Incontável
Cada
onda no mar é diferente da outra. À primeira vista muitas podem parecer iguais,
dependendo da direção e velocidade do vento, da corrente marinha, das condições
climáticas... Mas nenhuma onda é igual à outra em toda a sua extensão. É certo
que – se levarmos em conta o exato formato de uma onda em todos os seus
detalhes – desde o surgimento da Terra e dos oceanos até hoje, não houve
nenhuma onda igual à outra, em todo o planeta.
As
moléculas dos gases estão em constante movimento e aumentam ou diminuem seu
movimento cinético com o crescimento ou a redução da temperatura desse gás. A
imensa quantidade de moléculas que existem na atmosfera terrestre, nos permite
afirmar que nunca (considerando a duração da Terra) estas moléculas assumirão a mesma disposição de um instante
passado ou futuro. Ou seja, no decurso de um tempo finito, o quadro geral da
posição de cada molécula em relação às outras nunca se repetirá.
O
cérebro humano possui cerca de 100 bilhões de células. Cada uma dessas células
pode fazer 10 mil conexões. Sendo assim, o número de conexões possíveis ao
cérebro humano é de cerca de 1.000 trilhões, ou seja, 1 quatrilhão
(1.000.000.000.000.000) de ligações. (Existem mais conexões possíveis em nossos cérebros do que a soma do número de todas as folhas de todas as árvores da Amazônia). Com essa imensa quantidade de contatos possíveis entre as células do cérebro, é quase impossível que qualquer ser humano – e todas
as outras espécies que possuem cérebro ou somente alguns neurônios – sejam exatamente iguais
ao longo do tempo de sua existência. Ou seja, é pouco provável que hoje eu seja o que fui na
semana passada, e que no mês que vem permaneça igual ao que fui (ou serei) no domingo que vem.
(Imagem: gravura representando G. C. Lichtenberg)
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