“E
também não penso que existe um minúsculo eu ou você dentro dos respectivos
cérebros, passando pela experiência. Não há homúnculo, nem homúnculo dentro de
homúnculo, nem a regressão infinita da lenda filosófica. O fato inegável,
porém, é que tudo isso acontece como
se existisse ou um teatro ou uma enorme tela de cinema, e como se existisse um eu ou um você na plateia. É perfeitamente
aceitável chamar isso de ilusão, desde que reconheçamos que existem firmes
processos biológicos por trás disso e que podemos usá-los para esboçar uma
explicação para o fenômeno.” (Damásio, pág. 169)
Antonio Damásio, A estranha ordem das coisas – As origens biológicas dos sentimentos e da cultura
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