Menotti Del Picchia
(1892-1988) foi um poeta, romancista, ensaísta, cronista, jornalista, advogado e
político brasileiro. Nasceu na cidade São Paulo, filho do jornalista Luigi Del
Picchia e de Corina Del Corso, imigrantes italianos. Com cinco anos de idade
mudou-se para a cidade de Itapira, interior de São Paulo, onde foi aluno
de Jacomo Stávale. Fez seus estudos ginasiais no
Colégio São José, em Pouso Alegre, Minas Gerais. De volta a São
Paulo, em 1909 ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Em
1913 concluiu o curso de Direito e publicou seu primeiro livro “Poemas do
Vício e da Virtude”. No ano seguinte voltou para Itapira, onde trabalhou como
advogado e dirigiu os jornais, “Diario de Itapira” e “O Grito!”.
Em
1917, publica o livro “Juca Mulato” (1917), longo poema onde retrata uma
temática nacionalista através da figura pacata e resignada do caboclo. A obra
levou o autor ao reconhecimento nacional. Neste período, Menotti passa a
colaborar com vários jornais, entre os quais “Correio Paulistano”, “Jornal do Comércio” e “Diário da Noite”.
Menotti
Del Picchia foi um dos articuladores, ativistas e colaboradores da Semana de
Arte Moderna, que ocorreu em São Paulo, entre 13 e 18 de fevereiro de 1922.
Redator do Correio Paulistano, pôs a sua coluna à disposição dos interesses
revolucionários de 22. O autor abriu a segunda noite a mais importante e a mais
tumultuada da Semana, com uma conferência em que era negada a filiação do grupo
modernista ao futurismo de Marinetti, mas defendia a integração da poesia com
os tempos modernos, a liberdade de criação e, ao mesmo tempo a criação de uma
arte genuinamente brasileira.
Em
1924 criou, com Cassiano Ricardo e Plínio
Salgado, o Movimento
Verdamarelo, de tendência nacionalista.
Publicou vários romances, entre eles “Lama e Argila”, “O Homem e a Morte”, “Republica
3 000” e “Salomé”, além de livros de ensaios e de crônicas. Em 1933,
convidado por Assis Chateaubriand, assumiu a direção do jornal Diário da Noite.
Em
1938 foi indicado pelo governador Ademar de Barros, para a direção do Serviço
de Publicidade e Propaganda do Estado de São Paulo. Em 1942, passou a
dirigir o jornal “A Noite”. Em 1943, foi nomeado para a cadeira n.º 28 da
Academia Brasileira de Letras.
Entre
os anos de 1926 e 1962, Menotti ocupou os cargos de deputado estadual em duas
legislaturas e federal em três legislaturas, ambos pelo Estado de São Paulo. Em
1960 recebeu o Prêmio Jabuti de Poesia. Em 1968 foi agraciado com o título de
Intelectual do Ano. Em 1987, foi inaugurada em Itapira, a Casa Menotti Del
Picchia, para preservação do seu acervo. Entre suas principais obras estão: “Do
Vício e da Virtude” (1913); “Moisés” (1917); “Juca Mulato” (1917);
“Angústia de D. João” (1922); “Chuva de Pedra” (1925); “O Amor de
Dulcineia” (1926); “República dos Estados Unidos do Brasil” (1928); “A
República 3000” (1930); “Salomé” (1930); “Kalum o Sargento” (1936);
“Kammunká” (1938); “Dente de Ouro” (1946); “Deus Sem Rosto” (1967),
entre outras.
Menotti
Del Picchia casou-se em 1912 com Francisca Avelina da Cunha Salles, com quem
teve sete filhos. Em 1934 passa viver com a pianista Antonieta Rudge, por mais
34 anos. Menotti Del Picchia faleceu em São Paulo, no dia 23 de agosto de 1988.
Frases
de Menotti Del Picchia
“Não
é louco quem corre atrás de uma esperança, porque a esperança é o fim de nossa
própria vida.”;
“Esta
vida é um punhal de dois gumes fatais: não amar é sofrer; amar é sofrer mais.”;
“O
Corinthians é um fenômeno sociológico a ser estudado em profundidade.”;
“O
coração da gente é como uma casa que não pode ficar vazia.”;
“A
alegria dos outros somente é suportável quando a ela podemos somar um pouco da
nossa.”;
“Deus
está dentro de toda imaginação que cria e que crê”.
(Fontes do texto: eBiografia Dilva Frazão, Wikipedia, Pensador, Academia Brasileira de Letras, Citações)
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