Carlos Heitor Cony
(1926-2018) foi um jornalista e escritor brasileiro de destaque. Nasceu no Rio
de Janeiro no dia 14 de março de 1926. Entra para o Seminário Arquidiocesano de
São José, onde é premiado entre os melhores alunos no fim do ano letivo. Anos
mais tarde, se inscreve no curso de Letras da Faculdade Nacional de Filosofia,
mas não termina o curso. Ajudando o pai no Jornal do Brasil em 1946, torna-se
redator da Gazeta de Notícias no ano seguinte.
Em
1963 lança, com outros autores (Guimarães Rosa, Otto Lara Resende, Lygia
Fagundes Telles, José Condé, Guilherme Figueiredo e Mário Donato), Os Sete Pecados Capitais. E, no mesmo
ano, passa a escrever na página diária de Opinião da Folha de S. Paulo,
revezando com Cecília Meireles.
Na
década de 80 começa a dirigir a revista Fatos e Fotos, acompanha o Papa
João Paulo II na sua visita ao Brasil e torna-se o superintendente da
teledramaturgia da Rede Manchete. Na década de 90 volta a colaborar com a
Folha de S. Paulo e acompanha novamente a visita do Papa João Paulo II. Em
1996 ganha o prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras, pelo
conjunto da sua obra, e o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro,
com Quase Memória.
No
ano seguinte (1997), ganha o prêmio Nacional Nestlé de Literatura. O mesmo é
obtido com o romance O Piano e a
Orquestra, na categoria de "autor consagrado". Ainda em 1997
lança A Casa do Poeta Trágico, o
qual é eleito o livro do ano, ganhando o prêmio Jabuti. Em 2000, entra para a
Academia Brasileira de Letras, onde ocupa a cadeira nº 3. No mesmo ano ganha
novamente o prêmio Jabuti com Romance
Sem Palavras.
É autor
de romances (Quase memória; Informação ao Crucificado; Pilatos; A morte e a vida; Pessach: A Travessia; entre outros),
contos (Babilônia; O Burguês e o Crime e outros contos), crônicas
(Tudo ou nada; Para ler na Escola) e ensaios biográficos.
Frases
de Carlos Heitor Cony
"Nostalgia é saudade do que vivi, melancolia
é saudade do que não vivi.";
"O homem não pode trair o escritor, mas o
escritor deve sempre trair o homem. Quando
assume a condição de escritor, ele deve ficar acima do homem.";
"O macaco melhorou ou foi o homem que piorou?";
"As cabeças jovens foram feitas para bater de
encontro a paredes. Quase todas conseguem sobreviver.";
“Deixei de acreditar em Deus no dia em
que vi o Brasil perder a Copa do Mundo no Maracanã”;
"Biquínis e mensagens devem ser curtos para
aguçar o interesse e longos o suficiente para cobrir o objeto.";
“Vivo como posso, e posso muito porque tenho
ideias."
(Fontes: Profa. Márcia Fernandes em Toda Matéria e outras)
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