Fernando Pedreira (Rio de
Janeiro, 3 de março de 1926 - Petrópolis, 21 de abril de 2020) foi um jornalista e escritor brasileiro.
Frequentou o curso de Direito da Faculdade Nacional de Direito (atual Universidade Federal do Rio de
Janeiro), porém abandonou o curso no último ano.
Foi
militante da União Nacional dos Estudantes (UNE)
entre as décadas de 1940 e 1950 junto com Roberto Herbster Gusmão e foi membro
do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Rompeu
com os ideais comunistas em 1956, após a Revolução Húngara ter sido suprimido
pela União Soviética.
Iniciou
sua carreira no jornalismo no jornal “Diário de S. Paulo”, do qual depois se transferiu
para o “Ultima Hora”. Estava em Brasília,
no dia do golpe militar (1 de abril de 1964). Em 1965 estudou como intercambista na Universidade de Columbia nos Estados
Unidos.
Entre
os anos de 1971 e 1977 foi diretor-geral do jornal paulista “O Estado de S. Paulo”. Boa parte de
sua gestão foi marcada pela censura imposta pela ditadura militar brasileira (1964-1985).
Como protesto, no lugar das partes censuradas do jornal colocava grandes
trechos de “Os Lusíadas” de Luís de Camões, para o público perceber
que o jornal foi censurado. Sempre posicionou-se contra a prisão dos
jornalistas presos pelo regime.
Em
1977, decidiu voltar ao Rio de
Janeiro e para isso demitiu-se do” Estadão”. Após, sua volta para o Rio,
trabalhou como diretor do “Jornal do
Brasil”. Trabalhou também para a “Veja” e para “O Globo”.
Em 1995, a convite do então
presidente Fernando Henrique Cardoso, assumiu o cargo
de Representante Permanente do Brasil junto à Organização
das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco),
em Paris,
permanecendo no cargo até 1999.
Foi
casado com Monique Duvernoy por 48 anos e faleceu em Petrópolis em 2020.
Entre
seus livros, estão: América, Mito e
Violência (1968); A Liberdade e
a Ostra (1976); Impávido Colosso (1982);
O Quebra-Cabeças (1998); Um Cavalo de Chinelos (1999); Summa cum laude: um ensaio sobre o sentido
do século (1999). Em 2016, lançou seu livro de memórias, intitulado Entre a lagoa e o mar lançado pela
editora Bem-Te-Vi.
Frases de Fernando Pedreira
“Num pais ainda tão pobre, entre massas
inumeráveis de uma população frequentemente miserável, criaram-se ilhas
fabulosamente ricas, fortemente protegidas nos seus privilégios e vantagens
consagrados em lei: burocracias estatais, cartórios profissionais, oligopólios
industriais, reservas de mercado.” (Artigo A grande vilania, publicado no
jornal O Estado de São Paulo em 4/09/1988);
“Sou um tímido, sempre serei. Escondi-me por
trás da palavra escrita. Suo muito nas palmas das mãos, demais. Muitas vezes,
antes de dar a mão a um interlocutor, um recém-chegado, tento enxugá-la
disfarçadamente nas calças, ou na aba do paletó, para ocultar o vexame; às
vezes, emudeço, já não sei o que dizer; me torço e retorço por dentro, sem
motivo nenhum”. (Trecho do livro de Fernando Pedreira Entre a Lagoa e o Mar – Reminiscências)
(Fontes: Wikipedia; Site do Jornal Opção; Site do Senado; Jornal O Estado de São Paulo)
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