“Ao
constatar o caráter idealista da dialética hegeliana, (Marx e Engels) procuram ‘corrigi-la’,
recorrendo para tanto ao materialismo filosófico de seu tempo. Mas para eles o
materialismo então existente também apresentava falhas, pois era essencialmente
mecanicista, isto é, concebia os fenômenos da realidade como permanentes e
invariáveis. Segundo eles, este materialismo estava em descompasso com o
progresso das ciências naturais, que já haviam colocado em relevo o
funcionamento dinâmico dos fenômenos investigados, desqualificando uma
interpretação que analisava a natureza como coisa invariável e eterna.
Paralelamente ao avanço das pesquisas sobre o caráter dinâmico da natureza, os
frequentes conflitos de classes que ocorriam nos países capitalistas mais
avançados da época levavam Marx e Engels a destacar que as sociedades humanas
também encontravam-se em contínua transformação, e que o motor da história eram
os conflitos e as oposições entre classes sociais.” (Martins, págs. 56 e 57).
Carlos Benedito Martins, O que é sociologia
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