“A
mundialização financeira se aprofundou também a partir da rivalidade — em um
contexto de taxas de lucro que não se recuperam — entre empresas transnacionais
oligopolistas cada vez maiores, atuando em operações industriais, comerciais e
financeiras. A respeito dessa concentração de poder, um estudo do Instituto
Federal Suíço de Pesquisa Tecnológica de Zurique (eth) revela, a partir da
análise de 43 mil das principais empresas transnacionais (etns), que as 737
maiores controlam sozinhas 80% do valor (receita operacional) de todo o
conjunto e que, através de uma complicada teia de relações de propriedade, 147
delas controlam quase 40% do total do valor. Não surpreende que cerca de 75% do
núcleo dessas etns controladoras seja composto de empresas classificadas como
de intermediação financeira.” (Lapyda, pág. 28).
Ilan Lapyda, Introdução à financeirização: David Harvey, François Chesnais e o capitalismo contemporâneo
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