“A
sabedoria é verdadeiramente um ideal ao qual se tende sem esperar chegar a ele,
salvo talvez no epicurismo. O único estado normalmente acessível ao homem é a
filo-sofia, isto é, o amor à sabedoria, o progresso em direção à sabedoria.
Portanto, os exercícios espirituais deverão sempre ser retomados num esforço
sempre renovado.
O
filósofo vive assim num estado intermediário: não é sábio, mas não é não sábio.
Ele está, pois, constantemente cindido entre a vida não filosófica e a vida
filosófica, entre o domínio do habitual e do cotidiano e o domínio da
consciência e da lucidez.” (Hadot, pág. 58)
Pierre Hadot, Exercícios espirituais e filosofia antiga
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