“Aqui,
mais uma vez, Freud insiste na irreparável cisão entre ciência e religião: as
doutrinas religiosas ‘não são uma materialização da experiência ou o resultado
final do pensamento. São ilusões que satisfazem os mais antigos, poderosos e
urgentes desejos da humanidade. O segredo de sua força é a força destes
desejos.’ A religião, em suma, é a mãe, o campeão e o beneficiário das ilusões.
Rejeitar seus benefícios espúrios é, portanto, rejeitar a religião em si mesma.
Freud não via alternativa, não admitia concessões." (Gay, pág. 72)
Peter Gay, Um judeu sem Deus – Freud, ateísmo e a construção da psicanálise
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