“Com
Parsons (Talcott Parsons, sociólogo estadunidense) o princípio do sistema é, se
se pode dizer, ainda otimista: corresponde à estabilização das economias em
crescimento e das sociedades de abundância sob a égide de um welfare state temperado. Para os
teóricos alemães de hoje, a Systemtheorie
é tecnocrática, e mesmo cínica, para não dizer desesperada: a harmonia entre
necessidades e esperanças dos indivíduos e dos grupos com as funções que
asseguram o sistema não é mais do que uma componente anexa do seu
funcionamento; a verdadeira finalidade do sistema, aquilo que o faz
programar-se a si mesmo como uma máquina inteligente, é a otimização da relação
global entre os seus input e output, ou seja, o seu desempenho. Mesmo
quando suas regras mudam e inovações se produzem, mesmo quando suas disfunções,
como as greves, as crises, o desemprego ou as revoluções políticas podem fazer
acreditar numa alternativa e levantar esperanças, não se trata senão de rearranjos
internos e seu resultado só pode ser a melhoria da ‘vida’ do sistema, sendo a
entropia a única alternativa a este aperfeiçoamento das performances, isto é, o declínio.”
Jean- François Lyotard (1924-1998) filósofo, sociólogo e crítico literário francês em O Pós-Moderno


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