“Revolução? Hoje, o que isso significa? Certamente não a tomada do poder, pois o poder não é tomável. Ele está por toda parte, está nas máquinas, está nos cérebros. Ademais, o conceito de revolução implica uma primazia da vontade, uma eficácia da ação política que não existe mais na sociedade hipercomplexa, até mesmo caótica, produzida pela grande aceleração tecno-informática.
Não se trata de tomar o lugar de um poder político vazio, trata-se de afastá-lo. É preciso se distanciar do território da economia capitalista, é preciso criar ilhas de sobrevida igualitária e precária. É preciso sabotar a rede tecno-informática, é preciso retomar o funcionamento das máquinas, especialmente das infomáquinas.” (Guattari, Bifo & Bertetto, pág. 92)
Felix Guattari, Franco Berardi e Paolo Bertetto em Desejo e revolução
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