“Os
sintomas da crise são muitos, mas entre eles destacam-se três tendências de
longo prazo nas trajetórias dos países capitalistas ricos, altamente industrializados
– ou melhor, cada vez mais desindustrializados. O primeiro é um declínio persistente
na taxa de crescimento econômico, recentemente agravado pelos acontecimentos de
2008. O segundo, associado ao primeiro, é um aumento igualmente persistente do
endividamento global nos principais estados capitalistas, onde governos,
famílias, empresas não-financeiras, bem como as financeiras, continuaram, ao
longo de quarenta anos, a acumular obrigações financeiras. Terceiro, a
desigualdade econômica, tanto de rendimento como de riqueza, tem aumentado há
várias décadas, juntamente com o aumento da dívida e o declínio do crescimento.”
(Streeck, pág. 52)
Wolfgang Streeck, Como acabará o capitalismo – Ensaios sobre um sistema em falência (Original inglês How will capitalism end? Essays on a failing system)
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