"Nosso nível ético anda tão baixo, que qualquer conversa política acaba em denúncia." - Millôr Fernandes - A Bíblia do Caos
Como
jornalista e consultor ambiental venho acompanhado o desenvolvimento do setor
da sustentabilidade nos últimos vinte e seis anos. Ao longo deste período
pudemos constatar vários avanços, principalmente com relação às questões
ambientais urbanas. Se, praticamente até os anos 1970 o tema do meio ambiente era
completamente desconhecido do cidadão comum, foi a partir das décadas de 1980 e
1990 que o setor efetivamente tomou impulso com a criação de leis e agências de
controle. Outro aspecto é que nesse período também surgiram as primeiras
ONGs ligadas ao meio ambiente, e o tema passou a fazer parte da política partidária
e da programação das redes de TV.

Para
evitar a exaustão destes bens, a ONU criou diversos acordos internacionais para
reduzir o impacto das atividades humanas sobre o meio ambiente. Tratado para eliminação
dos gases destruidores da camada de ozônio; acordos para proteger a
biodiversidade e os mares; para a redução das emissões de gases causadores do
efeito estufa, regular o transporte de cargas perigosas; proibir a caça e pesca
de certos animais, são muitos. Enfim, existem diversos pactos estabelecidos
entre todos os países membros da ONU, com o compromisso de reduzir a exploração
excessiva dos recursos do planeta.

O
Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer. Se, por um lado o setor de
energias renováveis avança rapidamente com aportes de capital do setor privado,
o saneamento, que em grande parte ainda depende de recursos públicos, progride lentamente.
Para a maior parte dos governos a preservação dos recursos naturais ainda não é
prioridade; por uma série de razões. Cria-se, assim, uma grande expectativa em
relação aos novos administradores que assumirão o país em 2019. Enquanto isso,
o fenômeno climático evolui, e fica evidente de que não é mais possível separar
a gestão da economia da dos recursos naturais.
(Imagens: pinturas de Larry Rivers)
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