Clóvis
Rossi nasceu em São Paulo a 25 de janeiro de 1943 e
faleceu na mesma cidade em 14 de junho de 2019. Era filho de Olavo Rossi e de
Olga Favaron, descendentes de imigrantes italianos, tendo nascido no
tradicional bairro paulistano do Bixiga. Clóvis graduou-se em jornalismo na faculdade Cásper Líbero e iniciou suas atividades em 1963.
A carreira de Clóvis Rossi
como jornalista foi exitosa e durou mais de 50 anos. Os principais veículos de
comunicação nos quais trabalhou foram “O Estado de São Paulo”; “Folha de São
Paulo”; “Jornal do Brasil”; e o extinto jornal carioca “Correio da Manhã”. No
jornal “O Estado de São Paulo” foi editor-chefe, tendo participado de inúmeras
coberturas internacionais. Na “Folha de São Paulo”, onde iniciou suas
atividades em 1980, foi jornalista correspondente na Argentina e na Espanha.
Neste jornal também participou do Conselho Editorial e publicou seu último
artigo, ”Boletim Médico”, em 12 de junho de 2019, dois dias antes de falecer,
enquanto se recuperava de uma cirurgia cardíaca.
Uma das especialidades de
Clóvis Rossi eram as coberturas internacionais das transições políticas de
regimes autoritários para democráticos. Escreveu grandes reportagens sobre a
Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai, toda a América Central, Espanha,
Portugal África do Sul e Brasil. Suas reportagens sobre o período de abertura
democrática no Brasil, a aprovação da Constituição de 1988, a posse de
presidentes, marcaram a história da imprensa brasileira.
Ainda na “Folha de São Paulo”
assinou uma coluna entre 2017 e 2019, além de contribuir para o “Jornal da
República”, revistas “Isto É”, “Autoesporte” e manter um blog no jornal
espanhol “El País”.
Clóvis Rossi foi homenageado
com um dos mais importantes prêmios jornalísticos da América Latina, o “Maria Moors Cabot”, concedido pela universidade
de Columbia (EUA). Também recebeu o prêmio da “Fundação para um Novo Jornalismo
Ibero-americano”, do próprio criador da Fundação, o Nobel de Literatura, Gabriel Garcia Márquez. Clóvis também foi
condecorado pelo governo brasileiro e pelo francês.
Clóvis Rossi era casado com
Catarina Clotilde Ferraz, com a qual teve três filhos e três netos. Sua viúva
foi coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres da Secretaria de Direitos
Humanos da Prefeitura de São Paulo (2017). Faleceu após receber alta do
hospital, em 14 de junho de 2023.
Clóvis Rossi é autor de uma
importante obra sobre a atividade jornalística, o livro O que é jornalismo?, editado pela editora Brasiliense em 1980.
Frases de Clóvis Rossi
“O esquematismo exagerado conduziu a tal padronização que repórteres e redatores deixaram de ter como característica central o domínio do idioma, de seu próprio estilo pessoal e da melhor maneira de captar o interesse do leitor (conduzindo a ler todo o texto), para se transformarem em especialistas em uma técnica: a de redigir informações que respondam as seis perguntas fundamentais, de preferência sintetizando-as no lead ou abertura da matéria.” (O que é jornalismo?);
“Reportagem é a melhor versão da verdade.”;
“Num país de miseráveis, não é surpresa a barriga vir na frente da ética
e da moral.”;
“O
Brasil pega pneumonia toda vez que os EUA tossem.”;
“Adoramos democracia e choque de opiniões. Na prática amamos é a câmara de ecos.";
“Não
adianta pregar aos convertidos, é preciso inventar e por em prática meios que
arrebatem”.
(Fontes consultadas: Portal G1; Pensador; Wikipedia; Livro: “O que é jornalismo”; Fundação Astrogildo Pereira)
0 comments:
Postar um comentário