“A
evolução se parece mais com um escultor vagabundo, que passeia pelo mundo e
recolhe barbante aqui, um pedaço de lata ali, um fragmento de madeira acolá, e
os junta da maneira que sua estrutura e circunstância permitem, sem mais
motivos que o de poder reuni-los. E assim, em seu vagabundear vão sendo
produzidas formas intrincadas, compostas de partes harmonicamente
interconectadas que não são produto de um projeto, mas da deriva natural. Do
mesmo modo, sem obedecer a outra lei que não a da conservação da identidade e
da capacidade de reprodução, surgimos todos nós. Essa lei nos conecta a todos
naquilo que nos é fundamental: a rosa de cinco pétalas, o camarão de rio ou o
executivo de Santiago.” (Maturana & Varela, págs. 131, 132).
Humbert R. Maturana e Francisco J. Varela, A árvore do conhecimento – As bases biológicas da compreensão humana
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