O filme KOYAANISQATSI é uma das melhores visões do funcionamento do capitalismo industrial como era na década de 1980 e em grande parte ainda é hoje. As imagens combinam com a música de Philip Glass e mostram diversos aspectos da nossa sociedade, muitas vezes criticamente.
A película, no entanto, não apresenta diálogos ou narrativas. O artifício utilizado pelos produtores é apresentar uma seqüência de imagens, associadas a um fundo musical, desenvolvido especialmente para o documentário.
O filme começa mostrando o ambiente natural, onde o ser humano não está presente: vales e rios selvagens, nuvens e grandes planícies desertas. Aos poucos a câmera começa a se aproximar “da casa do homem”: minas a céu aberto, grandes campos cultivados, usinas hidrelétricas. A partir daí, através das rodovias, o filme passa a mostrar o ambiente urbano. Diversos aspectos da vida na cidade, como o tráfego durante várias horas do dia e da noite, jogos de luz nas fachadas dos prédios, as estações do metrô, a bilheteria de um jogo de futebol americano... O filme apresenta diferentes ângulos das grandes avenidas.
O passo seguinte é mostrar o interior daquele complexo sistema que chamamos de cidades: as linhas de produção de automóveis, de alimentos, restaurantes, lojas de departamentos, bares, parques de diversões. Tudo ao som da música eletrônica, tocada ao ritmo das imagens em movimento.
Por fim, o filme mostra o lançamento da nave Discovery, com a cena da explosão que vitima todos os tripulantes. Em seguida, a câmera volta às imagens iniciais do filme: pinturas rupestres dos indígenas americanos. Ao final, é explicado o significado do título do filme, “Koyaanisqatsi”: em língua hopi quer dizer confusão, fora de lugar, sem equilíbrio, aquilo que não pode acabar bem.
Filme: KOYAANISQATSI
Direção: Godfrey Reggio e Francis Ford Coppola
Tema: documentário sobre a sociedade industrial
País: Estados Unidos, 1983
Duração: 87 minutos
Música original: Philip Glass
Link: https://www.youtube.com/watch?v=i4MXPIpj5sA
(Imagem: pintura de Abraham Palatnik)
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