis antigos têm prazo de alguns
anos para também se adaptarem à nova legislação.
Mesmo assim, ainda há muito
por fazer para reduzirmos as emissões de gases de efeito estufa – ou pelo menos
mantê-las dentro de limites. O setor de transportes ainda é bastante poluente
devido à ineficiência energética da maioria dos motores a combustão. O carro
elétrico, por outro lado, começa a se impor em muitos países, principalmente no
Japão e nos Estados Unidos, onde o estado da Califórnia criou uma lei estabelecendo
que 15% dos carros novos devem ser elétricos.
O setor da economia que
depois do da geração de energia mais contribui com as emissões de gases é o da
agropecuária. Em suas diversas atividades a agricultura e a pecuária provocam
emissões, principalmente o dióxido de carbono (CO²), metano (CH4) e óxido
nitroso (N²O). Preparação e adubação do solo e a ruminação e digestão dos
bovinos, são os principais geradores desses gases.
Novas maneiras de consumir,
novos produtos, novos serviços; enfim, um novo modo de vida necessariamente
deverá impor-se. Mas estas mudanças virão devagar, já que todo o sistema de
produção também precisará adaptar-se a essa nova economia de baixo carbono. Ainda
haverá muita resistência, principalmente das empresas, que tentarão protelar
investimentos para substituir tecnologias que se tornam obsoletas.
(Imagens: gravuras de Oswaldo Goeldi)
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