“No
que diz respeito a conspirações e segredos, a experiência (inclusive histórica)
nos diz que: (i) se existe um segredo, mesmo que seja de uma única pessoa, esta
mesma pessoa vai revelá-lo mais cedo ou mais tarde, talvez na cama com um
amante (somente os maçons ingênuos ou os seguidores de algum rito templário
fajuto ainda acreditam que existem segredos que nunca forma revelados); (ii) se
existe um segredo, haverá sempre uma soma de dinheiro capaz de convencer alguém
a revelá-lo (bastaram algumas centenas de milhares de esterlinas em direitos
autorais para convencer um oficial do exército inglês a contar tudo o que tinha
feito na cama com a princesa Diana e se tivesse feito o mesmo com a sogra,
bastaria dobrar a quantia para que um gentlemen
do tipo contasse tudo).” (Eco, pág.119)
Humberto
Eco, Pape Satàn Aleppe, Crônicas de uma
sociedade líquida
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