"Pergunta: O que é fácil e o que é difícil? Resposta: Formular perguntas como esta é fácil; respondê-las é difícil."
(G. C. Lichtenberg)
Esperando os investimentos e o crescimento
(ou será “esperando Godot”?)
Há quanto tempo estamos parados? Há quase sete anos, desde 2014! O número de desempregados não diminui significativamente e aumentam os subempregos – forma-se a classe do precariado – afora os milhões de profissionais que estão na total informalidade.
Nunca estivemos numa situação como esta. Dirão alguns que a crise é mundial, que o processo também acontece nos países desenvolvidos e, com mais força ainda, nos países menos desenvolvidos do que o Brasil. Fato é que nos países desenvolvidos, afora os Estados Unidos, o cidadão tem uma malha de proteção mais eficiente do que no Brasil.
Por aqui, a proteção que o trabalhador tem – ou tinha – está sendo eliminada, sob o argumento de que seu custo era muito alto para o patrão e o Estado. O principal mecanismo de proteção social do cidadão pobre – a última barreira contra a miséria total –, o Bolsa Família, foi implantado por um governo agora execrado como sendo “totalmente corrupto e esquerdista”.
Fato é que depois de tantas reformas – Teto de Gastos, Reforma Trabalhista, Reforma da Previdência – ainda se argumenta de que são necessárias as reformas Fiscal e a Administrativa. Mas quando voltarão o crescimento e os empregos? Teremos mais uma década perdida, como as de 1980 e 2010?
O quadro real é que o país continua parado, há anos. As promessas não foram cumpridas. Bolsa em alta, juros em baixa, adiantam pouco ou quase nada. O que gera crescimento, empregos, melhoria dos serviços públicos (ainda públicos!), consumo e bem estar social são investimentos.
Onde estão os investimentos? Quanto tempo se planeja esperar e manter o país em hibernação?
(Imagem: gravura representando G. C. Lichtenberg)
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