Estamos apenas no oitavo mes de governo e até agora quatro ministros, dezenas de assessores e outros funcionários de confiança, indicados pelos partidos, foram obrigados a pegar o chapéu, saindo pela porta dos fundos.
A governabilidade não foi comprometida - como é de praxe em qualquer democracia evoluída - mas tem-se a impressão de que algo não está andando bem.
Antes de assumirem os cargos, será que ninguém sabia do potencial perigo que determinado político representava para a administração? Mesmo assim assumiram os cargos.
O que os forçou a renunciar foi principalmente a pressão da imprensa, informando a opinião pública. Se não tivesse havido esta saudável crítica ao poder, os ocupantes dos cargos ainda estariam neles, quem sabe fazendo o quê.
Ficam no ar algumas perguntas. Estes políticos que agora renunciaram a seus cargos, seja por que motivo for, poderão um dia ocupar novos postos na administração pública (partindo do pressuposto de que, como sempre, tudo acabe com a renúncia ou a demissão; que nada se investigue)? Eles precisarão se submeter a algum exame de capacidade ou de idoneidade? Como seria, se pleiteassem um cargo em uma empresa privada? Quem se oporá a que ocupem outros cargos no futuro, em um outro governo ou administração?
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