“Assim, o capitalismo em poucas
palavras: você, o trabalhador, assa a torta. Então seu empregador, senhorio,
credores de hipotecas e empréstimos, seguradoras, agências fiscais do governo,
empresas de cartão de crédito e bancos; todos exigem e pegam sua fatia da torta
que você assou. Você fica com as migalhas chamadas de ‘salários’. Sim, o
capitalista lhe forneceu os ingredientes e ferramentas (os meios de produção)
para assar a torta, mas já que você fez todo o trabalho para fazê-la, você não
deveria pelo menos ter uma palavra a dizer, sobre como os lucros seriam
compartilhados com a venda da torta? Em vez disso, quando recebemos nossos
salários, que não refletem o valor de troca excedente (os lucros) das
mercadorias que produzimos, sentimos a necessidade de ser ‘gratos’ por ter um
emprego e um salário. ‘Obrigado, obrigado, mestre!’, de fato.” (Chun, pág. 9)
Christian W. Chun, professor universitário e escritor estadunidense em A world without capitalism? Alternative discourses, spaces and imaginaries (Um mundo sem capitalismo? Discursos alternativos, espaços e imaginários)
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