Paulo Francis (1930-1997)

domingo, 24 de julho de 2022

 


Paulo Francis (1930-1997) é o pseudônimo de Franz Paul Trannin da Matta Heilborn. Foi um jornalista, crítico de literatura e arte e escritor brasileiro. O livro “Diário da Corte”, conjunto de escritos de Francis, esteve na lista dos livros mais vendidos em 2012. Nasceu no Rio de Janeiro e era descendente de família alemã. Estudou no colégio São Bento e no Colégio Santo Inácio. Nos anos 50, frequentou a Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil. Participou do Centro Popular de Cultura da UNE, onde atuou como amador. Fez curso de pós-graduação em literatura dramática na Universidade de Colúmbia, em Nova York, onde foi aluno de Eric Bentley.

De volta ao Brasil, foi trabalhar no jornal Diário Carioca como crítico de teatro. A partir daí, Francis criou uma nova forma de escrever crítica, através de uma análise mais fria e objetiva, mas também com opiniões bastante pessoais.

Francis envolveu-se com as ideias dos intelectuais de esquerda dos anos 60. Era simpatizante do movimento trotskista. O grande destaque da carreira de Francis como crítico foi no jornal O Pasquim, dos anos 60 aos 70. Em 1971, foi morar em Nova York, onde se tornou correspondente do Pasquim e da Folha de São Paulo. Escreveu os romances, "Cabeça de Papel” (1977) e “Cabeça de Negro” (1979), porém não obteve sucesso. A partir dos anos 80, Francis deu uma guinada ideológica à direita, criticando os políticos do PT, combatendo o governo Sarney e aderindo às ideias conservadoras e neoliberais. No início dos anos 1980 também escreveu "O Afeto Que Se Encerra", livro de memórias, tratando de sua infância, juventude, formação cultural e experiência política. 

Atuou durante muito tempo como comentarista de cultura da TV Globo a partir da década de 80. Tornou-se comentarista do canal GNT no programa Manhattan Connection, nos anos 90. Sua última polêmica foi quando acusou a Petrobrás, estatal brasileira, de manter 50 milhões de dólares em contas na Suíça através dos diretores da empresa e foi processado pela estatal. Paulo Francis faleceu de ataque cardíaco, em Nova York, no dia 4 de fevereiro de 1997. Seus restos mortais encontram-se sepultados no cemitério São João Batista no Rio de Janeiro.

 

Frases de Paulo Francis

 

Não levo ninguém a sério o bastante para odiá-lo”;

A ignorância é a maior multinacional do mundo.”;

“Talvez o Brasil já tenha acabado e a gente não tenha se dado conta disso.”;

“Não há quem não cometa erros, e grandes homens cometem grandes erros.”;

“Quem não lê não pensa...E quem não pensa será sempre um servo.”;

“Qualquer pessoa inteligente é contraditória.”


 

(Fonte do texto: Profa. Dilva Frazão em ebiografia e outras)

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