“Foi
possível decuplicar as taxas de crescimento econômico em comparação com os
séculos pré-industriais. Trata-se de um fenômeno único na história da
humanidade. Por isso é necessário discutir o crescimento econômico e o discurso sobre ele. O conceito do crescimento
usurpa o do progresso. O crescimento e a inovação técnica são investidos de uma
dignidade quase religiosa, são ídolos não questionados que os economistas, os
sumos sacerdotes da modernidade, querem ver adorados pelo público. A política
coloca-se inteiramente à disposição da ideia sedutora do crescimento. Dela
espera-se a solução de todos os problemas: do desemprego na Europa e das
dificuldades orçamentárias dos políticos municipais até a pobreza no Terceiro
Mundo e a realização dos “Objetivos do Milênio” decididos em 2000.” (Altvater,
pág. 31)
Elmar Altvater, O fim do capitalismo como o conhecemos
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