“As
consequências da crescente desigualdade são de longo alcance e têm implicações
sociais, políticas e econômicas significativas. Altos níveis de desigualdade
podem minar a coesão social e corroer a confiança nas instituições. Também
podem levar à polarização política e ao surgimento de movimentos populistas,
pois aqueles que se sentem deixados para trás pelo sistema econômico buscam
alternativas radicais ao status quo.
A concentração de riqueza nas mãos de poucos também pode distorcer a tomada de
decisões políticas, pois indivíduos e corporações ricos são capazes de exercer
influência desproporcional sobre a política por meio de contribuições de
campanha, lobby e outras formas de engajamento político.
A
crescente desigualdade também pode ter consequências negativas para o
crescimento econômico e a estabilidade. Alguns economistas argumentaram que
altos níveis de desigualdade podem levar a níveis mais baixos de demanda
agregada, pois os ricos tendem a economizar uma proporção maior de sua renda do
que os pobres e a classe média. Isso pode criar um obstáculo ao crescimento
econômico e contribuir para o tipo de estagnação que muitas economias avançadas
têm experimentado nos últimos anos. A desigualdade também pode prejudicar a
mobilidade social, já que o acesso à educação, à saúde e a outras oportunidades
se torna cada vez mais dependente da origem familiar e da riqueza.” (Bugeja,
págs. 133 e 134).
Alex Bugeja, A history of capitalism (Uma história do capitalismo)
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