“A
alienação como perda do sentido autêntico da existência está presente também
nas sociedades ocidentais e se encontra tanto na esfera da produção quanto na
esfera do consumo. No primeiro caso, a alienação se apresenta sob a forma de
consumismo, que, como já dissemos, impede que o homem, com pequenas satisfações
superficiais, vivencie de forma autêntica e concreta a própria personalidade. No
segundo caso, a alienação é encontrada quando o trabalho é organizado de modo a
“maximizar” apenas seus frutos e proventos e não há a preocupação de que o
trabalhador, por meio do próprio trabalho, se realize em grande ou pequena
escala como homem, à medida que cresça sua participação em uma autêntica comunidade
solidária, ou cresça seu isolamento em um conjunto de relações de competitividade
exasperada e estranhamento recíproco, no qual ele é considerado apenas como um
meio, e não como um fim.” (De Masi, pág. 85)
Domenico de Masi, O trabalho no século XXI: Fadiga, ócio e criatividade na sociedade pós-industrial
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