Adonias
Aguiar Filho era filho de Adonias
Aguiar e de Rachel Bastos de Aguiar, e nasceu em 27 de novembro de 1915 na
Fazenda São João, em Itajuípe, antigo Pirangi, vila que pertencia ao município
de Ilhéus,
no sul da Bahia. Faleceu no Rio de Janeiro em 2 de
agosto de 1990. Foi jornalista, crítico literário, ensaísta e romancista da
terceira fase do modernismo.
Adonias
Filho passou parte da infância na fazenda do pai e, ao chegar à idade escolar
mudou-se com a família para Ilhéus, onde cursou o ensino primário no Ateneu
Fernando Caldas. Em 1928 matriculou-se no internato do Ginásio Ipiranga,
em Salvador,
para cursar o nível secundário, no qual era contemporâneo de Jorge Amado.
Em 1929 interrompeu os estudos e voltou à fazenda do pai. Nessa época
dedicou-se à leitura de Camilo Castelo Branco, Joaquim Manuel de Macedo e José de Alencar, entre outros, e passou a
conviver com os trabalhadores da fazendo, conhecendo a vida diária no campo.
Quando
chegou aos 15 anos voltou a cursar o Ginásio Ipiranga, em Salvador. Lá
participou de conferências, escreveu e publicou artigos no jornal da escola, escreveu
crônicas e contos. Aproveitando a biblioteca da instituição leu as obras de Raul Pompeia, Machado de
Assis, Euclides da Cunha, Olavo Bilac e Cruz e Sousa.
Entre os estrangeiros conheceu as obras de Balzac e Alexandre Dumas, entre outros.
Em
1934 conclui o curso secundário e começa a escrever seu primeiro romance, intitulado
Cachaça, cujos originais viria a
destruir. É nessa época que começa a participar da Ação Integralista
Brasileira, movimento de extrema direita. Viaja por vários estados brasileiros,
até fixar-se na cidade do Rio de Janeiro, em 1936, onde trava contato com
expoentes do círculo literário católico, como Tasso da
Silveira, Andrade Muricy, Cornélio
Penna, Lúcio Cardoso, Octavio de Faria e Rachel de
Queiroz.
No
Rio de Janeiro retoma a carreira jornalística. Colabora com o jornal “Correio da Manhã” e atua como crítico
literário no jornal “A Manhã”, fundado pelo escritor
Cassiano Ricardo em 1937. No mesmo ano, publicou o livro Renascimento do Homem, baseado na doutrina do movimento integralista. Em 1938
escreve para “O Jornal”, pertencente ao grupo dos Diários Associados e realiza traduções de obras
literárias de escritores como George Sand, Robert de Traz e Jacob
Wassermann. Inicia a redação do romance Os Servos do Morte, terminado em 1943. Entre os anos 1939 e 1940,
atua como crítico literário nos “Cadernos da Hora Presente”, revista
integralista fundada por Tasso da Silveira. Em 1944, fundou a Editora
Ocidente, que durou pouco. Em 1944 e 1945, escreve para os jornais “O Estado de S. Paulo” e “Folha da
Manhã”, de São Paulo, além de dirigir a editora “A Noite”, onde permaneceria
até 1949.
Do
casamento com Rosa Galeano, em 1945, nascem a filha Raquel, e dois anos depois,
o filho Adonias Neto.
De
1954 a 1956 Adonias Filho foi diretor do Serviço Nacional de Teatro e por oito
meses dirigiu o Instituto Nacional do Livro. Colaborou no “Jornal
de Letras” (1955 a 1960) e no “Diário de Notícias” (1958 a 1960).
Em 1962 publica pela Editora Civilização Brasileira o terceiro
romance de sua trilogia, Corpo Vivo,
escrito desde 1954, que foi um sucesso de crítica.
Adonias
Filho apoiou o golpe civil-militar de
1964, no qual teve grande influência e importância, tendo sido
cogitado para assumir um cargo no governo, o que não aconteceu. Em janeiro de
1965 foi eleito para a cadeira 21 da Academia Brasileira de Letras. Seus
romances foram traduzidos para o inglês,
o alemão, o espanhol, o francês, o japonês e o eslovaco, além de ter três de seus romances
adaptados para o cinema.
As
principais obras de Adonias Filho incluem: Renascimento
do homem ((1937); Tasso da Silveira e
o tema da poesia eterna (1940); Servos
da Morte (1946); Memórias de
Lázaro (1952); Jornal de um escritor (1954);
Modernos ficcionistas brasileiros (1958);
Cornélio Pena (1960); Corpo vivo (1962); História da Bahia (1963); O
bloqueio cultural (1964); Modernos
ficcionistas brasileiros, 2ª série (1965); O forte (1965); Léguas
da promissão (1968); O romance
brasileiro de 30 (1969); Luanda
Beira Bahia (1971); Estradas do
Brasil (1973); Uma nota de cem (1973);
As velhas (1975); Sul da Bahia: chão de cacau (uma
civilização regional) (1976); Fora da
pista (1978); O Largo da Palma (1981);
Auto de Ilhéus (1981); O cidadão e o civismo: educação moral e
cívica, suas finalidades (1982); Noites
sem madrugada (1983); O homem de
branco (1987); Os bonecos de Seu
Pope (1989); O menino e o cedro (1993;
póstuma)
Coleção
Ediouro: A vida de Arquímedes, o maior
dos sábios da Antiguidade (1970); Demóstenes,
o leão de Atenas (1970); Aristóteles,
símbolo da sabedoria humana (1971); Cristóvão Colombo, o descobridor (1971); Júlio César, o senhor do mundo (1971); Napoleão, o filho da Revolução (1971); A vida de Joana D'Arc, a donzela de Órleans (1972); A vida de Sócrates, o mais sábio dos homens (1972);
A vida de Ricardo Coração de Leão (1973);
A vida de Alexandre, o Grande, o vencedor
de heróis (1974); A vida de
Leonardo da Vinci, o homem da Renascença (1975); A vida de Miguel Ângelo, o mestre de mestres (1975); A vida de Sêneca, contemporâneo de todas as
épocas (1975).
(Fontes: Wikipedia; Academia Brasileira de Letras)
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