Josué de Sousa Montello nasceu em São Luís do Maranhão,
MA, em 21 de agosto de 1917, e faleceu no Rio de Janeiro em 15 de março de
2006. Era filho de Antônio Bernardo Montello e Mância de Sousa Montello. Iniciou
seus estudos em São Luís do Maranhão, publicando os seus primeiros trabalhos
literários em A Mocidade, periódico do Liceu Maranhense, onde cursou o
ginásio.
Em
1932 passa a integrar a Sociedade Literária Cenáculo Graça Aranha, na qual se
congregaram os escritores do Maranhão de filiação modernista. Até 1936,
colabora nos principais jornais maranhenses. Muda-se, a seguir, para Belém do
Pará, onde é eleito, aos 18 anos, membro efetivo do Instituto Histórico e
Geográfico do Pará. No fim de 1936 transferiu-se para o Rio de Janeiro,
passando a fazer parte do grupo que funda o semanário de literatura Dom
Casmurro. No mesmo período, colabora em outras publicações, como Careta, O
Malho e Ilustração Brasileira, além de jornais diários.
Publica
o primeiro romance, Janelas fechadas, em 1941. Seis anos mais tarde é
nomeado diretor-geral da Biblioteca Nacional, exercendo também a direção do
Serviço Nacional do Teatro. Em 1953, a convite do Itamaraty, inaugurou e regeu
por dois anos a cátedra de Estudos Brasileiros da Universidade Nacional Mayor
de San Marcos, em Lima, no Peru.
A partir de 1954, tornou-se colaborador permanente do Jornal do Brasil, no
qual manteve uma coluna semanal até 1990. Também foi colaborador da revista Manchete.
Novamente
convidado pelo Itamaraty, regeu, em 1957, a cátedra de Estudos Brasileiros na
Universidade de Lisboa, e, em 1958, na Universidade de Madri. Entre 1969 e
1970, ocupou o cargo de conselheiro cultural da Embaixada do Brasil em Paris, e
de 1985 a 1989 foi embaixador do Brasil junto à Unesco. De janeiro de 1994 a dezembro
de 1995, ocupou a presidência da Academia Brasileira de Letras. Foi membro de
incontáveis academias e instituições culturais no Brasil e no Exterior.
As
obras de Montello foram traduzidas para o inglês, francês, espanhol, alemão e
seco. Algumas de suas novelas foram roteirizadas para o cinema; em 1976, Uma
tarde, outra tarde recebeu o título de O amor aos 40; e, em
1978, O monstro, foi filmado como O monstro de Santa Teresa. Seus
livros mais importantes são: A Luz da Estrela Morta, A Mulher Proibida, Aleluia,
Antes Que Os Pássaros Acordem, Cais da Sagração, Noite Sobre Alcântara, O Baile
da Despedida, Os Tambores de São Luís, A Viagem sem Regresso, Janelas Fechadas,
O Fio da Meada, Os Degraus do Paraíso, Os Inimigos de Machado de Assis.
Frases
de Josué Montello:
“Quem
tem saudades nunca está só.”;
“O
tempo é um salteador de estradas que nos leva
todas as ilusões.”;
“Um
homem de bem, quando não pode mais honrar os compromissos que assumiu, manda em
seu lugar o atestado de óbito.”;
“A
gente precisa estar informada sobre tudo, papai. Para isso é que existem os
livros. Sem esses rebeldes, o mundo não progredia. Eles vão na frente, abrindo
o caminho.”;
“Ele
começou a reconhecer que, mais difícil do que viver, é saber encerrar
harmoniosamente a vida, sem azedumes nem resmungos, em paz com o mundo que
ficaria para trás”;
“Pode-se
dizer, sem receio de erro, que a utopia é consubstancial à condição humana. Ninguém
realiza sem sonhar.”.
(Fontes consultadas: Academia Brasileira de Letras, Wikipedia, Livronautas, Pensador, Goodreads, Ditador ditos e dizeres)
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