"Em muitas coisas importantes, coisas que tiveram ali sua primeira expressão, os florentinos constituem um modelo não só para os italianos como também para os europeus modernos de modo geral; o mesmo pode-se dizer de seus aspectos mais sombrios." - Jacob Burckhardt - A cultura do Renascimento na Itália
Um simpósio internacional sobre recifes de corais, contando com a participação de mais de dois mil cientistas, chegou a algumas conclusões preocupantes sobre o futuro deste ecossistema. Reunidos em Queensland, na Austrália, especialistas concluíram que a continuar o ritmo de poluição das águas marinhas, estas imensas colônias de microorganismos poderão desaparecer no espaço de uma geração.
Os recifes de coral têm uma grande importância para a manutenção da vida nos oceanos. Povoados por diversas espécies de organismos; desde os unicelulares, até peixes de todos os tipos, tartarugas e cetáceos, os recifes de coral são considerados ilhas de abundância na paisagem relativamente monótona dos mares. Em suas encostas as espécies vivas se estabelecem para viver, se alimentar e procriar, deslocando-se muitas vezes por centenas de quilômetros para alcançar o recife.
A atividade humana gera substâncias que carregadas para o mar alteram as condições químicas do oceano. Efluentes domésticos, industriais e adubos agrícolas estão aumentando o volume de nutrientes nas águas marinhas, dificultando a sobrevivência dos corais. Outro aspecto é que os corais só conseguem sobreviver dentro de uma faixa muito estreita de temperatura (23 a 25 graus); acima ou abaixo destes parâmetros começam a apresentar problemas de crescimento e em casos extremos morrem.
O principal fator de risco para os bancos de corais, no entanto, é causado pelo aumento da acidificação das águas do mar. O processo se dá da seguinte maneira: com nossas atividades econômicas emitimos quantidades cada vez maiores de gás carbônico (CO²) para a atmosfera. Este gás misturando-se à água do mar aumenta sua acidez, o que dificulta a formação de carapaças e estruturas à base de carbonato de cálcio, caso dos esqueletos de corais e moluscos.
Este acontecimento já tem e terá consequências para toda a biodiversidade dos oceanos e atividades econômicas ligadas aos mares. Cientistas preveem que atividades de pesca ligadas aos bancos de corais terão uma queda significativa, afetando milhões de pessoas. Da mesma forma a indústria turística que depende dos recifes nos Estados Unidos, Austrália e Japão, será seriamente afetada.
Fica cada vez mais evidente que o eventual desaparecimento deste rico ecossistema pode ser causado pelas atividades humanas - as emissões atmosféricas geradoras do aquecimento global. É de estranhar, portanto, que em tempos mais recentes tenha aumentado o número de vozes negando a existência das mudanças climáticas, baseando-se em interpretações tendenciosas de fatos científicos.
Isto dá o que pensar, ainda mais quando um pesquisador de Harvard anunciou recentemente que a era do petróleo não terminou e de que aumentarão as descobertas de novas reservas do combustível. A mensagem que aparentemente se quer transmitir é: a) a humanidade não pode absolutamente influir no clima da Terra; b) a queima de combustíveis não contribui para as mudanças climáticas; e c) como consequência, podemos manter nossa economia baseada na queima dos derivados de petróleo.
Os recifes de coral têm uma grande importância para a manutenção da vida nos oceanos. Povoados por diversas espécies de organismos; desde os unicelulares, até peixes de todos os tipos, tartarugas e cetáceos, os recifes de coral são considerados ilhas de abundância na paisagem relativamente monótona dos mares. Em suas encostas as espécies vivas se estabelecem para viver, se alimentar e procriar, deslocando-se muitas vezes por centenas de quilômetros para alcançar o recife.
A atividade humana gera substâncias que carregadas para o mar alteram as condições químicas do oceano. Efluentes domésticos, industriais e adubos agrícolas estão aumentando o volume de nutrientes nas águas marinhas, dificultando a sobrevivência dos corais. Outro aspecto é que os corais só conseguem sobreviver dentro de uma faixa muito estreita de temperatura (23 a 25 graus); acima ou abaixo destes parâmetros começam a apresentar problemas de crescimento e em casos extremos morrem.
O principal fator de risco para os bancos de corais, no entanto, é causado pelo aumento da acidificação das águas do mar. O processo se dá da seguinte maneira: com nossas atividades econômicas emitimos quantidades cada vez maiores de gás carbônico (CO²) para a atmosfera. Este gás misturando-se à água do mar aumenta sua acidez, o que dificulta a formação de carapaças e estruturas à base de carbonato de cálcio, caso dos esqueletos de corais e moluscos.
Este acontecimento já tem e terá consequências para toda a biodiversidade dos oceanos e atividades econômicas ligadas aos mares. Cientistas preveem que atividades de pesca ligadas aos bancos de corais terão uma queda significativa, afetando milhões de pessoas. Da mesma forma a indústria turística que depende dos recifes nos Estados Unidos, Austrália e Japão, será seriamente afetada.
Fica cada vez mais evidente que o eventual desaparecimento deste rico ecossistema pode ser causado pelas atividades humanas - as emissões atmosféricas geradoras do aquecimento global. É de estranhar, portanto, que em tempos mais recentes tenha aumentado o número de vozes negando a existência das mudanças climáticas, baseando-se em interpretações tendenciosas de fatos científicos.
Isto dá o que pensar, ainda mais quando um pesquisador de Harvard anunciou recentemente que a era do petróleo não terminou e de que aumentarão as descobertas de novas reservas do combustível. A mensagem que aparentemente se quer transmitir é: a) a humanidade não pode absolutamente influir no clima da Terra; b) a queima de combustíveis não contribui para as mudanças climáticas; e c) como consequência, podemos manter nossa economia baseada na queima dos derivados de petróleo.
A quem será que interessa tal mensagem? Talvez o próximo passo será dizer que o excesso de produção e consumo também não têm significativo impacto ambiental.
(Imagem: fotografia de Marc Riboud)
(Imagem: fotografia de Marc Riboud)
0 comments:
Postar um comentário