"A filosofia triunfa sem dificuldades sobre os males passados e futuros: mas os males presentes levam a melhor sobre a filosofia." - La Rochefoucauld - Máximas e Reflexões
Ainda estamos longe de enxergarmos o animal
como semelhante nosso. Mas a maioria dos países já tem leis protegendo os
animais de sofrimentos desnecessários enquanto que a UNESCO (Organização das
Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) lançou em 1978 a Declaração Universal
dos Direitos dos Animais, cujos principais pontos são:
- Todos os animais têm o mesmo direito à
vida;
- Todos os animais têm direito ao respeito e
à proteção do homem;
- Nenhum animal deve ser maltratado;
- Todos os animais selvagens têm o direito de
viverem livres em seu habitat;
- O animal que o homem escolheu para seu
companheiro não deve nunca ser abandonado;
- Nenhum animal deve ser usado em
experiências que lhe causem dor;
- Todo ato que põe em risco a vida de um
animal é um crime contra a vida;
- A poluição e a destruição do meio ambiente
são consideradas crimes contra os animais;
- Os direitos dos animais devem ser
defendidos por lei;
- O homem deve ser educado desde a infância
para observar, respeitar e compreender os animais.
Será difícil que o mundo inteiro venha a
viver sem se alimentar da carne dos animais e o vegetarianismo é costume
alimentar que não agrada a todos. Todavia, é possível que sejam introduzidos
métodos mais humanos – e mais civilizados – de criação e de abate de animais.
Em 2009 o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) assinou um Termo
de Cooperação com a Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) introduzindo no
Brasil o Programa de Abate Humanitário - STEPS, que tem como objetivo capacitar
os produtores brasileiros a criar, transportar e abater os animais, levando em
consideração seu bem-estar, de acordo com as normas da Organização Mundial de
Saúde Animal (OIE). A WSPA também defende a produção animal com métodos
humanitários, reproduzindo condições próximas daquelas encontradas em ambiente
natural.
A tendência mundial é que os consumidores
evitem se alimentar de carnes de animais que tenham sido submetidos ao
sofrimento durante a vida e no abate. O Brasil como grande produtor e
exportador de carnes precisa adotar estas técnicas humanitárias de criação e
abate.
(Imagens: fotografias de Mitch Epstein)
0 comments:
Postar um comentário