“Começa
a parecer que o homem moderno não consegue mais encontrar seu heroísmo na vida
cotidiana, como o faziam os homens nas sociedades tradicionais, ao cumprirem
simplesmente seu dever diário de criar filhos, trabalhar e participar de um
culto religioso. Ele precisa de revoluções e guerras e de revoluções ‘contínuas’,
que durem quando terminarem as revoluções e as guerras. Este é o preço que o
homem moderno paga pelo eclipse da dimensão do sagrado. Quando ele destronou as
ideias de alma e de Deus, foi atirado inapelavelmente de volta aos seus
próprios recursos, a si mesmo e aos poucos seres humanos que o cercam.”
(Becker, pg. 189)
Ernest Becker, A negação da morte
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