Reuniram-se em Hyderabad, na Índia, representantes de 192 países mais a União Européia, para a 11ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica, chamada de COP-11. O objetivo principal do encontro foi discutir e acordar um plano estratégico para reverter o processo de destruição de ecossistemas e a perda da biodiversidade em todo o planeta. A velocidade do desaparecimento de espécies é cada vez mais rápida, o que deverá provocar um número cada vez maior de impactos no clima, na agricultura, na pesca e no próprio fornecimento de recursos naturais para a economia mundial.
A situação da biodiversidade em todo o mundo só está piorando. Os países, em sua grande maioria, pouco ou nada investem na proteção dos recursos naturais. Mesmo entre aqueles que criam novas áreas de proteção, são poucos os que destinam recursos para uma efetiva gestão - caso de muitas áreas de proteção permanente (APPs) no Brasil, sem qualquer tipo de controle. Em todo o mundo a perda da biodiversidade já é tão grande, que segundo o Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA) metade dos pântanos em todo o planeta desapareceram no século XX - 20% das áreas entre 1980 e 2011.
Chegaremos inevitavelmente a um ponto em que quase não
haverá mais ecossistemas naturais; em que as espécies terão sido em parte
dizimadas. Então precisaremos desenvolver tecnologias que substituirão os
serviços ambientais que eram proporcionados por estes sistemas naturais. No
entanto, os custos destas tecnologias - ou até sua efetividade - ainda são
desconhecidos em parte. Além disso, existe o aspecto moral: nossa espécie não
tem o direito de, mesmo a título de sobrevivência, destruir grande parte das
outras espécies vivas. Ainda temos tempo, se todos os países contribuírem, para
evitar que os serviços ambientais se tornem cada vez mais caros. Mas já sabemos que com a crise econômica mundial poucos governos contribuirão com esse fundo de preservação da biodiversidade.
(Imagens: fotografias de Josef Breitenbach)
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